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27/11/2015

Câncer

Saúde 

Câncer



Cancro ou Câncer, é uma doença caracterizada por uma população de células que cresce e se divide sem respeitar os limites normais (crescimento anormal de um conjunto de células), invade e destrói tecidos adjacentes, e pode se espalhar para lugares distantes no corpo, através de um processo chamado metástase. Estas propriedades malignas do câncer o diferenciam dos tumores benignos, que são auto-limitados em seu crescimento e não invadem tecidos adjacentes (embora alguns tumores benignos sejam capazes de se tornarem malignos). O câncer pode afetar pessoas de todas as idades, mas o risco para a maioria dos tipos de câncer aumenta com o acréscimo da idade. O câncer causa cerca de 13% de todas as mortes no mundo, sendo os cânceres de pulmão, estômago, fígado, cólon e mama os que mais matam. Médicos do Egito antigo (3000 a.C.) registraram doenças que, dadas suas características, provavelmente podiam ser classificadas como câncer. Hipócrates (377 a.C.) também descreveu enfermidades que se assemelhavam aos cânceres de estômago, reto, mama, útero, pele e outros órgãos. Portanto, a presença do câncer na humanidade já é conhecida há milênios. No entanto, registros que designam a causa das mortes como câncer passaram a existir na Europa apenas a partir do século XVIII. Desde então, observou-se o aumento constante nas taxas de mortalidade por câncer, que parecem acentuar-se após o século XIX, com a chegada da industrialização.

Quase todos os cânceres são causados por anomalias no material genético de células transformadas. Estas anomalias podem ser resultado dos efeitos de carcinógenos, como o tabagismo, radiação, substâncias químicas ou agentes infecciosos. Outros tipos de anormalidades genéticas podem ser adquiridas através de erros na replicação do DNA, ou são herdadas, e conseqüentemente presente em todas as células ao nascimento. As interações complexas entre carcinógenos e o genoma hospedeiro podem explicar porque somente alguns desenvolvem câncer após a exposição a um carcinógeno conhecido. Novos aspectos da genética da patogênese do câncer, como a metilação do DNA e os microRNAs estão cada vez mais sendo reconhecidos como importantes para o processo.

As anomalias genéticas encontradas no câncer afetam tipicamente duas classes gerais de genes. Os genes promotores de câncer;
oncogenes, estão geralmente ativados nas células cancerígenas, fornecendo a estas células novas propriedades, como o crescimento e divisão hiperativa, proteção contra morte celular programada, perda do respeito aos limites teciduais normais e a habilidade de se tornarem estáveis em diversos ambientes teciduais. Os genes supressores de tumor estão geralmente inativados nas células cancerígenas, resultando na perda das funções normais destas células, como uma replicação de DNA acurada, controle sobre o ciclo celular, orientação e aderência nos tecidos e interação com as células protetoras do sistema imune.

O câncer é geralmente classificado de acordo com o tecido de qual as células cancerígenas se originaram, assim como o tipo normal de célula com que mais se parecem. Um diagnóstico definitivo geralmente requer examinação histológica da biópsia do tecido por um patologista, embora as indicações iniciais da malignidade podem ser os sintomas ou anormalidades nas imagens radiográficas. A maioria pode ser tratada e alguns curados, dependendo do tipo específico, localização e estadiamento. Uma vez diagnosticado, o câncer geralmente é tratado com uma combinação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Com o desenvolvimento das pesquisas, os tratamentos estão se tornando cada vez mais específicos para as diferentes variedades do câncer.

Ultimamente tem havido um progresso significativo no desenvolvimento de medicamentos de terapia específica que agem especificamente em anomalias moleculares detectáveis em certos tumores, minimizando o dano às células normais. O prognóstico para os pacientes com câncer é muito influenciado pelo tipo de câncer, assim como o estadiamento, a extensão da doença. Além disso, a graduação histológica e a presença de marcadores moleculares específicos podem também ser úteis em estabelecer o prognóstico, assim como em determinar tratamentos personalizados.

Fosfoetanolamina, um composto polêmico
A liberação de uma nova “droga” contra o câncer divide opiniões na comunidade científica

Presente no organismo humano, a fosfoetanolamina é o centro de uma polêmica que opõe pacientes de câncer em busca de uma última esperança e médicos e pesquisadores em defesa de estudos rigorosos sobre sua eficácia.
Sintetizada há mais de 20 anos por Gilberto Chierice, professor aposentado do Instituto de Química da USP em São Carlos, no interior paulista, o composto tem sido alvo de diversas pesquisas com animais que apontam seu potencial no combate a células cancerígenas.
O cancerologista Renato Meneguelo, integrante da equipe de Chierice, apresentou em 2007 um estudo com a substância em células tumorais de melanoma, um tipo de câncer de pele, injetadas em animais. Ao comparar o efeito da fosfoetanolamina com quimioterápicos, o cancerologista constatou que a regressão da doença nas cobaias foi mais eficaz com o uso do composto. Outras pesquisas semelhantes foram realizadas com relação à leucemia, cânceres de rim e de colo, todas com resultados promissores.
Diante do interesse crescente de pacientes de câncer, Chierice passou a distribuir o composto antes mesmo de dar início a um estudo clínico com seres humanos, etapa fundamental para a fosfoetanolamina passar a ser considerada medicamento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).


A distribuição das cápsulas perdurou até o ano passado, quando a universidade proibiu a produção do composto. Pacientes então buscaram um caminho que tem se mostrado eficaz para a obtenção de drogas não registradas na Anvisa: a Justiça. Em 6 de outubro, Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar para um paciente de câncer em estado terminal ter acesso às cápsulas da USP. Em seguida, o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu diversas liminares a pacientes, o que levou a uma corrida ao Instituto de Química. A liberação foi alvo de críticas da comunidade médica e de cientistas. “O desespero de familiares de um paciente terminal não deve ser falsamente mitigado por produtos que não cumpriram as etapas envolvidas”, afirma Reinaldo Guimarães, ex-secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.
Em 2008, Meneguelo e outros integrantes da equipe de Chierice reuniram-se com o oncologista Antonio Buzaid no Hospital Sírio-Libanês para discutir a possibilidade de estudos clínicos da fosfoetanolamina com seres humanos. Meneguelo afirma que as negociações para dar início à pesquisa com a equipe do oncologista estavam adiantadas, mas diz desconhecer os motivos de não terem prosseguido. 

Por sua vez, Buzaid afirma que a desistência partiu dos pesquisadores da USP e se mostrou disposto a retomar o estudo neste momento. Independentemente da falta de comunicação entre as partes, a polêmica pode reabrir o caminho para uma pesquisa séria sobre o composto







Fonte:
Wikipedia 
Cancer resear chuk
Who
NYT
Scielo
Saúde interessa
Caminho alternativo
STF
Carta capital

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