Telemedicina leva atendimento virtual
a crianças, em Sergipe
Telemedicina trata do uso das modernas tecnologias da informação e
telecomunicações para o fornecimento de informação e atenção médica à
pacientes localizados à distância.
Telemedicina pode ser definida como o conjunto de tecnologias e aplicações que permitem a realização de ações médicas a distância. É possível que novas modalidades de ação médica, onde a telemedicina esteja sendo aplicada, surjam com grande velocidade nos próximos anos. Nos dias atuais, vem sendo aplicada mais frequentemente em hospitais e instituições de saúde, que buscam outras instituições de referência para consultar e trocar informações.
Também vem sendo aplicada para discussões de casos clínicos, auxílio diagnóstico, assistência a pacientes crônicos, idosos e gestantes de alto risco, assim como na assistência direta ao paciente em sua casa.
A grande vantagem no momento é sua aplicação na assistência primária a pequenas comunidades em regiões geográficas e/ou socioculturais distantes dos grandes centros urbanos. Estas regiões estão entre as áreas de maior risco no processo adoecer e morrer, devido à escassez de profissionais habilitados em identificar doenças, tratá-las e promover a saúde a nível local. Um dos principais motivos disso é o isolamento intelectual, e escassos recursos de auxílio diagnóstico. Acredita-se que, a telemedicina possa ampliar as ações de profissionais e agentes comunitários de saúde, integrando-os aos serviços de saúde, localizados em hospitais e centros de referência, mantendo um mecanismo de atendimento contínuo para prevenção, diagnóstico e tratamento.
A telemedicina, ou telessaúde, não é compreendida como uma nova modalidade de especialização médica. É um método que consiste na aplicação do atendimento médico nos casos em que a distância é um fator crítico entre o profissional e o paciente, sendo um recurso possível com o advento das evoluções tecnológicas.
Seu uso propicia a troca de diferentes dados, desde o intercâmbio de informações válidas para diagnósticos mais precisos, seja para a promoção de prevenção e tratamento de doenças até a construção de bancos de dados de referência epidemiológica.
Com a evolução dos meios de comunicação, é natural que o contato entre o médico e o paciente possa ser feito a distância. Por isso, ao contrário do que se possa pensar, todas as aplicações dessa técnica apresentaram respostas positivas, tanto de médicos quanto de pacientes.
Hoje, regulada pelo órgão norte americano ATA (American Telemedicine Association), a telemedicina já é uma realidade em muitos países e apresenta em sua forma mais básica o uso de infra-estrutura convencional de telefonia. Segundo informações da ATA, a telemedicina congrega uma redução de custos com ampliação da atuação médica, sendo importante, ainda, no acompanhamento remoto de resultados de exames e execução de discussões técnicas. Exemplo disso são os serviços de atendimento aos clientes (SAC) para esclarecimento de dúvidas sobre medicamentos, sobre intoxicações, para a busca de auxílio no combate ao tabagismo, etc..
Levando atendimento virtual a crianças
em Sergipe
As dimensões continentais e a pobreza do Brasil são,
sem dúvida, uma enorme barreira ao atendimento médico especializado.
Muitas famílias que vivem em zonas rurais precisam constantemente viajar
a centros urbanos para consultar especialistas. A situação é ainda mais
delicada quando se trata de crianças...
Cidade pouco conhecida, em Lagarto, em pleno
interior de Sergipe. A localidade foi escolhida para dar um passo
tecnológico em busca de um melhor atendimento na área da saúde. E o
instrumento para isso é a telemedicina. A partir de um projeto piloto,
os moradores de Lagarto e de Tobias Barreto, outra cidade da região,
terão acesso a consultas virtuais com o Hospital Universitário de
Aracaju e também de São Cristóvão, onde fica o campus da universidade
federal de Sergipe. O projeto foi batizado, em inglês, de Connected Healthy Children – algo como Crianças Conectadas e Saudáveis. Mas, se a
iniciativa vem outro idioma, a ideia é tentar levar alento novo para um
problema mais que brasileiro: a carência de especialistas em locais
distantes dos grandes centros.
"Nosso objetivo é basicamente ajudar o Estado a levar
o melhor atendimento às crianças no interior, que até então teriam de
se deslocar para a capital - fazendo viagens longas e perdendo dias de
aula. Queremos melhorar as vidas deles, levando médicos até lá de um
modo virtual",
analisa Rodrigo Dienstmann, presidente / Cisco.
Falando só em equipamentos, são quatro “dual-profiles”; cada um com duas telas de alta definição de 65 polegadas,
seis equipamentos de mesa que podem ser usado nos consultórios, dois
equipamentos móveis de uso intra-hospitalar e até um dispositivo móvel
para uso em campo...
"Os equipamentos táticos de uso são similares àqueles de uso militar. O pessoal leva para as campanhas e faz atendimentos com de urgência com os feridos no lugar. A gente vai usar para chegar até as casas dos pacientes que não têm mobilidade"
informa Mario Adriano,
organizador do projeto / UFS – Lagarto.
"Neste equipamento de telepresença, você pode conectar instrumentação digital - seja um estetoscópio ou um eletrocardiógrafo - e compartilhar entre os médicos dados que subsidiam um diagnóstico mais preciso"
observa Dienstmann.
Todos os equipamentos têm imagem e som em alta
definição para que os especialistas possam conversar com os pais e as
crianças, acessar resultados e auxiliar o médico generalista local com
uma segunda opinião. A gente sabe, é necessário uma banda larga robusta
para transmitir vídeo em HD em tempo real. A solução foi usar uma rede
de fibra óptica da Universidade, combinada com o serviço de telefonia
móvel local. Para quem gosta dos detalhes técnicos, tudo se apoia numa
rede VPN. Ou rede virtual privada.
"A nossa conexão entre a capital e o interior é de 20 megabits, e a conexão cai para 10 megabits entre as clínicas e as nossas unidades, o que garante a transmissão em alta qualidade inclusive com o acoplamento de equipamentos para diagnósticos de doenças nas crianças"
afirma Mario Adriano.
"Não precisa de fibra óptica,
que é necessária para qualidade HD. Dá para fazer com tecnologia um
pouco mais baixa, mesmo que a qualidade não seja tão perfeita"
comenta
Rene Caracci, diretor executivo / Sonda IT.
Todos os envolvidos no projeto defendem que o programa
vai servir de exemplo para uma maior adoção da tecnologia na saúde
pública do país; principalmente na pediatria.
Outro benefício do projeto é a implantação de
programas de educação continuada, possibilitando o aprendizado à
distância dos profissionais de saúde do Estado.
A telemedicina é mesmo tendência na saúde.
Recentemente, foram inaugurados três novos núcleos da Rede Universitária
de Telemedicina: dois em Fortaleza e outro em FlorianópolisFonte:
Wikipedia
Cisco
Olhar Digital
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