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24/09/2015

Inovação tecnológica


Inovação tecnológica

  • Cientistas dizem ter criado a capa de invisibilidade perfeita

A ficção já nos apresentou várias tecnologias sobre invisibilidade. O Predador possuía a habilidade ao distorcer a luz para não ser visto pelas suas presas e Harry Potter usava magia para fazer com que seu manto fizesse qualquer coisa desaparecer. E, como a vida imita a arte, cientistas estão trabalhando em uma forma de unir esses dois conceitos e com todo o aval da ciência.
O conceito usado por pesquisadores é bem semelhante à capa de invisibilidade que aparece nos livros do bruxinho, mas o funcionamento parte do mesmo princípio que os filmes de ficção-científica mostraram. Para isso, eles desenvolveram uma espécie de manto ultrafino que cobre qualquer objeto com perfeição, espelhando qualquer luz que incida sobre ele.

Isso surge como solução para um dos principais desafios na hora de trabalhar com essa tecnologia. Em experimentos anteriores, por exemplo, cientistas conseguiram distorcer a luz em torno do objeto de maneira bem limitada, principalmente porque os materiais usados para a criação dessa capa eram pouco maleáveis e, por isso, a invisibilidade só funcionava a partir de ângulos bem específicos. Contudo, a nova criação faz com que todo esse processo seja perfeito.

Segundo os pesquisadores, essa nova versão é fina e flexível o bastante para envolver qualquer tipo de objeto sem que ele fique visível. E, mais do que isso, ela ainda pode ser ajustada de diferentes maneiras para criar efeitos variados. Exemplo disso é que ela pode tanto servir como um espelho e refletir o que está à sua frente como simular o que está atrás — criando o efeito de invisibilidade que a gente conhece. Ademais, ela ainda é capaz de criar ilusões, ou seja, fazendo com que algo simplesmente "surja" ali.
A versão atualizada e aperfeiçoada do manto de invisibilidade está sendo produzida pelo Laboratório Nacional de Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos, sob a supervisão de Xiang Zhang. Segundo ele, o que o grupo fez foi construir uma espécie de filme ultrafino com uma camada de 50 nanômetros de espessura de fluoreto de magnésio e várias pequenas antenas de ouro de apenas 30 nanômetros.
O cuidado para trazer dimensões tão diminutas não é por acaso. A ideia é fazer com que tudo seja menor do que o comprimento de onda de luz, o que vai permitir que o reflexo seja quase perfeito, gerando o efeito desejado. Assim, quando a luz — cuja onda tem cerca de 730 nanômetros — bate sobre a superfície da capa, pode ser refletida sem que gere distorções que revelem a existência de um objeto ali.

Como os pesquisadores destacam, o conceito básico da iluminação ainda existe, ou seja, os raios luminosos vão bater e refletir ali. A diferença é que, por ser um espelho perfeito, o manto não vai absorver praticamente nada. Segundo os pesquisadores, as pequenas antenas de ouro controlam o quanto a luz se espalha na hora de refleti-la. Assim, elas fazem todas as correções necessárias para evitar qualquer variação que revele que há algo embaixo da capa, independente das irregularidades do próprio objeto.
Essas antenas ainda podem ser ajustadas de diferentes maneiras. É a partir delas que a capa pode recriar a imagem que se esconde atrás dela ou enganar os olhos humanos ao nos fazer crer que estamos vendo outra coisa. Em um dos exemplos citados por Xiang Zhang à Live Science, se existir um manto grande o suficiente para cobrir um tanque, é possível ajustá-lo para fazer com que todos achem que se trata apenas de uma bicicleta.
Isso quer dizer que essa é uma tecnologia que pode mudar completamente as guerras daqui para frente? Não necessariamente. Ao menos neste primeiro momento, a invisibilidade só funciona em objetos parados, uma vez que o movimento faz com que a emulação do cenário fique mais complicada e, portanto, problemática. Assim, por mais que eles queriam esconder um tanque, ele não vai poder se aproximar sem ser notado.
Por mais que tudo pareça bastante promissor, a novidade ainda divide a comunidade científica. Em entrevista à Live Science, o professor associado do departamento de engenharia elétrica da Universidade do Texas, Andrea Alù, afirma que esses resultados só foram obtidos porque o material de estudo era pequeno. Segundo ele, objetos maiores possuem variações de iluminação que poderiam trazer variações significativas resultado e acabar com essa "ilusão do refletor perfeito".

Ainda assim, não há como ignorar o avanço que essa capa da invisibilidade trouxe às pesquisas sobre o assunto. Embora possa não ser tudo aquilo que se espera, ela serviu para mostrar como é possível manipular a luz de diferentes formas para gerar efeitos diferentes — e isso é algo que o próprio Alù concorda.
Se a ideia de esconder tanques pode ainda estar distante, Xiang Zhang traz outras sugestões de como aplicar essa tecnologia fora das guerras. Para o pesquisador, o conceito pode ser aplicado em telas para diminuir possíveis distorções. Ele cita que qualquer projeção de grande escala, como em um cinema, precisa de uma superfície relativamente plana e que o controle do reflexo da luz pode fazer com que a imagem seja projetada em qualquer forma sem trazer problemas em sua qualidade.
Tanto que Zhang diz que o próximo passo da pesquisa é criar formas de produzir esse material em escala industrial e ajustando essas antenas para diferentes comprimentos de onda.

  • Elon Musk quer usar satélites para levar internet a áreas remotas
O empreendedor Elon Musk pediu, na última semana, autorização da Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos para lançar quatro mil satélites de comunicação. A ideia, segundo ele, é usar todo o aparato para levar o acesso à internet às regiões mais pobres e remotas do globo, fomentando a comunicação e garantindo que todos tenham direito a elas.
A disponibilização de rede via satélite não é uma novidade e, inclusive, já está em prática hoje. O que diferencia o projeto de Musk, porém, é a forma como isso será feito. Para diminuir a latência, sua empresa, a SpaceX, quer os equipamentos voando em uma órbita baixa, a 650 km de altura, e em uma velocidade menor que a normal, permitindo uma conexão mais estável, mas sem perder a alta disponibilidade.
A empreitada, por outro lado, ainda tem seus problemas, sendo o custo de operação o principal deles. Musk estaria acelerando o projeto e quer colocá-lo em funcionamento completo até 2020. Essa união de fatores acabou gerando custos astronômicos para a operação e, por mais que o empreendedor tenha bolsos bem fundos, os valores ainda podem ser uma limitação, principalmente levando-se em conta que a ideia é, justamente, prover acesso aos mais carentes, que não podem pagar por isso ou, se podem, o farão com valores baixos.
Outra pedra no caminho da SpaceX é a iniciativa semelhante que vem sendo tocada por Greg Wyler, fundador da OneNet. O grupo conta com apoio de grandes empresas, como Qualcomm e Virgin, para criar uma rede proprietária de satélites para levar a internet a regiões remotas e de baixa renda. Além do financiamento, a empreitada tem outro pezinho à frente – a parceria com empresas de telecom como a RwandaTel e a O3B, com experiência em mercados bastante carentes como a África, por exemplo.
O prazo é semelhante, assim como a forma que tudo vai funcionar, o que acaba criando um problema de concorrência desnecessária, já que não existe nenhuma ideia de lucro aqui. Para que, então, inundar esses territórios com duas redes similares? Wyler e sua turma permanecem quietos, mas para muita gente o melhor caminho para Musk seria uma união de forças.
E é justamente aí que parece estar o grande imbróglio. O fundador da SpaceX não é exatamente o tipo de pessoa que gosta de estar nos bastidores, muito pelo contrário. Sendo assim, a ideia de uma parceria em um projeto que levaria seu nome com muito destaque, mesmo que com pouco ou nenhum ganho financeiro, pode acabar não sendo a alternativa mais querida para ele, por mais que seja a de maior sentido.

O Open Hand Project é um projeto open source com o objetivo de criar próteses robóticas de baixo custo, acessíveis a pessoas deficientes, usando a tecnologia de impressão em 3D.
O projeto é resultado do trabalho de Joel Gibbard, que teve a ideia de desenvolver a Dextrus hand, uma mão robótica, enquanto estudava robótica na Universidade de Plymouth em 2011. Ele desenvolveu um protótipo como projeto no último ano de seu curso, antes de deixar a universidade para trabalhar como engenheiro na National Instruments.
Depois de trabalhar por dois anos na empresa, ele decidir deixar seu emprego em março de 2013 para se dedicar ao Open Hand Project. A ideia de Joel é criar próteses com componentes que não custarão mais do que £650 (cerca de US$1000) e ofereçam a maioria das funções de uma mão humana. Em geral, próteses como esta podem custar entre £25.000 e £80.000.

A Dextrus hand funciona como uma mão humana. Ela usa motores elétricos ao invés de músculos e cabos de aço no lugar de tendões. As partes impressas em 3D em plástico servem como ossos e um revestimento de borracha serve como pele. Todas as partes são controladas eletronicamente para dar à mão um movimento natural.
Ela usa também eletrodos para ler os sinais dos músculos restantes, que podem controlar a mão, dizendo quando abrí-la ou fechá-la. Os dedos são ligadas individualmente e casa um é capaz de sentir quando um objeto está impedindo um movimento, dando a habilidade de segurar um objeto suavemente ou firmemente. A mão ainda pode ser conectada a próteses existentes usando um conector padrão.

  • Empresa japonesa desenvolve vitrola que não danifica os discos ao tocá-los
Aproveitando o "revival" dos discos de vinil, a japonesa ELP lançou um toca-discos que não danifica os LPs, Laser Turntable, e ainda é capaz de tocar discos severamente danificados. Não é milagre: o aparelho lê o vinil como se fosse um CD, usando uma tecnologia laser.
Segundo a fabricante, a precisão do laser capta informações de áudio nunca tocadas pela agulha física, o que explica a capacidade do aparelho de reproduzir sons de discos arranhados, mesmo sem nenhum processo digital envolvido. O som reproduzido é analógico, o mais próximo possível da gravação original.

A vitrola garante maior durabilidade aos "bolachões", que saem danificados com o tempo de uso nas vitrolas convencionais, que utilizam agulha física para ler seus sulcos. No entanto, tudo tem seu preço: o toca-discos mágico custa US$ 15 mil, cerca de R$ 60 mil.

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