(parte 3)
Ansiosos por saber a continuação da história da marca de Bill Gates? Então acompanhe a terceira parte especial?
Lembram-se que na parte desta história terminamos com a deixa do Windows 95? Pois é daqui que começaremos; Não lembra?Leia sobre (A historia da Microsoft - parte 2);
Leia também sobre (A historia da Microsoft - parte 1);
E leia também sobre Microsoft,
Em 1995 a Microsoft revolucionaria novamente o modo como usaríamos o pc através de um novo sistema operacional, o Windows 95. O impacto causado por esta nova versão foi tão grande que foram vendidas mais de 1 milhão de cópias em apenas 4 dias após o lançamento, 7 milhões em 5 semanas, e, mais de 40 milhões no primeiro ano. Foi nesta versão que a Microsoft nos apresentou o indispensável botão “iniciar”, pense: como você faria para usar seu Windows sem este botão? Difícil, hein?
Uma curiosidade que poucos sabem é que a versão original do Windows 95 era vendida sem navegador, pois até aquela época o boom da internet ainda não havia acontecido, pelo menos não na visão da Microsoft. Vendo o erro que havia cometido ao estourar o acesso à rede mundial, a empresa correu para comprar um navegador da americana Spyglass, pioneira na criação de navegadores. Já sabe qual foi o software comprado? Isto mesmo, ele ficaria conhecido como Internet Explorer 1.0 e foi distribuído nas versões seguintes do Windows 95 e por add-on. Quase 10 anos depois, em 2003, o Internet Explorer seria o navegador de mais de 94% dos computadores do mundo.
Aqui há talvez uma má-fé da empresa de Bill Gates, um mal entendido ou qualquer outra palavra que se encaixe na situação. O que ocorreu, de fato, foi que, segundo o acordo firmado entre as empresas, a desenvolvedora do navegador, a Spyglass, receberia da Microsoft uma porcentagem de venda de cada cópia do Internet Explorer; este seria o pagamento, este era o trato. No entanto, a Microsoft passou a distribuir o programa de graça juntamente com o sistema operacional o que rendeu exatos U$$ 0 dólares de venda e absolutamente nada de repasse à desenvolvedora. Você achou isso correto? Nem eles, pois foi aí que a empresa lesada resolveu processar a gigante da computação. O resultado? A Microsoft teve de pagar U$$ 8 milhões de dólares como indenização.
Voltando ao Windows 95 (32 bits), que por pouco não se chamou Windows 4.0 (16 bits); além do botão Iniciar, outras inovações vieram, por exemplo: a revolucionária arquitetura em 32 bits (era 16 bits, no seu predecessor, o Windows 3.0), melhorias notáveis na interface gráfica, a facilidade dos componentes “plug and play”, botões de maximizar, minimizar e fechar em cada janela, barra de ferramentas, etc.
Há 17 anos, o Windows 95 era lançado (1995 / 2014 aprox. 20 anos)
O Windows 95 foi um dos primeiros sistemas operacionais a trabalhar
com base em uma interface gráfica, algo que revolucionou a história da
computação pessoal. Os sistemas anteriores da Microsoft, Windows 3.1 e
3.11, este voltado somente a grupos de trabalho, funcionavam em um
ambiente de textos, o MS-DOS – e traziam a interface gráfica como um
“algo a mais”, uma espécie de assistente.Porém, com o Windows 95, tudo trocou de lado, com a interface visual se tornando a cara do SO. E, entre polêmicas e acusações de plágio vindas da Apple, o fato é que o sistema operacional trouxe inovações sem precedentes.
Todas as novas ferramentas apresentadas pelo software da Microsoft, como o novo “Menu Iniciar” ou a chegada das “Barras de Tarefas”, transformaram a usabilidade do computador, tornando o acesso aos programas mais fácil e amigável para os leigos que, na época, eram a grande maioria da população. Tanto é que algumas características são utilizadas até os dias de hoje.
O sucesso do Windows 95 também pode ser traduzido em números: se a Microsoft gastou mais de 300 milhões de dólares em publicidade, o SO, com certeza, trouxe o retorno esperado. Segundo algumas consultorias, ele vendeu cerca de 40 milhões de licenças em todo o mundo, rendendo à companhia nada menos do que US$ 8,8 bilhões.
No último mês de agosto, o Windows 95 completou 17 anos desde o seu lançamento.
O software foi tão bem recebido que o governo chinês escolheu o Windows para ser o sistema padrão do país e firmou um contrato com a companhia para o desenvolvimento de uma versão chinesa do S.O. Hoje em dia a China cerceia o acesso à internet, outros tempos, hein? Mas continuando:
Lembra que dissemos acima que a versão vendeu 40 milhões de unidades em 1 ano? Boa parte dessa vendagem foi em decorrência das, também (assim como o sistema), incríveis campanhas de marketing da Microsoft. Abaixo veja uma delas, onde é utilizada a música “Start Me Up”, dos Rolling Stones, fazendo referência ao botão iniciar (“Start”, em inglês).
Mas a campanha publicitária de mais de 300 milhões de dólares não pararia por aí. A Microsoft ainda pagaria às estrelas do seriado Friends – que estava em seu auge – Jennifer Anniston e Matthew Perry para fazer um “cyber sitcom”, no qual eles apresentavam as funções do novo sistema.
Ainda em 1995 Bill Gates enviaria um memorando aos executivos da Microsoft intitulado “Internet Tidal Wave” (Maremoto da Internet). Nela, ele previa o impacto que a recente tecnologia teria no mundo e no mercado da tecnologia, colocando ela e consequentemente o desenvolvimento de produtos que possibilitassem a computação em rede e na web em primeiro lugar nos laboratórios da Microsoft. Ele falaria também sobre o nascimento de um “rival”, o Netscape e seu respectivo navegador. Umas das consequências disse realinhamento de visão resultou no lançamento (também em 1995) do MSN (Microsoft Network), para concorrer com o portal AOL.
A companhia ainda continuaria a buscar novos mercados e, entre eles, no ano seguinte, em 1996, firmaria uma parceria com o canal de televisão NBC para a criação de um canal a cabo 24 horas chamado MSNBC. O canal existe até hoje nos Estados Unidos, Canadá, África do Sul, em alguns países da América do Sul e do norte da África. Entre outras iniciativas teria também uma revista digital, um canal de tv web (MSN tv) e um sistema operacional para PDA (Personal Digital Assistant – em português, Assistente Pessoal Digital). O sistema, que foi chamado de Windows CE 1.0 rodava uma versão do Windows desenvolvida do zero e projetada especialmente para rodar em dispositivos com baixa memória e de baixo desempenho como os palm tops da época.
Com a “revisão” das políticas e adaptações ao mercado da www, antigos produtos receberam novas versões:
- O Microsoft SQL Server recebeu sua versão 6.5 com suporte para aplicações nativas de internet,
- veio o Windows NT 4.0,
- o Office 97 (esta foi a primeira vez em que apareceu o Outlook Express, famoso programa para gerenciamento de contatos, tarefas, e-mail, agenda etc. e
- o Microsoft Frontpage , ferramenta para criação de páginas web),
- o Internet Explorer 4.0 (Foi o pioneiro na chamada guerra dos navegadores) que marcou a virada sobre o principal concorrente no campo dos navegadores, o já citado, Netscape. Nesta ocasião a Apple e a Microsoft fecharam um acordo que beneficiaria ainda mais o Internet Explorer, neste, ficou firmado que todos os computadores da empresa da Maçã sairiam de fábrica com o navegador da Microsoft.
Achou inusitado este acordo após a Apple ter processado a Microsoft? Então veja só essa: O acordo teve outras medidas, e, em uma delas, envolvia “apenas” 150 milhões de dólares. O negócio foi feito em uma fase delicada da Apple, onde ela flertou com a falência, no entanto, não pense que Bill Gates queria salvar a rival, muito pelo contrário, ele queria obter vantagem através disso, como em todo e qualquer acordo de negócios. Como parte do acordo, a MS comprou 150 milhões de dólares em ações sem direito de voto da Apple e com isso os direitos para desenvolver uma versão do pacote Office para o sistema operacional da maçã, além, claro, de enfiar o IE em todos os macs. Este era um dos últimos espaços que a Microsoft ainda não dominava.
E mais, como veremos adiante, neste mesmo ano a Microsoft começaria a enfrentar um processo judicial que a acusaria de monopólio, e para Bill Gates provar que não se tratava de monopólio, precisava de um concorrente, e esse concorrente era a Apple, que, portanto, não poderia quebrar de jeito nenhum. Jogada de mestre.
Legal esse monopólio da Microsoft, hein? Bom, apenas para Bill Gates e seus acionistas, pois o pessoal dos tribunais americanos não estava muito contente com esta situação. Em 1998 o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e mais 20 estados americanos entraram com uma ação contra a Microsoft por monopólio e práticas anticompetitivas de mercado, baseados na lei “Ato de Sherman”. Segundo a acusação, a Microsoft detinha o controle sobre os mercados de sistemas operacionais e de browsers, impossibilitando a disputa justa das marcas menores. E mais, o ponto central da discussão era se a empresa poderia disponibilizar seu Internet Explorer juntamente com o Windows, pois dessa forma, os concorrentes como o Netscape e o Opera não teriam as mínimas chances de competição.
Duvida? então imagine: Baixar um navegador naquela época era extremamente lento, restava ao usuário a opção de comprar algum outro software em um meio físico (como um cd ou disquete), mas por que fazer isso se o IE era gratuito e já vinha com seu pc? Outras acusações menores como manipulação de códigos para privilegiar seus programas em detrimento de terceiros também foram alvo de julgamento.
A Microsoft afirmou em sua defesa que a fusão do Windows e do Internet Explorer foi o resultado de inovação e concorrência, e que os dois eram agora um mesmo produto, estando indissociavelmente ligados entre si e que os consumidores recebiam todos os benefícios do IE gratuitamente.
Após anos de julgamento, acusações e defesas, a justiça declarou que o domínio do mercado de computadores pessoais e sistemas operacionais baseados em x86 da Microsoft constituía um monopólio, e que a Microsoft tinha tomado medidas que visavam a esmagar possíveis concorrentes, incluindo a Apple, Java, Netscape, Lotus Notes, Real Networks, Linux e outros.
Em 7 de junho de 2000, o tribunal ordenou a dissolução da Microsoft. Segundo essa decisão, a empresa teria de ser dividida em duas unidades separadas: uma para produzir o sistema operacional, e um para produzir outros componentes de software. Mas não seria dessa vez que a Microsoft perderia seu terreno: O juiz que havia julgado o caso cometera uma série de desvios de conduta proibidas a um magistrado durante um julgamento e por isso teve sua decisão anulada e seu afastamento imediato do caso.
O novo juiz concluiu ser o cenário não tão grave e propôs um acordo com a Microsoft para resolver o caso. Neste acordo a companhia deveria compartilhar seus códigos de aplicativos com empresas de terceiros e nomear um painel de três pessoas que teria acesso total aos sistemas da Microsoft, registros e código-fonte durante cinco anos. O litígio só teve fim em 30 de junho de 2004 após recursos e julgamentos, na ocasião o tribunal de apelações dos Estados Unidos aprovou, por unanimidade, o acordo com o Departamento de Justiça.
Vale ressaltar que a Microsoft já havia sido processada em 1993 por uma comissão europeia pelos mesmos motivos e seria processada no mínimo por mais 4 vezes na mesma comissão até os dias de hoje. Entre as penalidades aplicadas pelso europeus estão multas bilionárias, abertura dos códigos, exclusão de alguns programas em lançamentos em países europeus, royalties, entre outras sanções legais.
E assim vamos para 1998 e com ele o lançamento de mais um sistema operacional de extremo sucesso
Confira:
A historia da Microsoft (parte 4)
Fonte:
Microsoft - Windows
W3schools
Tecmundo
Techtudo
Letters of note
Delta-comtech
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