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14/06/2017

Mitos da ciência


mitos-da-ciencia



10 mitos da ciência 
que as pessoas ainda acreditam


Só usamos 10% do cérebro? No espaço não existe gravidade? Pode não ser tão verdade assim.

Assim como qualquer outro campo, a ciência é polêmica o suficiente para ter seus próprios mitos. São histórias passadas, literalmente, de geração em geração e que através do boca a boca acaba sendo tomadas como a mais pura verdade.
Mas está na hora de pararmos com isso. Confira 10 mitos da ciência que você vai ser o chato da turma e corrigir sempre que escutar em alguma conversa.

1 - Um raio não cai duas vezes em um mesmo local
Quem nunca escutou essa? A frase está mais para um ditado popular do que para um fato científico, mas mesmo assim ainda tem quem defenda a “teoria”.
Se você um dia estiver em uma tempestade de raios e decidir ficar perto de algum lugar que já sofreu uma descarga para se proteger, tenho más notícias: O raio não está nem aí para as suas estatísticas e não se importará de cair novamente no mesmo local.

Aliás, pode ser até que esse local seja mais propenso a atrair o raio novamente. Sabemos que os raios são preferem locais altos para descarregar, pois eles são o caminho mais curto até o solo. Por exemplo, imagine você num campo aberto com uma árvore no meio. A árvore é o ponto em evidência (foi por isso que o raio caiu lá anteriormente) e, se acontecer de uma descarga preparar-se para cair nas redondezas, provavelmente ela atacará mais uma vez a infeliz árvore até a tempestade cessar (que continua sendo o ponto mais alto do local).
Se um raio nunca caísse num mesmo local não teríamos motivo para construir os para-raios, certo? Este tipo de estruturas é colocada sempre no ponto mais alto de uma área que se queira proteger (topo de prédios em uma área residencial ou uma antena em uma central elétrica, por exemplo) para justamente atrair a descarga e liberá-la no chão com segurança, através do aterramento. Assim, esses aparelhos que salvam vidas recebem centenas de raios por ano, podendo receber dezenas em questão de horas durante uma mesma tempestade até que a nuvem encontre um local mais elevado para acertar.

E se você ainda tem uma pontinha de dúvida sobre as possibilidades, confira a história de Roy Syllivan, um guarda do Parque Nacional de Shenandoah, nos Estados Unidos, que até hoje é o recordista de descargas. Ele foi atingido por nada mais nada menos do que 7 raios durante sua vida. Mas fique tranquilo, se as chance de você ser acertado é de 1 em mais de 280 milhões (acertar sozinho na Mega-Sena é mais fácil) para ter a mesma sorte de Roy as chances são de 4.15 em 100.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000. E por incrível que pareça, ele NÃO morreu por conta dos raios, ele cometeu suicídio =/

P.S. Você sabia que o brasil é o país que mais sofre com descargas elétricas no mundo? (Pesquisa INPE - 50 milhões por ano)

2 - As estações do ano são causadas pela distância do sol
Parece óbvio, não? Quanto mais longe do sol, mais frio; mais frio = inverno. Quanto mais perto do sol, mais calor; mais calor = verão. Enquanto isso as meias estações estão distribuídas entre uma e outra. Parece, mas não é. Na verdade as estações são causadas pelo eixo oblíquo da Terra que possui uma inclinação que varia entre 23.4° e 24.5° de acordo com a órbita.
Faz todo sentido. Pense comigo: Se a Terra fosse perfeitamente reta e alinhada, as estações deveriam ser as mesmas para todo o planeta, pois a distância que o Brasil tem do sol é praticamente a mesma distância (na escala do Universo) que a Rússia tem da estrela. Logo, as estações seriam sempre iguais: Inverno no Brasil, inverno na Rússia, verão no Brasil, verão na Rússia.

E mais: se a Terra fosse retinha não haveria estações definidas, pois teríamos sempre a mesma quantidade de sol atingindo o globo. Claro que temos o momento onde estamos mais perto do sol (Periélio) e o momento em que estamos mais longe (Afélio), porém isso não seria o suficiente para manter estações tão bem definidas como conhecemos hoje.
Como a Terra gira em torno do próprio eixo enquanto faz o circuito em torno do sol, durante 6 meses (a grosso modo) uma parte estará inclinada em direção ao sol recebendo mais luz e calor e tendo o seu verão, enquanto a outra estará no lado oposto tendo o seu inverno. Nos 6 meses seguintes a Terra estará do outro lado e o inverso ocorrerá.

3 - Dinossauros não existiram todos ao mesmo tempo
Talvez seja culpa do filme Jurassic Park, mas temos a ideia errada de que todos os dinossauros coexistiram no planeta, sendo possível que um tiranossauro caçasse um Estegossauro, por exemplo. Porém, a história não é bem assim.
A escala de tempo do planeta é bem complicada de ser entendida por pessoas como nós que vamos viver no máximo uns 100 anos e para quem 1 século parece muito. Porém, em uma escala maior, 100 anos é nada. Veja os dinossauros: eles existiram por cerca de 170 MILHÕES de anos.
E acredite, durante 170 milhões de anos muita coisa pode acontecer.

Outro erro comum sobre os dinos é que quando pensamos neles logo vem à cabeça aqueles animais gigantescos que pesavam até 100 toneladas, porém, eles começaram bem lá embaixo, com ancestrais que remontam a centímetros de comprimento e algumas gramas de peso.
Para que chegassem naquele tamanho gigantesco uma série de fatores foi necessária: Muita atividade vulcânica acontecendo na Terra, o que levava a muito gás carbônico na atmosfera; muito gás carbônico levou a muito alimento para as plantas que podiam fazer uma fotossíntese de luxo; com isso as plantas começaram a ter tamanhos gigantescos; com plantas gigantes foi a vez dos insetos e herbívoros terem alimento em abundância; e alimento em abundância na natureza leva a crescimento e superpopulação; com centopeias de até 3 metros de comprimento os seus predadores naturais tinham alimento quase infinito e assim também se desenvolveram e..... você sabe onde isso vai terminar: Dinossauros gigantes.

Nesses 170 milhões de anos do início da era Triássico até o famoso meteoro, milhões (senão bilhões) de espécies surgiram e desapareceram. Aliás, a dominação dos dinos só foi possível após a grande extinção que marcou o fim do período Triássico e início do Jurássico.
No ponto de que muita gente acredita que os dinossauros existiram todos ao mesmo tempo. Por exemplo: O mais famoso de todos, o Tiranossauro Rex foi uma das espécies que viveram “quase nada”, por apenas 2 milhões de anos. Os fósseis mais antigos da espécie datam de 68 milhões de anos atrás, e o meteoro veio há 66, não esqueça. Já o Velociraptor, que o filme nos fez acreditar que andava lado a lado do T-Rex foi extinto, no mínimo, 3 milhões de anos antes do grandão surgir. Os fósseis do Velociraptor mostram que ele viveu entre 75 e 71 milhões de anos atrás.

Mas agora veja um exemplo mais contundente: O Braquiossauro, aquele do pescoço gigante. Um dos maiores herbívoros que já existiram viveu há 154 milhões de anos, no auge dos comedores de planta, quando os carnívoros ainda eram insignificantes. Dessa forma, se colocarmos em uma linha do tempo, eu e você estamos mais perto do Tiranossauro Rex do que o Tiranossauro Rex está do Braquiossauro.
Pronto, era aqui que eu queria chegar. Aah, e só para não deixar nenhuma ponta solta, no início falei de um T-Rex caçando um Estegossauro. O Estego também era um gigante que se alimentava de folhas e viveu no auge dos herbívoros, com uma diferença de quase 100 milhões de anos entre as 2 espécies.


"Em uma grande linha do tempo nós vivemos mais perto 
do tiranossauro rex do que o tiranossauro rex viveu do Braquiossauro"

4 - Nós só usamos 10% do nosso cérebro
Se tivesse que citar um mito como o mais difundido e acreditado desta lista, com certeza seria este daqui.

É correto dizer que a gente sabe pouca coisa sobre o cérebro, certamente o nosso órgão mais complexo, porém dizer que só estamos usando 10% dele no dia a dia e que os outros 90% poderiam nos transformar em um X-Men caso conseguíssemos ativá-lo, é muita apelação. O cérebro possui cerca de 3% do peso do nosso corpo, consome, aproximadamente, 20% do oxigênio e glucose que consumimos e possui, via de regra, um comportamento similar em qualquer pessoa saudável. Não é porque eu não consigo fazer cálculo integral e diferencial com facilidade que meu cérebro seja menos apto ou esteja sendo menos utilizado do que um cérebro de um matemático.

O mito nasceu há bastante tempo, quando o cérebro era ainda mais misterioso do que é hoje. O “culpado” é o psicólogo americano William James, um dos precursores da área nos Estados Unidos e que em seu livro “As Energias do Homem” cravou a enigmática frase que deu pano à manga:

Estamos usando apenas uma pequena parte 
dos nossos possíveis recursos mentais e físicos”.

Pronto, no século XIX isso era o suficiente para desencadear toda a sorte de teorias.

De lá para cá muitas pesquisas já deram conta de rechaçar essa furada. Atualmente o conhecimento científico afirma que no espaço de 1 dia, aproximadamente, 100% do nosso cérebro terá sido usado por alguma função específica. Nosso cérebro não desliga nem mesmo quando estamos dormindo, momento em que ele faz a fixação da memória (por isso dormir bem é importante para quem estuda), por exemplo, sem contar que você continua respirando, continua com o coração batendo, etc. tudo comandado involuntariamente pelo órgão.
E se apenas os estudos modernos não lhe sejam suficientes para rechaçar o mito, mais um fato: Eu nunca ouvi dizer de alguém que tivesse tido a “sorte” de ter um tumor no cérebro nos 90% não utilizado e que poderia ser removido sem problemas...

Talvez devêssemos mudar a frase “Usamos apenas 10% do nosso cérebro” para “entendemos apenas 10% do nosso cérebro”. Parece-me mais justo.

5 - Existe um lado negro da lua
Não importa se você gosta de Pink Floyd ou não, a verdade é que essa coisa de lado secreto da lua não passa de uma mentira de outro mundo (HA HA HA).
O engano vem do fato de a gente só conseguir ver sempre os mesmos 59% da superfície lunar, ficando os 41% restante escondidos da nossa visão. Estaria então esses 41% condenados a escuridão eterna e uma temperatura congelante? Certamente que não.

Isso tem até um nome: Rotação Sincronizada (ou Tidal Locking) que é quando um objeto tem uma rotação regular e síncrona em seu eixo que faz com que pareça estar parado sempre na mesma posição quando observado a partir de um ponto fixo, assim como acontece com a lua a partir do nosso ponto de vista. Vemos determinado ponto da lua hoje à noite e amanhã veremos o mesmo ponto, pois a lua terá completado 1 volta em seu eixo no exato momento em que estiver passando pela Terra no mesmo local da observação da noite anterior.
Portanto, embora não pareça, cada partezinha da lua é sim iluminada pelo sol em algum momento.

Quer um vídeo explicativo e legal? Confira o vídeo abaixo produzido pela NASA que mostra as fases da Lua de um outro ângulo e ajuda a entender o porquê do lado escuro ser uma falácia.

6 - Açúcar deixa as crianças hiperativas
Mito bastante repetido nas últimas décadas, chegou-se a criar até uma denominação para descrever o suposto efeito: Sugar Buzz.
Porém testes mais recentes mostram que o açúcar não contribui em nada para a agitação das crianças ou qualquer outra faixa etária. De acordo com os órgãos de saúde americanos, os residentes do país consomem em média 70 quilos de açúcar por ano, um recorde, sem dúvida. Porém, séculos atrás a média era de menos de 2 quilos/ano. E será que as crianças eram “menos crianças” por isso? Certamente que não.
Longe de ser indicado em excesso para qualquer pessoa – sobretudo para crianças – o açúcar está relacionado a problemas como
  1. obesidade
  2. resistência à insulina
doenças como
  1. cáries
  2. hipertensão
  3. diabetes e até  
  4. aumento do risco de alguns tipos de cânceres
porém não pode ser culpado por seu filho ou filha ser “hiperativo”.    

A questão pode ser estendida a um assunto mais sério: nunca se receitou tantos remédios para crianças por conta da explosão dos diagnósticos de TDAH e hiperatividade como nas últimas décadas. A OMS já fala, inclusive, em um risco sem precedentes de uma geração de adultos viciados em medicação por conta disso.
Além do mais, um teste pode ser aplicado: encha seu filho, filha, sobrinho ou sobrinha da maior quantidade de açúcar que ele aguentar comer. Depois coloque um videogame ou tablet em suas mãos. Aposto que não haverá Sugar Buzz que chegue a tempo.

7 - Não existe gravidade no espaço
Mais um mito que muitos tinham certeza, mas que é mentira. Existe SIM gravidade no espaço, as microgravidades. What is Microgravity?

Se subirmos a 400 km de altitude vai perceber que cerca de 90% da gravidade da Terra já não existe, mas ainda assim, os outros 10% continuam exercendo suas funções. É por conta disso que a Estação Espacial Internacional e os satélites, por exemplo, estão “presos” à Terra: por conta do nosso campo gravitacional, ou seja, da nossa gravidade.
A gravidade foi descoberta por Isaac Newton há mais de 300 anos naquele clássico – e lendário – episódio da maçã caindo em sua cabeça. A velocidade foi calculada, a força de atração foi calculada e Newton concluiu que todo corpo possuiu gravidade, até mesmo você ou uma bola de futebol, o problema é que ela é tão insignificante para uma massa deste tamanho que não se nota atração alguma.
Mas voltando ao espaço, se fizermos o teste da maçã em órbita vai parecer que ela está paradinha no ar, certo? Mas não está, pelo seguinte motivo: A maçã estará caindo da mão do astronauta, o próprio astronauta estará caindo e a estação espacial também estará caindo. A cena parecerá estática pois todos eles estão caindo ao mesmo tempo, em direção ao mesmo lugar (puxados pelo campo gravitacional da Terra) e tendo a queda "corrigida" pelo deslocamento horizontal.
Por isso o termo gravidade zero não existe, mas sim microgravidade, ou exatos 1x10-6 g.
Mas daí você se pergunta: “E se eu estiver em um ponto do espaço longe o suficiente de qualquer planeta, asteroide, estrela, buraco negro, etc. para não sofrer influência de nenhum campo gravitacional?”. Nesse caso Einstein tem a resposta: Impossível! Segundo a Teoria da Relatividade o próprio espaço em si é formado e regido pelo conjunto dos diferentes campos gravitacionais agindo um sobre o outro e, portanto, fugir dele não é uma opção.
E sim, aquela história de pesos diferentes para diferentes planetas é verdade. Veja como seria o peso de uma pessoa de 80 quilos em diferentes locais da nossa galáxia e o coeficiente de gravidade e em cada um desses locais:

P.S. não confundir o vácuo do espaço com microgravidade.

8- Astronautas explodiriam no espaço sem o traje espacial
Mais um mito que foi criado – ou no mínimo espalhado – pelo cinema e literatura de ficção. Não são raras as estórias em que astronautas explodem, literalmente, ao entrar em contato com o vácuo espacial
Mas claro que sair para o espaço sem a proteção adequada continua sendo uma má ideia. Uma astronauta exposta ao vácuo espacial duraria até 30 segundos caso NÃO tivesse ar nos pulmões no momento da exposição. Caso seus pulmões estivessem cheios o vácuo ia fazer com que explodissem instantaneamente, sua corrente sanguínea ia ficar cheia de oxigênio e a morte seria mais rápida. No mais, haveria falta de oxigênio, inconsciência e morte por asfixia.

9 - Cabelo e unhas continuam crescendo mesmo depois de sua morte
Lembra da máxima de Antoine Lavoisier que dizia – há mais de 250 anos – que “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”? Pois é, nada mudou de lá para cá nesse sentido.
Por isso seria impossível que alguma coisa continuasse crescendo em nosso corpo após a morte. O cabelo, por exemplo não poderia surgir do nada sem que estivéssemos ingerindo alimento, transformando-o em nutrientes como a queratina e fazendo o processo completo para que um novo milímetro brotasse na sua cabeça.
Ressalto que o detalhe de ESTAR MORTO não deixaria que esse processo ocorresse com certa facilidade.

Esse mito pode ter surgido do fato que PARECE que nosso cabelo e unhas crescem após a morte. O motivo é mais simples do que parece: Quando mortos a pele dos animais começa a secar, em seguida murcham e retraem-se, dando a impressão de que unha ou cabelo espicharam, quando na verdade ocorreu o contrário: o que está em volta foi que diminuiu. Note que as unhas e o cabelo não são afetados por essa perda de líquidos, por isso não diminuem, como acontece com o tecido.
Motivos mais do que suficientes para que as pessoas, antigamente, pensassem que havia um crescimento contínuo mesmo no post-mortem. Ahh, é pelo mesmo motivo que um homem que se barbeou na manhã e morreu na tarde poderá parecer ter crescido barba no dia seguinte em seu velório. Mas não se preocupe, será apenas os poros mostrando os pelos que já estavam ali, antes do tempo habitual.

10 - A Terra é redonda
Pode parecer estranho, mas aqueles que dizem que a Terra não é redonda estão corretos. Porém, há uma grande diferença em afirmar que a Terra é plana. Acontece que a Terra não é redonda, pelo menos não como supôs Isaac newton após suas observações e como costumamos pensar, imaginar e ver através das fotos tiradas do espaço.

A culpa disso tudo é da água. Lembra do que Bruce Lee dizia? “Seja como a água. A água molda-se a qualquer formato”. Pois bem, como já foi dito antes, a Terra possui gravidade. A gravidade atrai a massa que o rodeia em direção ao seu centro e isso acontece também com a água. Quando a gravidade puxa os oceanos em direção ao seu interior faz com que tudo se distribua de forma uniforme, fazendo com que a Terra pareça realmente lisinha e redondinha.
Mas pense comigo: somente as montanhas já seriam suficientes para acabar com o mito da esfera perfeita, certo? O Everest ergue-se a um ponto máximo de quase 9 km de altura, e o que está abaixo d’água é ainda mais perturbador: a Fossa das Marianas – local mais profundo que conhecemos – desce a mais de 11 quilômetros abaixo do nível do mar. Seria o mesmo que chegarmos na beira da praia e logo ali estar um penhasco de mais de 11 mil metros.

Além disso tudo há detalhes “técnicos” como a deformação causada pela gravidade (a gravidade na Linha do Equador é diferente da gravidade dos polos, por exemplo),
  1. alterações na crosta por marés, 
  2. peso do oceano, atmosfera, 
  3. placas tectônicas, 
  4. glaciação, 
  5. degelo, 
  6. efeito do peso das migrações que altera o eixo da Terra, etc.

Resumindo: a Terra não é plana (shame on you), mas passa longe de ser redondinha. Na verdade, a Lua, Plutão e uma infinidade de outros corpos celestes parecem ser mais simétricos de que nossa casa.
Se fosse possível remover toda a água para analisarmos sua estrutura, ela pareceria com essa coisa horrenda:

Fonte: 
DDA
Super
NASA
Biografia Isaac Newton
Science alert
Oficina da net
Momento curioso

09/06/2017

Ubuntu


ubuntu-sistema-operacional


Sistema Operacional Ubuntu


Após instalar o Ubuntu nos deparamos com uma interface completamente nova e um modo diferente de interagir com o computador. O primeiro detalhe que percebemos é que a barra de tarefas fica na parte de cima, abordagem adotada não só pelo Linux, como também pela maioria dos sistemas baseados em UNIX, como o Mac OS X. Já os atalhos de programas ficam localizados na parte esquerda da área de trabalho.

Depois de algumas dicas iniciais, já podemos começar a nos sentir mais à vontade e utilizar essa nova interface, conhecida como Unity (No dia 5 de Abril de 2017, foi anunciado que o Unity não será mais desenvolvido. A partir da versão 18.04 LTS, o Ubuntu terá como desktop padrão o GNOME, sem medo. Mas antes, vamos nos aprofundar um pouco mais em alguns conceitos básicos no Linux.

Crescendo o Ubuntu para nuvem e IoT (Things Of Internet - Internet das Coisas), em vez de telefone e convergênciaPor Canonical em 5 de abril de 2017
"Estamos encerrando um excelente trimestre e um excelente ano para a empresa, com desempenho em muitas equipes e produtos com os quais podemos nos orgulhar. À medida que nos dirigimos ao novo ano fiscal, é apropriado reavaliar cada uma de nossas iniciativas. Estou escrevendo para informá-lo de que acabaremos com nosso investimento na Unity8, o telefone e o shell de convergência. Mudamos nossa área de trabalho padrão do Ubuntu para o GNOME para Ubuntu 18.04 LTS.
Continue lendo 

Introdução ao Linux
O Ubuntu nada mais é do que uma distribuição Linux. Existem centenas delas disponíveis para o usuário, cada uma apresentando as suas peculiaridades, vantagens e desvantagens, mas todas elas compartilham de um mesmo recurso, conhecido como kernel Núcleo). Todos os sistemas operacionais possuem um kernel, seja o Linux, Mac OS X ou o Windows, que é responsável pelo trabalho pesado de fazer processador, memória e disco trabalhem em conjunto.

Quando dizemos "Linux", estamos nos referindo apenas ao kernel, enquanto o Ubuntu é uma combinação de kernel, programas pré-instalados e interface padrão. Ao contrário do Windows, estas três partes são vistas separadamente, sendo possível não só escolher os pacotes (equivalente aos programas do Windows) específicos como também trocar de interface sem necessariamente ter que instalar um outro sistema operacional.

O Ubuntu é bastante popular por se focar na usabilidade. Ao instalá-lo, não é necessário se preocupar ou mesmo entender o que está acontecendo por baixo do capô, pois o funcionamento do sistema exige um conhecimento bastante avançado do usuário (caso de distribuições avançadas como o Gentoo) ou a escolha do que está sendo instalado (como acontece com o Debian). Isso não o torna melhor ou pior do que outras distros, apenas mais simples de instalar e entender.

A interface padrão do Ubuntu, a Unity, começou a ser utilizada nas versões mais recentes, substituindo a antiga interface Gnome 2 e focando mais em usabilidade e elegância. O resultado é um desktop bastante moderno, mas mais exigente de recursos gráficos, e é esta interface que vamos conhecer hoje.

Bem-vindo ao Unity!
Quem está experimentando o Ubuntu pela primeira vez, vindo de alguma versão do Windows, costuma procurar o "Menu Iniciar" para se sentir mais à vontade. Este é o primeiro ícone na barra de atalhos à esquerda, conhecido com "Dash" (painel de controle).

Ao clicar no Dash, você abrirá uma janela transparente com um campo de busca. Essa é uma das grandes diferenças em relação ao Windows, já que por padrão não aparece uma lista de programas e sim uma lista dos mais acessados. Basta começar a digitar o nome de um programa que ele aparecerá. 

Isso não ajuda muito para quem está usando o Ubuntu pela primeira vez, certo? Afinal, no começo não conhecemos os programas do sistema. Para acessar a listagem geral de programas, clique no Dash e, na parte de baixo, clique no ícone que parece um "A". Aparecerão três colunas: programas mais utilizados, programas instalados e sugestões. Ao clicarmos em instalados aparecerá uma listagem geral:

Até agora já aprendemos a ter acesso a todos os programas instalados, mas como instalar algum programa novo? Há várias formas, mas vamos aprender a mais prática e que é um dos grandes trunfos do Ubuntu em relação às outras distribuições (a que mais utilizo).
O Ubuntu Software Center (Central de aplicativos do Ubuntu)
Quer instalar um aplicativo novo? Não é necessário nem abrir o navegador. Basta abrir a Central de aplicativos do Ubuntu e pesquisar por novos programas. O grande diferencial dessa abordagem é que não é necessário se preocupar com dependências ou bibliotecas adicionais, como acontece com outros gerenciadores. Basta escolher e instalar.


Alguns programas são familiares aos que temos no Windows, como Firefox (navegador web padrão), Opera (navegador web), VLC (reprodutor de filmes) e Dropbox (gerenciador de arquivos na nuvem). Sinta-se à vontade para navegar entre as opções disponíveis, ler as descrições e instalar qualquer um que estiver disponível.
Lembrando que alguns já estão pré-instalados, como o LibreOffice (suíte de escritório) e Gimp (editor de imagens). A grande maioria deles é gratuita! (a grande vantagem).

No entanto, há programas com os quais estamos acostumados não estão listados no Ubuntu Software Center. Por exemplo, como instalar o Skype? Então vamos para o próximo item.

Programas compatíveis com o Ubuntu
Há várias razões para que um programa não esteja listado na Central de aplicativos do Ubuntu (ou mesmo o Synaptics, gerenciador de pacotes um pouco mais avançado), sendo que a principal delas é a licença. O Ubuntu e outras distros em geral possuem um bom suporte a programas proprietários, mas devido às restrições impostas pelos fabricantes, não é possível instalá-los por padrão, como é o caso do Skype.
Para estes casos é necessário baixar o programa diretamente do site oficial (Skype).

Quando há uma opção para Linux, é necessário escolher a distribuição. No caso, o Ubuntu é listado com uma versão em especial (Ubuntu 12.04) ou compatível com o Debian (arquivos .deb). Se você usa uma versão que não estiver listada (Ubuntu 13.04, por exemplo), a versão mais recente será sempre compatível. O arquivo baixado possui extensão .deb, equivalente ao .exe ou .msi do Windows. Basta dar dois cliques que o Ubuntu Software Center abrirá e continuará a instalação.

Um detalhe importante: o Linux também possui pacotes com versões de 32 bits ou 64 bits, então deve-se escolher a mesma arquitetura utilizada no sistema operacional. Caso encontre versões "multiarch", melhor ainda, pois são compatíveis tanto com uma quanto com outra.

Gerenciando arquivos
O gerenciador de arquivos do Ubuntu, conhecido como Nautilus, funciona de forma semelhante, senão igual, ao Windows Explorer. Todos os atalhos a que estamos acostumados, como arrastar arquivos, copiar, renomear e assim por diante, funcionam exatamente da mesma forma que no Windows. O menu esquerdo, que lista atalhos, lugares e partições (inclusive as do Windows) pode ser modificado sem problemas, suportando atalhos que funcionam como as Bibliotecas do Windows 7 e 8.

E o Terminal?
As distros Linux sempre tiveram a fama de ser difíceis de utilizar voltadas para usuários avançados, recorrendo ao Terminal

- Nota
As distros Linux sempre tiveram a fama de ser difíceis de utilizar (no começo eu achava isso, mas com tempo quando pega a manha, percebe-se que se torna algo fácil a sua usabilidade),

Recorrer ao Terminal e digitando um comando assustadoramente complicado para fazer qualquer tarefa. No Ubuntu, essa abordagem é opcional, e tudo pode ser feito através da interface gráfica, como no Windows.




tudo pode ser feito através da interface gráfica (e aqueles que nçoa sabem, o último recurso é através do Terminal para instalar algo)


Mas o Terminal ainda é uma ferramenta bastante poderosa e vale a pena gastar algum tempo aprendendo como facilitar algumas tarefas com ela.

Ao abri-lo você verá um cursor piscando aguardando comandos, e tarefas que alteram configurações importantes devem ser feitas com permissões de administrador. No Ubuntu existe uma opção de executar um comando como administrador (o chamado 'super user') simplesmente digitando "sudo" antes de escrevê-lo. Por exemplo, se quisermos atualizar o sistema por linha de comando podemos digitar: sudo apt-get update

Onde apt-get é o gerenciador de pacotes padrão do Ubuntu e update é o comando de atualizar. Se quisermos executar comando simples, como ver quanto de memória disponível, o sudo não é necessário. Basta digitar: free

Tudo que é possível ser feito pela interface gráfica é mais rápido e preciso no Terminal. Por exemplo, você perceberá uma diferença de velocidade entre reinicar o  sistema pela interface gráfica e digitar no Terminal: sudo reboot

Como foi dito, o usuário pode facilitar — e muito — a sua vida utilizando o Terminal, mas para fazer uso dele (do Terminal) com eficiência é necessário bastante pesquisa e principalmente cuidado para não digitar um comando errado.

Conclusão
O que foi visto nada mais é do que arranhar a superfície. Como qualquer sistema operacional novo, se precisa de uma curva de aprendizado, pesquisa e conhecimento de suas peculiaridades, a fim de utilizá-lo com eficiência. Mas garanto que esse conhecimento não será em vão.
O Ubuntu é uma das distros mais amigáveis e maduras que há no mundo Linux, sendo consideravelmente mais rápida (isso garanto) que o Windows e com um excelente suporte a aplicativos.

Depois de algum tempo utilizando a distro, muitos usuários resistem em voltar para o Windows, mas outros acabam desistindo, então é importante utilizá-lo por um tempo antes de se aventurar e se dedicar somente a ele (recomendo).
Caso não tenha gostado do Ubuntu mas queira continuar utilizando alguma
  • distro Linux, há centenas delas disponíveis (como Linux Mint ou Fedora), 
  • com várias interfaces gráficas diferentes (como Gnome 3 ou KDE).

Fonte: 
Techtudo - Linux-tudo-o-que-voce-precisa-saber-antes-de-comecar-usar 

08/06/2017

Isaac Newton, o maior gênio de todos os tempos


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 Isaac Newton 

o maior gênio de todos os tempos


Brigas, genialidades, disputas, fama, maçã e virgindade. Conheça a história do maior gênio que já pisou por este planeta


O que você faria se você estivesse tentando encontrar uma explicação para uma questão que está te dando dor de cabeça há tempos e não consegue nenhuma solução plausível que preencha todas as lacunas? A resposta correta seria criar um novo ramo da matemática, um dos mais difíceis e complexos de todos, é claro, ao menos se você for Isaac Newton, o mito dentre os gênios.

Conhecido principalmente pelo fato de ter “descoberto” a gravidade (Lei da gravitação universal), Newton desenvolveu o cálculo,

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entrou em uma guerra matemática com um dos maiores pensadores da época, apontou com precisão como e porque os planetas mantinham sua órbita (a atração gravitacional fica mais forte quando nos aproximamos do sol), e como o universo sustentava a sua configuração, estabeleceu as leis que regem a física moderna e praticamente qualquer área desse campo, entre muitas outras coisas que os humanos normais levariam umas 5 vidas para conseguir. O detalhe é que boa parte disso já estava pronto quando ele tinha cerca de 20 anos; exemplos? A gravidade e o cálculo infinitesimal, APENAS


O início complicado
Newton nasceu em 4 de janeiro de 1643 (calendário gregoriano) ou 25 de dezembro (calendário juliano), em Woolsthorpe, Inglaterra, em um mundo escuro e que ninguém entendia ou conseguia explicar direito. Uma época que havia saído da Idade Média há menos de 200 anos e na qual os avanços da ciência e das humanidades haviam sido contidos por mais de 12 séculos. Mesmo sendo muito católico ele iria contra os dogmas da sua religião e explicaria, por exemplo, o movimento planetário. Newton tinha várias dúvidas e, para a nossa sorte, resolveu que ia explicar cada uma delas. Como ele diria mais tarde: “O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano”.

Contudo a sua vida não começou com a mesma glória que terminou e foi bastante complicada, principalmente até o momento em que ele entraria na universidade. Seu pai, um fazendeiro, morreu 3 meses antes do seu nascimento, o que fez com que sua mãe se casasse por uma segunda vez e ele fosse deixado com sua avó. Esse “abandono” foi responsável por uma grande insegurança e introspecção que acompanharia ele pela vida toda. Ele odiaria seu padrasto por toda a vida, e em sua lista de pecados e confissões (que escreveu aos 19 anos) consta o seguinte: "Ameaçar meu pai Smith e minha mãe de queimar sua casa com eles dentro". Não devia ser fácil, mas de certa forma temos que ser egoístas e agradecer por isso. Imagine se ele não tivesse essa formação e não se voltasse aos estudos?

Newton quase não terminou a educação básica, pois após o segundo marido de sua mãe morrer eles voltariam a se reencontrar e Newton foi tirado forçadamente da escola para se tornar fazendeiro e assumir a propriedade da família. Claro que ele odiou imediatamente e depois retornou aos estudos, abandonando o trabalho no campo para sempre. Ele voltaria somente após o diretor da escola convencer sua mãe a matriculá-lo novamente.

Seria nessa época que ele desenvolveria sua paixão por matemática. Tudo por causa de um livro de astrologia que ele comprou e não conseguiu entender a mecânica usada nas previsões. Para compreender o que lia ele se dedicou a estudar Euclides, Oughtred, Descartes, Viète e assim por diante. Quando viu, seu conhecimento já estava em um patamar que precisava de uma educação especializada para continuar crescendo. Sua caminhada pela ciência “profissional” começaria quando seu tio notou que ele tinha uma predisposição para os estudos e uma mente afiada. Assim sendo, convenceu a mãe de Newton a matriculá-lo em Cambridge, mesma universidade em que ele havia estudado e se formado anos atrás.

A universidade e os anos iniciais
Além de tudo Newton era predestinado, pois dera a sorte de estar no lugar certo na hora certa. Ele nasceu no momento exato para poder participar da revolução científica ocorrida no século XVII. 

Na universidade, assim que começou os estudos, reza a lenda, que ele era um aluno mediano, longe do que se tornaria um dia. Isso só mudaria quando ele se envolvesse em uma briga com um colega ainda no primeiro ano. Essa rivalidade o faria prometer que se tornaria o melhor aluno de todo o prédio.

Após esse incidente ele passou a estudar, produzir e escrever constantemente não parando nem quando em 1665 a universidade foi fechada por 1 ano e meio devido Grande Praga. Em casa, Newton continuou a produção constante e, com 22 anos, desenvolveu o cálculo infinitesimal, as bases da teoria das cores (Newton também tem um dedo importante no estudo da ótica), formulou conceitos sobre as leis do movimento planetário e, segundo a lenda, teve o famoso incidente da maçã que o levou a formular a teoria da gravidade

Newton voltaria à universidade podendo dizer que tinha inventado o famoso cálculo, a maior inovação matemática desde o tempo dos gregos antigos. Bom, na verdade ele não pode dizer exatamente isso, pois, por algum motivo, ele não quis publicar suas descobertas. O empurrão para que o fizesse veio da pior maneira possível: o matemático alemão Leibniz, 10 anos depois, publicou oficialmente o invento do cálculo. Sim, o mesmo que Newton não quis publicar uma década atrás. A briga seria feia para decidir a paternidade (A Guerra do Cálculo)

Bom, ao terminar a Grande Praga e um dos períodos mais produtivos da sua vida, Newton volta para Cambridge onde obteria seu mestrado em Artes com pouco mais de 25 anos. Seria nessa época que começaria seu reconhecimento público como um gênio vivo. Foi nessa época que ele escreveu De Analysi, onde expunha seus métodos de resoluções sobre as séries infinitas. O trabalho o tornou conhecido como um brilhante matemático, o suficiente para torná-lo o segundo professor lucasiano da universidade (nome de uma cátedra de matemática que já fora ocupada por nomes como Stephen Hawking e Charles Babbage).

Newton foi um dos últimos exemplares de pensadores completos, no melhor estilo Da Vinci e Sócrates, daqueles que não se contentam em ser apenas um grande filósofo ou grande pintor, eles eram grandes escritores, engenheiros, médicos, escultores, astrônomos, teólogos, etc. Como bom polímata que era, Newton, que queria aprofundar seus estudos na ótica, decidiu que era preciso um telescópio personalizado. O que fazer? Inventar um, é claro. Ele criou o objeto sozinho, a partir do 0, o primeiro telescópio refletor operacional. Com isso seus entendimentos sobre a ótica chegaram a um novo patamar. 

O único que não ficou muito impressionado com essa história toda foi Richard Hooke, um outro cientista inglês, que, em 1672, publicou um artigo criticando severamente os resultados em ótica de Isaac Newton, o “Nova teoria sobre luz e cores” como ele chamou sua publicação. Porém Newton não parecia ser um cara que sabia lidar com as críticas, pois ficou enfurecido com as críticas do colega. Ele chegou ao ponto de prometer nunca mais publicar um artigo científico sequer na vida e até se retirar da ciência. E a coisa foi tão séria que ele realmente se afastou das pesquisas, pelo menos as públicas, até 1675, quando descobriu que Hooke parara de questionar sua pesquisa e ele ficou mais aliviado. Para nossa sorte ele voltou a estudar, mas os 2 nunca fizeram as pazes.


Mas a vida lhe pregaria uma nova peça ao levar sua mãe sem avisos. O resultado foi um surto nervoso e um isolamento ainda maior. Por seis anos ele ficaria afastado da academia e da Royal Society, maior órgão de pesquisa científica do mundo na época e, provavelmente, de todos os tempos devido à sua contribuição e pesquisas proporcionadas, da qual era participante assíduo e um dos seus futuros presidentes (cargo que ocuparia por 24 anos, o segundo maior período).
Recluso, focado no estudo da mecânica do universo e, talvez, fadado a ser um daqueles gênios loucos e que nunca mais compartilharia suas descobertas com o mundo, a ajuda veio de onde ele menos esperava: Robert Hooke, o mesmo que o fez sair de cena 3 anos. A ajuda veio em uma carta enviada de maneira aberta aos demais membros da Royal Society na qual ele dizia que Newton poderia encontrar a resposta que explicaria o movimento dos planetas se aplicasse uma fórmula envolvendo o inverso dos quadrados. Isto seria suficiente para explicar a atração entre os planetas e o porquê das suas órbitas serem da maneira como eram.

A grande obra do universo
Com essa valiosa dica em mãos, foram 18 meses de trabalho duro até que ficasse pronto o “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica”, o famoso “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”. Se você nunca ouviu falar dessa obra, pense nela como a bíblia da física e da ciência moderna. Divida o conhecimento e a pesquisa científica antes e depois desse livro. Mas e o que pode ser tão interessante para que esse livro seja considerado o livro mais influente desde sempre?

Bom, pra começar, essa megaobra tem 3 temas, somente assim para acomodar todo o material, afinal ele trata de todos os conceitos essenciais sobre física, sim, tudo. Na verdade quase tudo, só faltou energia, mas o resto estava tudo lá: os fundamentos da mecânica clássica, a lei de gravitação universal, demonstração para as leis de Kepler, gravidade, mecânica dos fluidos, do formato da Terra à ação dos corpos celestes no movimento e tamanho das ondas e claro, as famosas leis de Newton:
  1. Lei I: Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele. (lei da inércia)
  2. Lei II: A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na direção de linha reta na qual aquela força é aplicada. (lei fundamental da dinâmica e do movimento). 
  3. Lei III: A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade: ou as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos. (princípio da ação e reação)  

lei fundamental da dinâmica e do movimento


Com o sucesso do Principia mais treta entre Newton e Hooke. Este último acusou Newton de plágio. A briga foi grande, mas a acusação não deu em nada, pois sua ideia não passava de teoria, a glória coube a quem colocou na prática e desenvolveu o assunto. Ponto para Isaac Newton.

Com a obra, Newton galgou o status de celebridade internacional completa e conhecida fora do meio acadêmico, inclusive, o que o levou a se tornar infeliz com o seu posto em Cambridge e buscasse novas oportunidades, como a carreira política. Até mesmo em Cambridge ele teve um papel fundamental, indo de encontro às ideias do Rei James II de colocar novamente o ensino católico na instituição. Por conta dessa e de outras questões ele foi eleito para ser o representante da universidade dentro do parlamento, estágio inicial da vida política. Depois disso foi guardião da casa da moeda, mestre da casa da moeda, etc. onde reformou o dinheiro circulante e combateu ferozmente os falsificadores, resultando em uma condecoração real.

Nesse momento ele já estava mais político do que cientista, rico, reconhecido e um dos homens mais famosos da Europa. Seu último grande troféu for ser eleito o presidente da Royal Society, cargo ocupado por mais de duas décadas até a data de sua morte. Velhinho, com 85 anos, sofrendo com as dores estomacais há alguns anos, em uma noite, após mais outra crise, ele ficou inconsciente, morrendo no dia seguinte, em 31 de março de 1727. Sua fama aumentou ainda mais e ele reinou absoluto por mais 200 anos, até que Albert Einstein (que tinha um retrato seu sobre sua mesa de trabalho) apareceu dizendo que 'tudo no universo é relativo', contestando sua ideia inicial de que distância e movimento, por exemplo, não eram absolutos.

Temas controversos
Mesmo com todo esse conhecimento científico aplicado, Newton também se dedicou a alguns temas menos nobres, como a alquimia (estudos que se assemelham a uma espécie de “bruxaria” e que se dedica a transformar metais ordinários, como ferro em ouro puro e que foram feitos escondidos, sendo sua prática descoberta bem depois de sua morte, já que a prática era proibida na época) e a datação bíblica (Newton se dedicou a colocar numa linha do tempo os acontecimentos bíblicos) onde ele queria achar um meio de provar e organizar os 6 mil anos que a bíblia diz que possui o planeta Terra.

Ironicamente (já que seu padrasto era um pastor e ele o odiava e ele contribuiu para destruir a imagem de Deus como ninguém mais) Newton tinha uma biblioteca teológica imensa. Em uma das maiores controvérsias possíveis, o homem que explicou o universo e, indiretamente, acabou com a ideia de um criador, publicou diversas obras de caráter bíblico e religioso nas quais não refutava nem suas descobertas, nem o papel de Deus. Ele dizia que "A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta." Ele, inclusive, previu o final do mundo, que, segundo seus estudos, não aconteceria antes de 2060. Para chegar nessa data ele utilizou os textos bíblicos do Livro de Daniel, no Antigo Testamento.

Ele também fora influenciado diretamente pela ordem Rosa-Cruz, uma sociedade secreta que afirmava ter a pedra filosofal, fazia estudos sobre anjos e espíritos e diziam poder viver para sempre através do elixir Vitae. Quando Newton morreu, sua biblioteca tinha 169 livros sobre alquimia, sendo especulado que ele tenha tido bem mais do que isso, especialmente durante sua formação em Cambridge. 

Legado
Morreu como um herói, talvez nenhum outro cientista tenha conseguido tanto reconhecimento em vida, tendo contribuído para – ou até mesmo criado;  
  • o estudo das cores, ótica, mecânica dos fluídos, gravitação e forças planetárias, cálculo, limites, mecânica, séries de potências, diversas leis da física (resfriamento, leis de Newton, etc.); 
  • velocidade do som, teorema binomial, heliocentrismo, lei de Kepler, identidades de Newton, Método de Newton, binômio de Newton, etc; 
  • Até mesmo a supervelocidade da internet de fibra ótica

Principia é até hoje considerado o livro mais influente e ele o cientista que causou maior impacto na história do conhecimento. Tais feitos permitiram que ele fosse enterrado na Abadia de Westminster, local mais nobre impossível. Seus restos mortais estão repousando ao lado de dezenas de reis e rainhas e nomes como Geofrey Chaucer, Charles Dawin, Charles Dickens, e muitos outras figuras emblemáticas da Inglaterra. Embora tenha morrido famoso, influente e rico, Newton morreu solitário e, segundo seus biógrafos, virgem. Agradeça-o mais uma vez por sua dedicação inabalável à ciência.

A missão de lhe prestar uma última e justa homenagem ficou a cargo do poeta Alexander Pope que escreveu seu epitáfio. E assim foi esculpida sua lápide:
"A natureza e as leis da natureza estavam imersas em trevas; Deus disse "Haja Newton" e tudo se iluminou".


Fonte: 

07/06/2017

Ubuntu 16.04 LTS (Xenial Xerus) - Parte II


review-do-ubuntu


Ubuntu 16.04 LTS (Xenial Xerus)

(Parte 2)



Foi vista as novidades do Ubuntu em relação ao seu  
1 - processo de instalação, 2 - consumo de recursos, 
3 - pesquisas on-line desativas por padrão (os "spywares", segundo Richard Stallman) e a  
4 - compatibilidade com os pacotes Snap.
Agora vamos conhecer os novos recursos da versão 4.4 do (Kernel 4.4) utilizado, especificidades em relação às GPUs da AMD, extras e como essa versão é importante para outras distros, completando as principais informações sobre essa nova versão da distribuição mais popular do Linux.

O Kernel 4.4 e extras
As atualizações dessa versão do Kernel Linux incluem duas, digamos, "classes" de atualizações.
  • A primeira delas atinge diretamente a vida do usuário (sistema doméstico)
  • enquanto a segunda é mais voltada para sistemas corporativos e casos específicos. 

Vale deixar claro também que esta versão não é a mais recente (e sim a versão 4.6), com a versão 4.5 já classificada como estável. Por que escolher o Kernel 4.4? Pois ele foi criado para ser suportado em longo prazo (Kernel LTS), sendo a versão mais recente disponível no anúncio oficial do Ubuntu, sendo a mais atual e recomendada para uma versão LTS do sistema.

Do lado do usuário (doméstico), foram realizados mais de 2.400 correções de segurança e de bugs de funcionamento, com a adição do suporte melhorado para os processadores de sexta geração da Intel e para dois equipamentos voltados para gamers:
  • o teclado Corsair Vengeance K90 e 
  • o volante G29 da Logitech. 

Tem-se também a correção da criptografia para os sistemas de arquivos Ext4, ainda que poucos usuários domésticos realmente usem esse recurso, e aos notebooks Toshiba mais recentes, que trazem componentes de hardware específicos.

Outras atualizações mais específicas incluem
  • suporte melhorado para máquinas virtuais do tipo KVM 
  • suporte para processadores desktop (x86)
  • melhorias no RAID 0 para sistemas formatados como Btrfs
  • suporte para o chipset de som Intel Lewisburg (somente de 2017 em diante), 
  • suporte para o controle remoto Google Fiber TV (ainda não disponível no Brasil) e 
  • atualizações melhoradas ao sistema de arquivos XFS.

Sobre o suporte de GPUs AMD
Más notícias para quem tem uma placa de vídeo da AMD, seja desktop ou notebook, seja dedicada ou onboard (no caso das APUs): não há suporte para o driver proprietário até o momento, o bastante conhecido fglrx, já que ele não é suportado pela versão do XServer, servidor de interface gráfica do sistema. Não adianta tentar compilar por conta própria, já que quem tentou enfrentou o mesmo problema, sendo necessário usar a alternativa de código livre, que infelizmente não oferece o mesmo desempenho e otimizações da versão proprietária.

Ou seja, se você tem uma placa de vídeo da AMD, é bom esperar um pouco até que a fabricante ofereça um driver apropriado, mas não há um impedimento para quem tem uma placa de vídeo da NVIDIA (o máximo que pode acontecer é você  ter que baixar uma versão mais atualizada, dependendo do modelo, fora das opções padrão do Ubuntu) ou para quem use gráficos integrados da Intel. É uma má notícia, de fato, em especial para quem usa o Ubuntu como máquina principal de jogos ou de produção de conteúdo, mas não deve demorar muito para a AMD liberar uma atualização

Nada de Unity 8 e Mir?
Apesar dos rumores prevendo o update, o Ubuntu 16.04 ainda vem com a versão Unity 7 (interface gráfica 7.4, precisamente), e não com a Unity 8, versão que inaugurará a famosa "convergência" de desktops do Ubuntu. Não chega a ser algo ruim, além de fazer sentido dentro da proposta LTS dessa versão, já que preza pela estabilidade acima de tudo, além de trazer refinamentos e exigir menos recursos de hardware, como foi dito na primeira parte.Não é certo se eventualmente ele atualizará para a versão Unity 8 dentro do seu ciclo de vida (o Ubuntu 12.04 com certeza não atualizará), mas ele não é a versão padrão dessa versão.

O Unity 8 (interface gráfica) já foi previsto em diversas versões, e agora a bola da vez é o Ubuntu 16.10 (Yakkety Yak), algo que faz bastante sentido, já que é uma versão que tem um suporte por menos tempo, sendo algo mais apropriado. Inaugurá-la em uma versão anterior à 16.4 também causaria um certo problema para a Canonical, já que obrigaria a empresa a continuá-lo nessa versão mesmo que ela não possa ser considerada completamente estável. O mesmo vale para o Mir, novo gerenciador de interface.

De qualquer forma, você pode experimentar ambos instalando-os separadamente para experimentar seus novos recursos, mas é difícil imaginar que a Canonical atualize o 16.04 com o Unity 8 e o Mir dentro do seu ciclo de vida, já que poderia causar incompatibilidades para usuários e empresas. Mas, ao que tudo indica, ambos serão padrão no Ubuntu 18.04.

Uma nova geração de distros
Um novo Ubuntu LTS não é apenas importante por si só, mesmo sendo uma das distros mais populares e carismáticas dentro do universo Linux. Ele também dá a largada para que outros sistemas sejam criados a partir dele, e não estamos dizendo apenas variações, como o
  • Xubuntu (XFCE), 
  • Lubuntu (LXDE), 
  • Kubuntu (KDE), 
  • Ubuntu GNOME e 
  • Ubuntu MATE

que são basicamente o mesmo sistema, mas trazendo interfaces gráficas particulares. A exceção é o Ubuntu MATE, que traz apenas 3 anos de suporte (suporte mais curto), e não 5, como as outras versões.

Entre os sistemas que usam o Ubuntu como base (que, por sua vez, é baseado no Debian. Lembra Inception, não?), temos os populares Deepin e o Elementary OS, ambos com suas próprias interfaces gráficas particulares e que ganharam bastante participação de mercado nos últimos anos. Mais interessante ainda é o Linux Mint, provavelmente uma das poucas distros que podem concorrer com o Ubuntu em popularidade, e que passou a trabalhar somente com versões LTS do Ubuntu (atualmente só temos as versões 13 e a 17, baseadas nas versões 12.04 e 14.04, respectivamente). Ou seja, vamos aguardar as próximas semanas (ou os próximos meses).

Conclusão
Essa nova versão do Ubuntu é um upgrade merecido, em especial quando considerado a quase completa ausência de novidades da versão 15.10, praticamente anunciada para cumprir a agenda de anúncios semestrais. Os refinamentos visuais e menor consumo de recursos são perceptíveis, assim como a escolha de elementos focados em estabilidade, caso do Kernel 4.4 e opção de manter o Unity 7, certamente algo bem vindo para quem preza por estabilidade e não se preocupa tanto com atualizações que possam causar instabilidades, isso sem deixar de lado o suporte para os pacotes Snap.

As versões LTS nunca focaram em oferecer recursos de ponta, mas sim trazer o que há de mais moderno e estável. No entanto, a última finalmente trouxe uma atualização para a loja de apps do Ubuntu, que estava abandonada há algum tempo. Recursos experimentais, ou ainda em fase de desenvolvimento, fazem muito mais sentido nas versões não-LTS, anunciadas semestralmente, e a estratégia de testar tanto o Unity 8 quanto o Mir nas próximas versões (16.10, 17.04 e 17.10) dará tempo para a Canonical realizar todos os testes necessários para anunciá-los de forma estável na próxima versão LTS, a 18.04.

Além disso, ainda este ano veremos novas distros baseadas no Ubuntu chegando ao mercado, um ganho secundário dessa nova versão que acaba beneficiando usuários de outros sistema "por tabela". Ainda que as distros Linux, de uma forma geral, ainda tenham uma pequena participação de mercado, o Ubuntu 16.04 mantém a plataforma viva e a pleno vapor.

Confira:
Ubuntu-1604-lts-xenial-xerus-parte-i

Fonte:
Kernel newbies
Canaltech
Ninja do Linux

06/06/2017

Ubuntu 16.04 LTS (Xenial Xerus) - parte I


Canonical-launches-Ubuntu-16-04-2-LTS


Ubuntu 16.04 LTS (Xenial Xerus)


O que há de novo no Ubuntu 16.04 LTS (Xenial Xerus)? (Parte 1)

Seguindo o calendário previsto pela Canonical, o Ubuntu 16.04 já pode ser baixado e instalado por qualquer usuário, e brincando com ele durante alguns dias para tirar as conclusões sobre essa nova versão, de codinome Xenial Xerus. Uma versão bastante aguardada, por sinal, já que se trata de uma versão LTS (Long-Term Support), liberada a cada 2 anos e com suporte garantido por 5 anos, uma boa notícia para quem preza por estabilidade e realiza ciclos maiores de atualização e adequação de software.





A CPU fica abaixo da recomendada pela Canonical, que sugere um modelo dual-core de 2,0 GHz. Não se preocupe com isso, já que é uma recomendação bastante genérica, não especifica nem a fabricante do processador. Uma coisa é ter um processador Atom dual-core de 2,0 GHz, que é bastante inferior até mesmo ao Core i3 ULV utilizado nos testes; outra é ter uma configuração mais antiga com mais poder de fogo, mais capaz de realizar operações por ciclo de clock.

Instalação
O processo de instalação, desconsideradas algumas pequenas mudanças visuais, é praticamente idêntico aos das versões anteriores, sendo um dos melhores instaladores disponíveis entre todas as distros Linux. São etapas bastante simplificadas, com a escolha de idioma, layout do teclado e fuso horário, com a parte mais difícil sendo reservada para o particionamento do disco. A ISO agora tem 1,4 GB (Ubuntu), então é necessário usar uma mídia de DVD ou um pendrive de pelo menos 2 GB (no mínimo).

Download do Ubuntu 16.04 LTS;
Essencialmente, são apenas duas partições necessárias:
1 - uma do tipo ext4 formatado como raiz ("/") para os arquivos de sistema e pessoais, e
2 - a partição SWAP, que pode variar em tamanho dependendo da quantidade de memória RAM.
Caso tenha um computador mais novo, é necessário criar uma partição EFI para que o sistema inicialize, e se você pretende manter seus arquivos em uma partição separada, não perdendo-os quando trocar de distro, basta dimensionar uma outra partição tipo ext4 como Home ("/home").

Todo o processo (de instalação) dura cerca de 15 minutos, já contando o tempo de atualizações e downloads durante a instalação. Terminado o processo, basta reiniciar e remover a mídia (seja um DVD ou o pendrive).

Desktop rápido e livre de spywares (vírus espião)!
Um dos grandes "problemas" das versões anteriores do Ubuntu era a exigência gráfica por parte do Unity, interface gráfica padrão da distro.
Processadores raramente são insuficientes para rodar a maioria das distros, mas a coisa pegava ao renderizar componentes 3D e transparências, em especial em máquinas com gráficos integrados mais básicos. No caso, mesmo com o Intel HD 4000 e uma resolução padrão até bastante alta, percebe-se um polimento e "corte de gordura" nessa versão, se mostrando um sistema muito mais responsivo do que a versão anterior.

Dizendo isso apesar de utilizar um SSD até bastante competente (para a análise), já que utilizada um SSD em praticamente todas as análises feitas do Ubuntu. Nota-se também uma abordagem mais "chapada" em todo o sistema de uma forma geral, desde o gerenciador de arquivos até a loja de aplicativos do Ubuntu (Ubuntu Software Center), que ficou muito mais espartano, o que certamente alivia a exigência gráfica para uma boa experiência de uso.

Outro fator que contribuiu para isso foi a pesquisa on-line desativada por padrão, o que certamente agradou Richard Stallman, fundador da Free Software Foundation, que classificou esse recurso como um "spyware" quando implementado na versão 12.10, que enviava informações para a Canonical e seus parceiros. Não somente ele, aliás, mas uma boa parte dos fãs do sistema da Canonical, já que só retornava resultados depois de consultar diversos sites e mecanismos de buscas.

A desativação por padrão fez com que o dash (painel de controle Ubuntu) ficasse muito mais rápido, além de não oferecer resultados de suas buscas para sites previamente configurados, muitas vezes à toa. Independentemente de alguns verem esse recurso como um "spyware", é bom que ele fique desativado por padrão, oferecendo a escolha para os usuários se querem utilizá-lo ou não (Configurações -- Segurança e Privacidade -- Aba "Pesquisa"), algo extremamente bem vindo para marinheiros de primeiras viagem, que não conseguem detectar rapidamente o motivo da lentidão da máquina, culpando o sistema operacional.

Voltando ao visual, o Ubuntu Software Center, agora sem o "Center" (Ubuntu Software), sofreu uma bela remodelação visual. Basicamente, é apenas uma página com fundo cinza e os ícones dos programas com uma pequena descrição, divididos em categorias gerais ao final. Ao clicar no programa, a janela que abre apenas oferece uma breve descrição sobre o que o programa faz, bem como sua versão, tamanho e avaliações. Estranhamente, não há mais screenshots dos programas, o que é um problema para usuários mais básicos que querem conhecer novos aplicativos.

O gerenciador de  arquivos está mais integrado com o dash e as pesquisas de arquivos pelo nome, agora adotando a barra de rolagem flutuante (aparece somente quando você passa o ponteiro do mouse por cima), e um visual mais próximo do gerenciador de arquivos da interface gráfica GNOME. Os ícones são os mesmos utilizados há várias versões do Ubuntu, uma boa notícia para quem vai fazer o upgrade a partir da versão 14.04 LTS (provavelmente o principal alvo dessa nova versão) e não quer perder a sensação de familiaridade.

Pacotes Snap
Um dos maiores updates do Ubuntu 16.04 LTS é, digamos, invisível. Trata-se da adoção dos pacotes Snap para instalar e manter arquivos, mas é importante entender como esse gerenciamento funciona atualmente para ver como essa mudança é importante. O gerenciador com que todos estão acostumados é o APT, que faz um bom trabalho instalando e mantendo os aplicativos. Tanto no terminal quanto na interface gráfica, quando optamos por instalar um programa e ele precisa de pacotes adicionais, você precisa permitir a instalação deles para que ele funcione.

Até aí, sem problemas. Alguns aplicativos exigem somente um ou dois pacotes extras, enquanto outros exigem dezenas ou mesmo centenas, que são prontamente instalados e, normalmente, não geram conflitos. Os problemas acontecem quando os pacotes de base compartilhados entram em conflito, o que não chega a ser um problema em módulos mais simples, como o compilador do Python, mas passa a causar danos quando ele é utilizado em todo o sistema, caso do Xorg.

O Snap resolve isso instalando programas dentro de containers, impedindo que dois pacotes de versões diferentes interfiram no funcionamento um do outro, ou mesmo do sistema de uma forma geral. Ao mesmo tempo, ele instala esses pacotes apenas uma vez, de forma que dois programas que exijam o mesmo pacote base não tenham ele instalado duas vezes. Não é algo restrito ao Ubuntu, já que várias distros estão migrando para os pacotes Snap, e o APT não deixa de existir a princípio, já que é necessário que os aplicativos também passem a usá-lo.

Ou seja, ele está lá, mas ainda não é o padrão. Isso não tira a sua importância, já que se trata de uma versão LTS, e muita coisa vai acontecer dentro de 5 anos até que a versão 16.04 pare de ser suportada. Basta considerar que a versão 12.04 LTS ainda é suportada pela Canonical, suportando muita coisa que não era previsa inicialmente sem oferecer o risco de quebrar compatibilidade.

Continua na segunda parte (a análise do Ubuntu 16.04 LTS), explorando Kernel 4.4, base para outras distros, problema com as GPUs da AMD, recursos avançados e a conclusão geral

Fonte:
Ubuntu - releases
Ubuntu desktop
Viva o Linux
Ubuntu Software Center
Canaltech
Notebookcheck

01/06/2017

Bug no Windows




Bug no Windows pode travar computador

Micrososft ainda não se manifestou sobre o problema. Expectativa é que ela resolva a questão. 

Recentemente, foi descoberto que edições mais moderadas do Windows podem conter um bug e que pode causar muitos problemas aos usuários.
A falha que afetava o Windows 95 e 98 fazia com que o computador parasse de funcionar, caso houvesse uma tentativa de acessar um arquivo de nome específico, seja de forma interna ou mesmo externa.

De acordo com o Ars Technica, a questão era de que o Windows separava alguns nomes para uso especial, o que acabava ocasionado o problema “con”. Ele servia para que o sistema lidasse com consoles físicos como teclado e ainda monitor. Caso o usuário tentasse chegar ai um "c:concon", ou mesmo se um site quisesse logar um arquivo através do caminho "file:///c:/con/con" , o computador acabaria sendo trancado e voltaria ao funcionamento normal somente após um reboot.
A mesma questão acontece no Windows 7 e 8.1, porém, com arquivo nomeado “$MFT”. Conforme ainda o Ars Technica, trata-se de um arquivo especial de metadados utilizados pelos sistemas de arquivos NTFS, sendo que fica escondido para a maior parte dos softwares. Porém, caso o usuário tentar usá-lo terá o computador travado.

Vale mencionar que nem todos os navegadores possuem acesso ao livre ao $MFT, sendo o Internet Explorer uma exceção. Deste modo, um desenvolvedor é capaz de criar uma página que contenha instruções para que uma das suas imagens seja carregada usando o $MFT como diretório, assim, o computador, certamente, seria danificado. Em alguns casos o bug também causa a famosa tela azul da morte.
A Microsoft ainda não se manifestou sobre a questão. O bug afeta ainda o Windows Vista, porém, ele já perdeu o suporte. No entanto, a empresa terá que encontrar uma solução para as outras duas versões do sistema.

O que fazer quando a tela azul de erro aparecer em seu Windows?
A famosa tela azul de erro do Windows costuma ser pavorosa para alguns usuários. Talvez já tenha se deparado com ela e não encontrou uma maneira segura de lidar com a situação. Foi elaborado algumas dicas de como proceder quando a "tela da morte" aparecer em seu computador equipado com o sistema operacional da Microsoft.

Quando acontecer um problema sério em seu computador é bem provável que você veja a tela azul de erro. Ela aparece sem nenhum aviso e trava seu computador, que volta a funcionar apenas com uma reinicialização. No entanto, nem sempre é fácil entender a razão pela qual ela apareceu. As informações oferecidas pelo sistema são quase sempre técnicas e resumidas.

Normalmente o problema está relacionado com algum problema no hardware (drivers) e não no software, como alguns pensam. Componentes de hardware danificados ou drivers incompatíveis podem ser a principal causa do problema.

Analise as informações
Para começar a lidar com o problema é preciso analisar as informações fornecidas na tela azul. Tais informações são importantes para encontrar o verdadeiro motivo do travamento do sistema.

Uma extensa mensagem padrão ocupa a maior parte da tela. Acima, uma frase revela uma descrição do erro. Em algumas vezes a informação exibida é resumida contendo alguns termos técnicos que possibilitam que o usuário tenha uma certa noção de onde foi o erro.

As últimas informações exibidas correspondem às "informações técnicas" do erro. Esta é a parte mais importante de toda mensagem exibida. Nela é possível notar um código composto de oito dígitos, precedido da palavra "STOP", que identifica o erro ocorrido no sistema. Entre parênteses é possível analisar o endereço da memória em que o erro ocorreu.

Logo abaixo o sistema informa qual o arquivo envolvido no erro. Descobrir qual a função do arquivo em questão é uma das grandes chaves para conseguir a solução definitiva do problema. É importante mencionar que nem todos os erros na tela azul fornecem tal informação.

Verifique erros no "Visualizador de eventos"
O "Visualizador de eventos" presente no Windows é uma ótima ferramenta para localizar erros presentes no sistema. Talvez o problema poderá estar listado neste recurso.

Para acessá-lo basta clicar com o botão direito em "Meu Computador" e escolher a opção "Gerenciar".
Após isso é possível localizar vários erros presentes no sistema. Corrija todos os erros possíveis. Se a tela azul não voltar a aparecer, provavelmente você encontrou o erro (parabéns!)

Mantenha os drivers de seu computador atualizados
A atualização dos drivers de seu computador é importante para melhorar o desempenho da máquina. Além disso, as atualizações podem evitar que você seja surpreendido pela tela azul de erro. Consulte os sites das fabricantes que oferecem as versões mais recentes dos drivers.

Também é possível verificar as atualizações de drivers por meio do "Gerenciamento de dispositivos". Para isso acesse o "Painel de Controle" na categoria "Hardware e Sons". Procure por "Gerenciador de dispositivos".

Cuide da memória RAM
A memória RAM é um dos componentes mais importantes de seu computador. Um simples mau contato ou danificação pode acarretar em problemas. Por isso verifique regularmente o estado da memória RAM de seu computador. Caso tenha mais de um pente da memória, verifique por meio do sistema se todos eles estão funcionando.

Isso é possível ao acessar "Propriedades" utilizando o botão direito em "Meu Computador". Verifique se a quantidade informada de memória RAM é a mesma quantidade instalada. Caso não seja, abra seu computador (desktop) e faça uma limpeza. Este procedimento, aliás, é indicado mesmo que o sistema informe que a memória RAM apresenta a mesma quantidade que você instalou.

Evite superaquecimento
Um dos principais vilões no aparecimento da tela azul é o superaquecimento de componentes, em especial do processador.

Ao atingir uma temperatura muito alta, seu computador terá o desempenho comprometido. É possível que ele desligue automaticamente sem que exiba a tela azul. Este procedimento consiste na manutenção da integridade de circuitos internos.  No entanto, é possível que a tela azul seja exibida e seu computador seja reiniciado.
Uma excelente ferramenta para verificar a temperatura dos componentes de seu computador é o HWMonitor.

ATENÇÃO:
Caso a temperatura esteja muito elevada é preciso abrir seu desktop e realizar uma limpeza profunda em todos os componentes de hardware, em especial o cooler.

Se nenhum dos procedimentos descritos funcionar, talvez seja necessário realizar uma formatação completa do sistema. Se você não conseguiu encontrar nenhum arquivo danificado ou componente irregular, será difícil localizar a causa da exibição da tela azul.
  • Faça um backup dos arquivos e 
  • formate seu computador

Lembre-se que se isso não soluciona a aparição da tela azul, o problema estará no hardware e talvez tenha que substituir alguns componentes. Uma vistoria realizada por um profissional de T.I. será de grande utilidade.


Fonte:
Oficina da net
Canaltech
Infohardware

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