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12/08/2014

TrueNorth - chip que imita funcionamento do cérebro



Tecnologia e medicina 
de mãos dadas
 
http://www.extremetech.com/extreme/163448-ibm-creates-corelet-programming-language-to-make-software-that-operates-like-the-human-brain
TrueNorth


Após a exibição do Exoesqueleto de Nicolelis... 

Nicolelis e a interface mente-cérebro 
Projeto andar de novo

A COPA do Mundo no Brasil chegou ao fim e houve espaço para decepções, análises minuciosas, polêmicas e ciência. A apresentação do protótipo do exoesqueleto de Miguel Nicolelis, cientista brasileiro que trabalha na Universidade de Duke, nos EUA, ocorreu no dia 12 de Junho de 2014, na abertura do evento esportivo, como foi sido anunciado. Um gol expressivo para o progresso tecnológico que ainda gera muitos questionamentos.

Desde março de 2014 Nicolelis foi avisado que a exibição de seu “produto”, resultado de 17 meses de trabalho, seria de curta duração, com 29 segundos autorizados pela Fifa, e portanto, seus planos sofreram alterações de última hora para se adequar. O exoesqueleto BRA-Santos Dumont 1 não tinha garantias que seria mostrado integralmente pela TV e dois ensaios foram feitos antes da data. O nome do equipamento fora uma homenagem ao 14-Bis de Santos Dumont, comparando as tecnologias de um dos principais inventores do século passado e de um dos cientistas mais controversos da atualidade, ambos brasileiros.

Como não poderia deixar de ser, assim como há técnicos mais capacitados no grande público surgindo indignados com a atuação de Felipão, entre a multidão figuraram muitos que pareciam saber apontar todas as falhas do projeto e definir o momento como um fracasso, mais uma vergonha, que só ficaria abafada com os 7 gols a 1 no jogo de Brasil e Alemanha. Não só de ilustres desconhecidos, mas partindo também de especialistas, muitas críticas ao projeto e também ao cientista, já famoso por nutrir desafetos e descredito, ignorando o reconhecimento por outros trabalhos de Nicolelis, como o experimento de macacos controlando braços mecânicos. Ainda que tudo corresse esplendidamente bem, haviam aqueles que diziam não ser um investimento adequado, pois só os ricos teriam acesso ao exoesqueleto e pessoas com lesões medulares que mal conseguem recursos mínimos, demorariam para ter um destes em casa. Para este último aspecto um contra-argumento que poderia ter sido mencionado: implantes cocleares. Os aparelhos são hoje comumente utilizados e para todos que são diagnosticados e querem a tecnologia, porém, no começo, como tudo, ficara restrito a quem pudesse pagar mais. Paralisar a ciência que busca alternativas a quem está paralisado, é no mínimo, ignorância, mesmo com os aspectos políticos e sociais bem lembrados.

O exoesqueleto de Nicolelis
O diferencial deste exoesqueleto reside no feedback tátil, ou seja, os participantes com paralisia, vítimas de acidentes, podiam sentir as pernas durante os movimentos. O segredo está em elementos vibratórios que transmitem sinais do contato com o chão, durante a “pisada” aos membros superiores do paciente, simulando as contrações dos músculos, garantindo maior controle no caminhar.

O exoesqueleto é uma neuroprótese robótica que substitui componentes do sistema nervoso periférico, funciona com a captação de sinais elétricos emitidos pelo cérebro por uma touca com eletrodos, utilizando uma técnica não invasiva, o EEG (eletroencefalograma). Os sinais são enviados para um computador, nas costas da vestimenta robótica, que decodifica os sinais e envia as ordens de movimento dos dispositivos eletrônicos. 

A técnica de EEG, foi bastante criticada pelo neurocientista Nicolelis, que sempre defendeu o implante de eletrodos dentro do cérebro (analisando unidades neuronais multisítio, a atividade isolada de grupos de neurônios), pois os eletrodos posicionados no escalpo, na superfície da cabeça, captam a atividade elétrica média de populações amplas de neurônios, diminuindo o controle fino dos movimentos. A tecnologia é semelhante, embora pareça inferior, a outros exoesqueletos controlados por EEG, como o Mindwalker e o NeuroRex, embora sem o feedback tátil. Porém, fora dito que um novo algoritmo estaria por trás das melhoras na técnica de EEG, diminuindo também os riscos com os pacientes que se submetessem a cirurgias.

O consórcio firmado entre Institutos de Pesquisa e Universidades de todo o mundo, possui investimentos do FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), do Governo federal brasileiro, que investiu cerca de 33 milhões de reais no projeto, o que acumula com outros investidores e por meio de doações, um total de US$ 60 milhões para a criação do exoesqueleto.
Os críticos do trabalho de Miguel Nicolelis, vale ressaltar, envolvido em diversas polêmicas antes mesmo da apresentação na COPA, comemoram o aparente “fiasco” do projeto Andar de Novo, mas para aqueles que “acreditam” na ciência, talvez seja importante aguardar a publicação dos papers e então discutir sobre o que de fato foi feito, como foi feito e o que ainda pode ser feito.

Exoesqueleto para paraplégicos começa a ser testado a partir do mês que vem (MATÉRIA DE 05/2013)
Comandado por um grupo de cientistas liderado pelo paulistano Miguel Nicolelis, o projeto Andar de Novo pretende permitir que um paraplégico dê o pontapé inicial da Copa de 2014. Para isso, está sendo desenvolvido um exoesqueleto biônico controlado por pensamentos cuja etapa de testes com humanos deve ser iniciada em junho deste ano.

A revelação foi feita na última segunda-feira (20) durante uma palestra na Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), agência pública responsável pelo financiamento da iniciativa orçada em R$ 33 milhões.

“As primeiras simulações do exoesqueleto já foram feitas e, para minha satisfação, ele funciona como planejado”,
declarou Nicolelis à Folha de S. Paulo.

Segundo o pesquisador, que está à frente do Instituto de Neurociências de Natal (IINN) e atua como professor da Universidade Duke, já ocorreu uma simulação na qual um macaco usou um protótipo do exoesqueleto. Ele acredita que, dentro de alguns meses, o animal já consiga andar com o auxílio do dispositivo sem nenhum problema aparente.

IBM apresenta chip que 
imita funcionamento do cérebro

Modha faz questão de frisar que chip não representa máquina idêntica ao cérebro humano, mas sim baseado ele.
 
A IBM apresentou o seu novo chip com um milhão de neurônios que imita o cérebro humano. Chamado de TrueNorth, o chip é do tamanho de um selo postal e gasta 70 miliwatts de energia.

De acordo com o chefe do programa de computação, Dharmendra S. Modha, o chip não representa uma máquina idêntica ao cérebro humano, mas sim, um computador baseado nele.

O TrueNorth é a segunda geração deste tipo de chip da IBM, sendo que a primeira versão contava com 256 neurônios. O primeiro era capaz de realizar 262.144 sinapses por segundo e tinha um núcleo neuro-sináptico, enquanto o atual realiza 256 milhões de sinapses em 4.096 núcleos.
A IBM espera construir um sistema de chip neuro-sináptico com dez bilhões de neurônios, com tamanho menor do que uma garrafa de refrigerante de dois litros.

Com o sistema será possível desenvolver ferramentas baseadas no sistema nervoso, e assim, por exemplo, ajudar pessoas cegas a enxergar através de óculos especiais. 

"Estes chips podem transformar a mobilidade através de aplicações sensoriais e inteligentes que cabem na palma da sua mão, mas sem a necessidade para Wi-Fi",
chefe do programa de computação da IBM, 
Dharmendra S. Modha

"Este é um grande avanço arquitetônico, que é essencial na medida em que a indústria se move em direção à próxima geração de armazenamento na nuvem e de grandes processamentos de dados",
Shawn Han, vice-presidente da Fundação de Marketing da Samsung, 
que apoia o projeto financiado pelo programa SyNAPSE, da DARPA.


Fonte: 
tecmundo 
Oficina da Net
Extremetech 


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