Após a exibição do Exoesqueleto de Nicolelis...
Nicolelis e a interface mente-cérebro
Projeto andar de novo
A COPA do Mundo no Brasil chegou ao fim e
houve espaço para decepções, análises minuciosas, polêmicas e ciência. A
apresentação do protótipo do exoesqueleto de Miguel Nicolelis,
cientista brasileiro que trabalha na Universidade de Duke, nos EUA,
ocorreu no dia 12 de Junho de 2014, na abertura do evento esportivo,
como foi sido anunciado. Um gol expressivo para o progresso tecnológico
que ainda gera muitos questionamentos.
Desde março de 2014 Nicolelis foi
avisado que a exibição de seu “produto”, resultado de 17 meses de
trabalho, seria de curta duração, com 29 segundos autorizados pela Fifa,
e portanto, seus planos sofreram alterações de última hora para se
adequar. O exoesqueleto BRA-Santos Dumont 1 não tinha garantias que
seria mostrado integralmente pela TV e dois ensaios foram feitos antes
da data. O nome do equipamento fora uma homenagem ao 14-Bis de Santos
Dumont, comparando as tecnologias de um dos principais inventores do
século passado e de um dos cientistas mais controversos da atualidade,
ambos brasileiros.
Como não poderia deixar de ser, assim como há técnicos mais capacitados
no grande público surgindo indignados com a atuação de Felipão, entre a
multidão figuraram muitos que pareciam saber apontar todas as falhas do
projeto e definir o momento como um fracasso, mais uma vergonha, que só
ficaria abafada com os 7 gols a 1 no jogo de Brasil e Alemanha. Não só
de ilustres desconhecidos, mas partindo também de especialistas, muitas
críticas ao projeto e também ao cientista, já famoso por nutrir
desafetos e descredito, ignorando o reconhecimento por outros trabalhos
de Nicolelis, como o experimento de macacos controlando braços
mecânicos. Ainda que tudo corresse esplendidamente bem, haviam aqueles
que diziam não ser um investimento adequado, pois só os ricos teriam
acesso ao exoesqueleto e pessoas com lesões medulares que mal conseguem
recursos mínimos, demorariam para ter um destes em casa. Para este
último aspecto um contra-argumento que poderia ter sido mencionado:
implantes cocleares. Os aparelhos são hoje comumente utilizados e para
todos que são diagnosticados e querem a tecnologia, porém, no começo,
como tudo, ficara restrito a quem pudesse pagar mais. Paralisar a
ciência que busca alternativas a quem está paralisado, é no mínimo,
ignorância, mesmo com os aspectos políticos e sociais bem lembrados.
O exoesqueleto de Nicolelis
O diferencial deste exoesqueleto reside
no feedback tátil, ou seja, os participantes com paralisia, vítimas de
acidentes, podiam sentir as pernas durante os movimentos. O segredo está
em elementos vibratórios que transmitem sinais do contato com o chão,
durante a “pisada” aos membros superiores do paciente, simulando as
contrações dos músculos, garantindo maior controle no caminhar.
O exoesqueleto é uma neuroprótese
robótica que substitui componentes do sistema nervoso periférico,
funciona com a captação de sinais elétricos emitidos pelo cérebro por
uma touca com eletrodos, utilizando uma técnica não invasiva, o EEG
(eletroencefalograma). Os sinais são enviados para um computador, nas
costas da vestimenta robótica, que decodifica os sinais e envia as
ordens de movimento dos dispositivos eletrônicos.
A técnica de EEG, foi
bastante criticada pelo neurocientista Nicolelis, que sempre defendeu o
implante de eletrodos dentro do cérebro (analisando unidades neuronais
multisítio, a atividade isolada de grupos de neurônios), pois os
eletrodos posicionados no escalpo, na superfície da cabeça, captam a
atividade elétrica média de populações amplas de neurônios, diminuindo o
controle fino dos movimentos. A tecnologia é semelhante, embora pareça
inferior, a outros exoesqueletos controlados por EEG, como o Mindwalker e
o NeuroRex, embora sem o feedback tátil. Porém, fora dito que um novo
algoritmo estaria por trás das melhoras na técnica de EEG, diminuindo
também os riscos com os pacientes que se submetessem a cirurgias.
O consórcio firmado entre Institutos de
Pesquisa e Universidades de todo o mundo, possui investimentos do FINEP
(Financiadora de Estudos e Projetos), do Governo federal brasileiro, que
investiu cerca de 33 milhões de reais no projeto, o que acumula com
outros investidores e por meio de doações, um total de US$ 60 milhões
para a criação do exoesqueleto.
Os críticos do trabalho de Miguel
Nicolelis, vale ressaltar, envolvido em diversas polêmicas antes mesmo
da apresentação na COPA, comemoram o aparente “fiasco” do projeto Andar
de Novo, mas para aqueles que “acreditam” na ciência, talvez seja
importante aguardar a publicação dos papers e então discutir sobre o que
de fato foi feito, como foi feito e o que ainda pode ser feito.
Exoesqueleto para paraplégicos começa a ser testado a partir do mês que vem (MATÉRIA DE 05/2013)
A revelação foi feita na última segunda-feira (20) durante uma palestra na Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), agência pública responsável pelo financiamento da iniciativa orçada em R$ 33 milhões.
“As primeiras simulações do exoesqueleto já foram feitas e, para minha
satisfação, ele funciona como planejado”,
declarou Nicolelis à Folha de
S. Paulo.
Segundo o pesquisador, que está à frente do Instituto de Neurociências de Natal (IINN) e atua como professor da Universidade Duke, já ocorreu uma simulação na qual um macaco usou um protótipo do exoesqueleto. Ele acredita que, dentro de alguns meses, o animal já consiga andar com o auxílio do dispositivo sem nenhum problema aparente.
IBM apresenta chip que
imita funcionamento do cérebro
Modha faz questão de frisar que chip não representa máquina idêntica ao cérebro humano, mas sim baseado ele.
De acordo com o chefe do programa de computação, Dharmendra S. Modha, o chip não representa uma máquina idêntica ao cérebro humano, mas sim, um computador baseado nele.
O TrueNorth é a segunda geração deste tipo de chip da IBM, sendo que a primeira versão contava com 256 neurônios. O primeiro era capaz de realizar 262.144 sinapses por segundo e tinha um núcleo neuro-sináptico, enquanto o atual realiza 256 milhões de sinapses em 4.096 núcleos.
A IBM espera construir um sistema de chip neuro-sináptico com dez bilhões de neurônios, com tamanho menor do que uma garrafa de refrigerante de dois litros.
Com o sistema será possível desenvolver ferramentas baseadas no sistema
nervoso, e assim, por exemplo, ajudar pessoas cegas a enxergar através
de óculos especiais.
"Estes chips podem transformar a mobilidade através
de aplicações sensoriais e inteligentes que cabem na palma da sua mão,
mas sem a necessidade para Wi-Fi",
chefe do programa de computação da IBM,
Dharmendra S. Modha
Dharmendra S. Modha
"Este é um grande avanço arquitetônico, que é essencial na medida em
que a indústria se move em direção à próxima geração de armazenamento
na nuvem e de grandes processamentos de dados",
Shawn Han,
vice-presidente da Fundação de Marketing da Samsung,
que apoia o projeto
financiado pelo programa SyNAPSE, da DARPA.
Fonte:
tecmundo Oficina da Net
Extremetech
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