Google Science Fair:
Menina de 13 anos cria projeto contra bullying
O bullying se caracteriza pela violência física ou psicológica
intencional, praticada repetidamente por um indivíduo ou um grupo. Todos
os anos o bullying faz milhares de vítimas, principalmente crianças e
adolescentes. Em 2013, uma jovem se suicidou na Flórida após sofrer cyberbullying e este fato inspirou Trisha Prabhu, uma menina de
Illinois, de 13 anos, a escrever o projeto Rethink no Google Science
Fair.
"Um adolescente jamais deve pensar em suicídio por causa
do bullying virtual"
Trisha Prabhu
Em entrevista ao TechTudo, Trisha afirmou já ter sido vítima de bullying
virtual. "Eu recebia mensagens ofensivas sobre como me vestia. Pode-se
dizer que sou casca grossa e forte, então só ignorava e seguia em
frente", conta. Mas, para a jovem, um adolescente jamais deve pensar em
suicídio por causa do bullying virtual. "Pensando nisso, decidi tentar
impedir", explica.
O cyberbullying ou bullying virtual ocorre quando alguém é atormentado, assediado ou envergonhado na Internet, principalmente nas redes sociais. De acordo com as pesquisas de Trisha para o Rethink, 50% dos jovens na faixa etária de 12 a 18 anos são vítimas deste crime. Mais de um em cada três adolescentes já sofreram ameaças online.
O cyberbullying ou bullying virtual ocorre quando alguém é atormentado, assediado ou envergonhado na Internet, principalmente nas redes sociais. De acordo com as pesquisas de Trisha para o Rethink, 50% dos jovens na faixa etária de 12 a 18 anos são vítimas deste crime. Mais de um em cada três adolescentes já sofreram ameaças online.
O bullying virtual tem sido um problema generalizado para meninos e
meninas que passam um tempo significativo usando a Internet e as redes
sociais. Segundo Trisha, em suas pesquisas, ela percebeu que as vítimas
sofriam com baixa autoestima, depressão e tendências suicidas. Após
saber da morte de sua compatriota, a jovem cientista resolveu pensar
mais sobre o assunto. "Após muita pesquisa, experimentação e correlações
entre o cérebro e o bullying virtual, nasceu a ideia do Rethink",
explicou.
O Rethink é um projeto que tem como objetivo reduzir a média de mensagens ofensivas que os bullys (nome dado ao agressor) publicam nas redes sociais a partir de um sistema que dá a chance do adolescente repensar antes publicar a mensagem.
O Rethink é um projeto que tem como objetivo reduzir a média de mensagens ofensivas que os bullys (nome dado ao agressor) publicam nas redes sociais a partir de um sistema que dá a chance do adolescente repensar antes publicar a mensagem.
A solução seria a
criação de um mecanismo que gere um alerta antes da publicação de uma
mensagem ofensiva. Recentemente, o polêmico Secret bloqueou segredos com nomes próprios e fotos da câmera
com mecanismo semelhante. Segundo a jovem, não há uma solução para o
cyberbullying, por isso a importância de um projeto para evitá-lo.
Ela cadastrou seu projeto no Google Science Fair, uma competição internacional on-line de ciência e tecnologia aberta a jovens entre 13 e 18 anos. "Sou fascinada pela ciência desde muito jovem, especialmente pelo funcionamento do nosso cérebro. Completei 13 anos e mal podia esperar para fazer parte desta plataforma, compartilhando ideias e me reunindo com alguns dos melhores jovens cientistas do mundo", afirma.
Adolescente de 14 anos cria software para reduzir cyberbullying
Uma adolescente de 14 anos de idade criou um projeto
que tem o potencial de diminuir em mais de 90% o bullying pela internet,
ou cyberbullying.
O software Rethink (Repense), da americana
Trisha Prabh, é um dos 15 projetos finalistas da Feira de Ciências do
Google, cujos vencedores serão anunciados em setembro.O conceito é interessante: o programa alerta os adolescentes sobre o conteúdo ofensivo das mensagens que eles ainda estão pensando em postar, amparado na descoberta científica de que a parte do cérebro que controla a tomada de decisões e ajuda a pensar antes de agir não está completamente formada antes dos 25 anos.
Assim, o Rethink funciona como um "anjinho bom" que sussurra nos ouvidos dos jovens que postar aquela mensagem pode não ser boa ideia.
Para os testes, Trisha criou dois softwares. Um deles mostrava mensagens ofensivas aos internautas e perguntava se eles as republicariam em suas redes sociais.
No outro software, Rethink, os adolescentes que respondiam sim à pergunta recebiam uma mensagem de alerta: "Essa mensagem pode ser ofensiva para os outros. Você gostaria de parar, revisar e repensar antes de postar?".
Entre os usuários do Rethink, 93% desistiram de postar as mensagens quando receberam o alerta para repensar.
Os testes foram feitos com 300 alunos da escola de Trisha.
Influenciando decisões
A partir daí, a menina criou um protótipo de software que filtra o conteúdo das mensagens de redes sociais e alerta os usuários antes que eles republiquem as mensagens. A ideia, disse ela em sua apresentação do projeto, é "criar um produto de grande escala que funcione com as redes sociais, sites e aplicativos e que possa se adaptar facilmente a novos sites ou aplicativos que surjam no futuro".
Para ela, os mecanismos que existem hoje e tentam impedir o bullying cibernético são ineficientes porque bloqueiam o conteúdo após ele ter sido postado, e não antes.
"Além de prevenir o cyberbullying, o Rethink pode ter também um
efeito positivo sobre a capacidade dos adolescentes de tomar decisões,
ajudando-os não só nas mídias sociais mas também no mundo real",
afirma Trisha Prabhu,
criadora do projeto Rethink
Trisha está na 8ª série de uma escola em Naperville, no estado americano de Illinois, e quer ser neurocientista.
No ano passado, ela apresentou um projeto de software para evitar que os motoristas se distraiam ao volante motivada pela morte de uma tia em um acidente.
A menina conta que, aos seis anos, ganhou um livro sobre aquecimento global e se apaixonou por ciência. "Passei semanas trabalhando no projeto de um carro que usaria apenas vento e água", disse.
Hoje, gosta de psicologia, psicobiologia e ciências cognitivas.
Seu ídolos na ciência, conta, são Charles Darwin, o pai da teoria da evolução, e Louis Pasteur, que criou o processo de pasteurização.
Leia também sobre:
Cyberbullying
Fonte: