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19/11/2018

Bandeira nacional


Bandeira nacional


Dia da bandeira

Dia da Bandeira aplica-se a duas situações. Numa ocasião é o dia em que uma região, normalmente uma nação, escolhe para hastear a sua bandeira, noutra é o dia dedicado à celebração de uma data histórica que tenha a ver com a bandeira (ex: criação ou adopção da bandeira).

Os Dias da Bandeira são regulados pelas instituições governamentais dos países em que vigorarem, podendo um decreto emitido pelo chefe de estado determinar um Dia da Bandeira. As definições de onde e como a bandeira deve ser hasteada também podem ser estabelecidas por [Decreto-Lei].

No Brasil
No Brasil, a comemoração ocorre todos os anos no dia 19 de novembro, pois essa foi a data de instituição da bandeira nacional republicana, no ano de 1889. Nessa data ocorrem comemorações cívicas, pois normalmente acompanhadas ao canto do Hino à Bandeira. A bandeira foi adotada pelo decreto nº 4 no dia 19 de novembro de 1889. Esse decreto foi preparado por Benjamin Constant, membro do governo provisório.

Ao meio-dia (12:00 h) do Dia da Bandeira (19 de novembro), as bandeiras inservíveis (rasgadas, descoloridas, etc.) devem ser incineradas em Cerimonial Peculiar.

Dia da Bandeira: como as cores do símbolo brasileiro foram reinterpretadas para apagar ligação com a monarquia

Você já deve ter ouvido a história de que as cores da bandeira nacional brasileira seriam uma homenagem às riquezas naturais do país
  • O verde representaria a exuberância de nossas florestas
  • o amarelo, o ouro encontrado no subsolo.
  • O azul seria uma referência aos rios que permeiam o território brasileiro e ao mar que banha a costa
  • Até o branco da faixinha teria sua justificativa: a paz.

Essa interpretação pode até soar simpática, mas não tem nexo histórico. "As cores vêm da bandeira do Império", resume à BBC News Brasil a historiadora Mary Del Priore, autora, entre outros livros, da tetralogia Histórias da Gente Brasileira, em que aborda o país desde a colônia até os tempos atuais.

"Esse negócio de verde das matas e amarelo das nossas riquezas é balela", comenta o historiador e escritor Paulo Rezzutti, biógrafo das principais figuras da monarquia brasileira. "O verde é uma alusão à Casa de Bragança. O amarelo remete à Casa de Habsburgo."

A primeira é a família nobre portuguesa à qual pertenceu Dom Pedro 1º. Sua primeira mulher, Leopoldina, era da dinastia austríaca dos Habsburgo. Conforme conta o historiador Clovis Ribeiro no livro Brasões e Bandeiras do Brasil, publicado em 1933, o próprio marechal Deodoro da Fonseca, que proclamou a República e tornou-se o primeiro presidente do Brasil, quis que a nova flâmula aludisse à anterior.

"A explicação do verde das matas e do amarelo do ouro foi construída depois. Foi uma maneira tardia de a República tentar modificar o simbolismo original da bandeira, associado à monarquia", completa Rezzutti.

A Presidência da República reconhece a referência ao período imperial. "Após a proclamação da República, em 1889, uma nova bandeira foi criada para representar as conquistas e o momento histórico para o país. Projetada por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares, foi inspirada na Bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret", informa a comunicação do Palácio do Planalto.


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