Quando o avião está prestes a decolar, o
comandante, a tripulação ou então aquelas mensagens gravadas que dão
instruções solicitam a todos que desliguem os aparelhos eletrônicos. O
mesmo procedimento se repete na hora de aterrissagem e, em alguns casos,
até mesmo durante o voo é solicitado aos passageiros que mantenham seus
gadgets todos desligados, inclusive aqueles que possuem o modo avião.
Mas por que isso acontece? Qual é a explicação por trás disso? Não há
nenhuma tecnologia atual capaz de garantir que os smartphones, tablets e
notebooks possam funcionar sem problema? Calma, nós respondemos tudo
isso para você.
Por que é proibido usar celular (ou tablet) durante um voo?
Basicamente, a proibição se deve ao fato de que as ondas
eletromagnéticas emitidas por um aparelho eletrônico capaz de se
comunicar via rede sem fio (ou seja, tablets, smartphones, notebooks,
câmeras digitais, smarwatches e por aí vai) podem ser grandes o
suficiente para causar interferências nos instrumentos (equipamentos) do avião. Com
isso, a aeronave pode ter problemas para pousar ou decolar ou até mesmo
para se localizar.
E isso faz sentido. Você já deve ter ouvido interferências do seu
telefone celular na caixa de som do computador ou mesmo no alto-falante
de um carro. Vamos nos lembrar que um avião está repleto de aparelhos de
comunicação via rádio e também lotado de pessoas. Assim, é razoável
imaginar o potencial de interferência destes dispositivos, o que poderia
prejudicar as comunicações de um avião e causar efeitos catastróficos.
Funciona assim: as estações rádio base emitem um sinal em forma de cone que cria uma área de cobertura 4G no céu. Como não encontra obstáculos no caminho, o sinal ultrapassa os 10 quilômetros de altitude. E cada célula abrange um raio de até 150 quilômetros.
Comparada com o que existe hoje, a cobertura promete ser mais eficiente e mais barata. No caso dos satélites, poucos são usados para cobrir continentes inteiros. Isso faz com que toda capacidade de transmissão daquele satélite – não só de internet – seja compartilhada pelos diferentes serviços oferecidos, o que acaba comprometendo a qualidade da conexão dentro do avião.
Em fase de testes na Europa, o “Air to Ground” tem mostrado bons resultados. A tecnologia só funciona em áreas terrestres, afinal é impossível instalar antenas nos oceanos ou florestas. Neste caso, para garantir cobertura em qualquer tipo de rota, é preciso adotar uma solução híbrida e contar com o apoio dos satélites quando o 4G não estiver disponível.
Para quem gosta de números, os testes são animadores. A velocidade média alcançada nesta primeira fase é de 75 megabits por segundo para download e 21 mega para upload – mais do que o suficiente para se entreter durante as longas horas de voo ou até adiantar um pouco do trabalho. A tecnologia deve se tornar comercial já este ano. Por enquanto, só na Europa... A boa notícia é que o Brasil já definiu faixas de frequência para alocar esse tipo de serviço. Falta regulamentar... Vamos ver quanto tempo isso leva.
Fonte:
Há ainda algumas teorias conspiratórias
sobre o tema. Como não há uma certeza exata de que aparelhos eletrônicos
podem, de fato, derrubar um avião, muita gente acredita que a proibição
se deve a um lobby das empresas de telefonia. Isso porque uma ligação
feita a 10 mil pés de altura e a várias centenas de quilômetros por hora
ficaria “rebatendo” em várias torres de sinal, obrigando as operadoras a
rever alguns tratados de roaming nacional e internacional. (considero boato)
Nem mesmo no modo avião?
Recentemente, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), órgão do
governo federal responsável pela regulamentação da aviação civil no
Brasil, emitiu um novo regulamento autorizando as companhias aéreas a liberarem o uso de aparelhos eletrônicos durante os voos, porém, desde
que estes permaneçam no <modo avião>. Quanto esta função está ativada, o
gadget (modo avião) corta todas as comunicações, ou seja, não pode acessar redes
Wi-Fi, redes móveis, conexões Bluetooth ou qualquer outra.
Neste caso, a obrigatoriedade de manter tudo desligado se restringiria a
momentos críticos, como turbulências, pousos e decolagens e tem mais a
ver com a questão de segurança das pessoas em si, não das comunicações. A
ideia é garantir que as saídas de emergência estarão livres e que
ninguém, nem passageiros nem tripulação, estará distraído.
A norma foi emitida após uma solicitação da
Gol, que garantiu inclusive o direito de permitir que seus passageiros
usassem seus smartphones durante o taxiamento da aeronave após um pouso.
E a companhia quer ainda mais: ainda no ano passado, ela solicitou
junto a Anac autorização para ampliar o uso dos eletrônicos por seus
passageiros e começou a oferecer conexões Wi-Fi aos seus clientes
durante o voo.
Para permitir o uso em modo avião em seus voos, a companhia aérea
precisa solicitar uma autorização junto a Anac. Recentemente, a Avianca
também recebeu o aval para ampliar o uso dos gadgets em suas viagens.
Nos Estados Unidos, uma norma semelhante à
brasileira já existe desde 2013. Além disso, lá, a Comissão Federal de
Comunicações (FCC) propôs novas regras para liberar que cada companhia
aérea decida quais gadgets os passageiros podem usar durante um voo. De
acordo com a FCC, as atuais regras de proibição datam de mais de duas
décadas atrás e foram criadas para proteger as aeronaves de
interferências de rádio. Atualmente, existem tecnologias que podem ser
instaladas nas aeronaves a fim de evitar este tipo de interferência.
Aqui, uma curiosidade: nos EUA, diferente do Brasil, quem proíbe o uso
de celulares nos voos é a FCC, que seria o equivalente à Anatel
brasileira. A Anac de lá, que se chama Administração da Aviação Federal
(FAA), atualmente deixa a cargo de cada companhia aérea proibir ou
liberar o uso de aparelhos eletrônicos durante um voo.
Na Europa, a Agência Europeia de Segurança na Aviação (EASA) revogou em
2014 uma norma que obrigava o desligamento dos gadgets ou ao menos a sua
utilização em modo avião durante um voo (o que recomendo). A partir da mudança, as
companhias aéreas poderiam decidir autorizar ou não o uso dos
eletrônicos durante o voo e poderiam também oferecer conexões a internet
para os seus clientes. Para isso, bastava receber uma aprovação da
EASA, que vinha após uma análise para garantir que as comunicações do
avião não sofreriam interferência eletromagnética dos portáteis.
Ou seja... O que dá para perceber diante de tudo isso é que sim, as emissões eletromagnéticas do seu aparelho eletrônico podem causar interferência em um voo; contudo, usar o gadget em modo avião ainda é a opção mais segura. Além disso, algumas tecnologias específicas podem oferecer até mesmo a conexão com a internet durante um voo, tudo de maneira segura. Só depende das companhias aéreas.
Ou seja... O que dá para perceber diante de tudo isso é que sim, as emissões eletromagnéticas do seu aparelho eletrônico podem causar interferência em um voo; contudo, usar o gadget em modo avião ainda é a opção mais segura. Além disso, algumas tecnologias específicas podem oferecer até mesmo a conexão com a internet durante um voo, tudo de maneira segura. Só depende das companhias aéreas.
Como o 4G pode chegar até os aviões
Se for uma ponte aérea (uma horinha), tudo bem; mas em pleno século 21,
ninguém merece ficar oito, nove...quinze horas desconectado. Atualmente,
as ofertas de acesso à internet dentro de aviões são feitas via
satélite – e são raras em voos saindo aqui do Brasil. Agora, uma nova
tecnologia, batizada de “Air to Ground”, usa o 4G para fornecer conexão
de banda larga móvel dentro do avião.Funciona assim: as estações rádio base emitem um sinal em forma de cone que cria uma área de cobertura 4G no céu. Como não encontra obstáculos no caminho, o sinal ultrapassa os 10 quilômetros de altitude. E cada célula abrange um raio de até 150 quilômetros.
Comparada com o que existe hoje, a cobertura promete ser mais eficiente e mais barata. No caso dos satélites, poucos são usados para cobrir continentes inteiros. Isso faz com que toda capacidade de transmissão daquele satélite – não só de internet – seja compartilhada pelos diferentes serviços oferecidos, o que acaba comprometendo a qualidade da conexão dentro do avião.
Em fase de testes na Europa, o “Air to Ground” tem mostrado bons resultados. A tecnologia só funciona em áreas terrestres, afinal é impossível instalar antenas nos oceanos ou florestas. Neste caso, para garantir cobertura em qualquer tipo de rota, é preciso adotar uma solução híbrida e contar com o apoio dos satélites quando o 4G não estiver disponível.
Para quem gosta de números, os testes são animadores. A velocidade média alcançada nesta primeira fase é de 75 megabits por segundo para download e 21 mega para upload – mais do que o suficiente para se entreter durante as longas horas de voo ou até adiantar um pouco do trabalho. A tecnologia deve se tornar comercial já este ano. Por enquanto, só na Europa... A boa notícia é que o Brasil já definiu faixas de frequência para alocar esse tipo de serviço. Falta regulamentar... Vamos ver quanto tempo isso leva.
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