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08/01/2016

Distribuição Linux

 


Qual a melhor distribuição Linux



Linux é um termo comumente utilizado para se referir ao Sistema Operacional que utiliza o kernel Linux. O núcleo Linux foi desenvolvido pelo programador finlandês Linus Torvalds, inspirado no sistema Minix. O seu código fonte está disponível sob a licença GPL (versão 2) para que qualquer pessoa o possa utilizar, estudar, modificar e distribuir livremente de acordo com os termos da licença. A Free Software Foundation e seus colaboradores usam o nome GNU/Linux para descrever o sistema operacional, o que tem gerado controvérsias (GNU/Linux FAQ by Richard Stallman)
(Linux and the GNU System)

Inicialmente desenvolvido e utilizado por grupos de entusiastas em computadores pessoais, o Sistema Operacional com núcleo Linux passaram a ter a colaboração de grandes empresas como IBM, Sun Microsystems, Hewlett-Packard (HP), Red Hat, Novell, Oracle, Google, Mandriva e Canonical (Canonical and Ubuntu)
Apoiado por pacotes igualmente estáveis e cada vez mais versáteis de softwares livres para escritório (LibreOffice, por exemplo) ou de uso geral (projeto GNU) e por programas para micro e pequenas empresas que na maioria dos casos em nada ficam a dever aos seus concorrentes proprietários, e interfaces gráficas cada vez mais amigáveis como o KDE e o GNOME, o núcleo Linux, conhecido por sua estabilidade e robustez, tem gradualmente caído no domínio popular, encontrando-se cada vez mais presente nos computadores de uso pessoal atuais. Mas já há muito que o Linux se destaca como o núcleo preferido em servidores de grande porte, encontrando-se quase sempre presente nos mainframes de grandes empresas e até mesmo no computador mais rápido do mundo, o Tianhe-2, chinês (lista TOP500).

Qual a melhor distribuição Linux
Afinal, qual é a melhor distribuição Linux? Será que existe uma distribuição melhor? Na verdade, um dos maiores trunfos das distros Linux é que o usuário pode escolher a que considerar melhor, já que cada uma delas traz uma proposta diferente. Objetivamente não existe uma distribuição superior, mas sim uma que se encaixa melhor a determinado perfil de usuário, o que acaba sendo um problema para quem quer mudar para o Linux.
Por que mudar para o Linux. Há uma lista com as distribuições mais famosas, separadas pelo seus melhores casos de uso.

1) Para iniciantes:

Ambas trazem varias características em comum que fazem delas um excelente ponto de partida para quem quer mudar para o Linux. São extremamente intuitivas, do processo de instalação até o gerenciamento de atualizações, não exigindo uma longa curva de aprendizado para dominar o sistema. Mais do que isso, oferecem um reconhecimento automático de drivers proprietários de componentes importantes, como a placa de vídeo e a antena Wifi, evitando que o usuário tenha que fazê-lo manualmente.

O Ubuntu é baseado no Debian, com um sucesso exponencial desde o seu lançamento pela facilidade de uso, sendo o representante mais famoso do Linux. As primeiras versões usavam o Gnome como interface gráfica, substituída pela Unity na versão 10.10, o que acabou não agradando uma boa parte do público. Não pela interface em si, mas pela grande exigência de recursos 3D, o que faz com que o Ubuntu não seja a melhor opção para quem tem uma configuração mais básica. Esse é um dos principais motivos para a altíssima popularidade atual do Linux Mint, baseada no Ubuntu, mas trazendo o Cinnamon como interface gráfica padrão. O Linux Mint é a distro mais popular de acordo com o ranking do Distrowatch, posição que sustenta com grande vantagem em relação a segunda posição (Ubuntu) há um bom tempo. Além de mais leve, o Mint oferece uma transição mais suave em relação ao Windows, já que o Cinnamon tem um visual mais semelhante à organização de menus do sistema da Microsoft.
Porém, independentemente da necessidade de poder computacional, tanto o Ubuntu quanto o Linux Mint são igualmente competentes em oferecer um altíssimo nível de intuitividade para quem quer experimentar o Linux.

Para computadores antigos: Lubuntu, LXLE ou Puppy Linux
Sistemas semelhantes com abordagens contrárias: enquanto o LXLE é um sistema próprio com interface LXDE que usa o Ubuntu como base, o Lubuntu é o bom e velho Ubuntu com interface LXDE como padrão. Uma diferença sutil, com foco em diferentes quesitos, mas com o mesmo objetivo: exigir o mínimo possível de recursos, tornando ambos ideais tanto para computadores de baixa performance quanto PCs muito antigos, oferecendo uma bela sobrevida nos dois casos.
A diferença essencial é que o LXLE usa a versão LTS (Long-Term Support) do Ubuntu (atualmente, a 14.04), enquanto o Lubuntu usa a versão mais recente (15.10). A escolha entre um e outro fica a critério do usuário, de um lado escolhendo uma versão mais estável do Ubuntu; do outro, todos os novos recursos, já que recebe atualizações a cada 6 meses. Em qualquer um dos casos, há versões de 32 ou 64 bits. Ou seja: há suporte para qualquer computador mais antigo, ou mesmo sistemas que ainda usam processadores de 32 bits, como algumas versões do Intel Atom.
A interface de ambos, a LXDE (Lightweight X11 Desktop Environment) é uma das interfaces gráficas mais leves disponíveis para Linux, usando elementos 2D em todo o sistema. De processadores que não possuem gráficos integrados (caso do Core 2 Duo, Phenom e primeira geração do Intel Core), até sistemas que possuem placas de vídeo bastante básicas, é difícil encontrar um hardware que não rode bem tanto no LXLE quanto no Lubuntu.
E, claro, temos o Puppy Linux, que tem o mesmo potencial de ressuscitar aquele PC antigo cheio de poeira. Deixamos ele por último não por uma questão de preferência, ou inferioridade, e sim devido ao fato de se tratar de uma distribuição independente. Na prática, isso significa que a transição de uma distro base não é tão natural, já que as distribuições que mencionamos trazem a mesma base (o Debian), o que permite uma certa naturalidade para quem já entende como funciona. Para quem está experimentando a sua primeira distro, porém, a curva de aprendizagem é a mesma, trazendo o Openbox como interface padrão.

Para quem prioriza estabilidade e para servidores domésticos: Debian
Uma das mais antigas e prolíficas distribuições Linux, o Debian pode ser interpretado como a “mãe” de dezenas de distribuições-filhas por aí, incluindo o Ubuntu, Deepin e Tails, como também “netas”, como Linux Mint, Ultimate Edition e elementaryOS. Atualmente, a quantidade de distros baseadas no Debian chegam a casa das centenas, e não sem motivo, já que a proposta original do Debian já deixa claro o poder de jogo dessa distro.
Para muitos usuários, basta um sistema que simplesmente funcione. Aquela experiência de uso que, essencialmente, significa que você irá ligar o PC e ele estará funcionando do jeito que você deixou da última vez. Esse é o Debian, que preza pela estabilidade acima de tudo, o que torna-o uma excelente opção tanto para usuários comuns quanto para servidores, tanto domésticos quanto de grande porte. Vale mencionar que o Debian prioriza softwares livre em detrimento a proprietários, o que vai desde drivers até codecs de áudio. Outro trunfo do Debian é a altíssima quantidade de softwares livres disponíveis, com repositórios bastante prolíficos. Um lado, digamos, negativo do Debian é que ele não é tão intuitivo quanto as distribuições que mencionamos até agora, não sendo a melhor opção para marinheiros de primeira viagem. Essa dificuldade extra começa no processo de instalação e vai até o gerenciamento do sistema no dia a dia. Não chega a ser excessivamente complicado, mas exige um nível maior de conhecimento.

Para usar no notebook: Ubuntu MATE ou Linux Mint MATE
Escolher uma distribuição para usar no notebook exige um pouco mais de planejamento, e nossa escolha pela interface MATE tanto no Ubuntu quanto no Linux Mint reflete isso. Do lado do sistema, ambos são excelentes opções pela simplicidade de uso e facilidade no gerenciamento de drivers e tarefas do dia a dia, características que são mantidas com diferentes interfaces gráficas.
A escolha pelo Ubuntu MATE, que pode ser visto como uma versão simplificada do Cinnamon, é devido ao equilíbrio entre visual, baixa exigência de processamento e recursos. O Unity, interface padrão do Ubuntu, não é a melhor opção para quem pretende maximizar a autonomia de bateria, já que exige mais recursos 3D, o mesmo valendo para o Cinnamon, ainda que em uma escala menor. Aliás, independentemente da preferência por distribuições, vale a pena usar o MATE quando o notebook está fora da tomada, já que pode ser instalado separadamente na maioria das distribuições.

2) Para usuários intermediários

Saindo um pouco do “arroz com feijão” e partindo para distribuições independentes, temos o Arch e o Slackware como excelentes opções para usuários que já possuem um conhecimento geral de como o Linux funciona. Separamos ambas não por serem mais difíceis, já que a curva de aprendizado para quem está começando não é muito diferente, mas sim pelo fato de serem projetadas do zero. É um caso diferente de quem já mexeu no Ubuntu, que permite um certo “transporte de conhecimento” transparente para outras distribuições baseadas nele, como o Linux Mint, e facilidade de aprender o Debian, usado como base.
A instalação, por exemplo, não é tão simplificada como acontece com o Ubuntu ou o Fedora. Por outro lado, porém, permite que o usuário selecione os pacotes que deseja instalar, não usando a abordagem de instalar um mesmo sistema operacional independentemente da máquina. O Arch é mais popular do que o Slackware, estando presente em um número maior de máquinas. Isso não significa que tenha menos suporte, já que ambos contam com comunidades extremamente ativas e prolíficas, onde o usuário pode receber ajuda ou dicas.

Para quem quer experimentar uma distribuição diferente das principais e já possui algum conhecimento da plataforma, qualquer um dos dois se apresenta como um excelente candidato, cada um deles com poderosíssimos gerenciadores de pacotes (pacman (Arch), pkgtool (Slackware)). Aliás, as duas servem de bases para distros igualmente excelentes, caso do Manjaro e Archbang (Arch), e Salix e Absolute Linux (Slackware).

3) Para usuários avançados

Temos aqui uma outra distribuição independente poderosíssima, mas criada especificamente para usuários avançados. O Gentoo traz muito do UNIX em seu código, caso do Portage, seu gerenciador de pacotes, e é compilado do zero por padrão. Ou seja, exige um nível de conhecimento do terminal mais avançado por parte do usuário para controlar quais, onde e quando certos softwares devem ser instalados. Não sem uma recompensa, porém, já que o usuário acaba com uma distro compilada exclusivamente para a sua máquina, sem pacotes que não serão usados.

Essas características fazem com que o Gentoo seja uma opção ideal para programadores, que podem controlar o versionamento de códigos e resolver problemas de incompatibilidade de forma mais atômica, e profissionais de rede, que sabem exatamente o que está instalado em um sistema, evitando brechas de segurança. Ou mesmo para o usuário avançado que faz questão de um sistema operacional livre de bugs e de saber exatamente como o sistema funciona, livre de resíduos que possam causar problemas ou pesar sobre a configuração. Não vamos mentir: o tempo dedicado ao sistema operacional é bem maior no Gentoo do que em outras distros, mantendo, controlando e otimizando tudo. Assim como o nível necessário de conhecimentos de hardware, necessário para instalar os pacotes. Ou seja, não é nem de longe uma boa opção para quem está começando com o Linux, além de exigir uma leitura cuidadosa da documentação do Gentoo para começar, mesmo que o usuário tenha experiência com outras distros. De qualquer forma, para quem está disposto a se dedicar em dominá-la, é uma distribuição e tanto.

4)  Para produção multimídia: 

O Ubuntu Studio é, como o nome sugere, um spin-off do Ubuntu padrão. Pensado para os produtores de conteúdo multimídia, ele traz pacotes poderosíssimos para quem produz vídeo, trabalha com 3D, edita imagens ou manipula vetores. Assim como a distro, todos os softwares são gratuitos, caso do GIMP (imagens) e Darktable (fotografia), Blender (modelagem 3D), Openshot (vídeo), Ardour (arquivo de som <DAW>) e Inkscape (gráficos vetoriais), além de uma boa quantidade de outros pacotes que dificilmente deixarão o usuário na mão. Esta também é uma excelente opção para quem não está disposto a encarar os altíssimos valores cobrados por softwares proprietários.
Essencialmente, ele apenas facilita a vida de quem quer começar a trabalhar logo após finalizar a instalação, já que é possível obter todos os programas inclusos no Ubuntu “padrão” e na maioria das distros. Essa é a proposta do Ubuntu Studio, aliás, que elimina a etapa de instalar um por um, lidar com dependências, plugins e afins. Imagine se existisse um Windows pré-configurado com os programas de criação da Adobe, Corel e Autodesk, drivers atualizados e assim por diante.

Já o AVLinux tem um público mais restrito, mas proposta semelhante. O grande diferencial é que ele traz um kernel próprio otimizado para trabalhar com baixa latência de áudio e alguns softwares não-gratuitos em versões demo, caso do LinuxDSP, Renoise e Mixbus, além de adicionar programas importantes, como o Cinelerra (edição de vídeo). Porém, ele é mais voltado para computadores mais antigos, já que não possui suporte 64 bits, trabalhando com PAE para quem possui mais de 4 GB de memória RAM instalado, ou máquinas com UEFI em vez de BIOS. 

5) Para quem vem do Mac: 

Assim como o Linux Mint oferece uma transição mais natural para quem vem do Windows, o Deepin e o elementaryOS são excelentes opções para quem curte o OS X e sua interface Aqua. Ambos trazem interfaces gráficas próprias, oferecendo um visual semelhante ao OS X, onde o dock na parte de baixo, padrão nos dois sistemas, é a característica mais marcantes. Mais do que isso: o sistema inteiro tem esse DNA, com um visual excelente e animações recheadas de design para agradar qualquer público.

Conhecemos o Deepin pela primeira vez por acidente, para falar a verdade, e passamos um bom tempo com ele explorando seus recursos, sempre com surpresas positivas de como os desenvolvedores realmente refinaram a interface. Melhor ainda foi saber que ele é baseado no Ubuntu, contando com o mesmo nível de intuitividade e automação, valendo a pena experimentar para quem já tem experiência com os sistemas baseados no Debian. É uma experiência de uso que realmente vale a pena conferir, mesmo para quem prefere o visual do Windows.

O elementaryOS não deixa para menos, com o bônus de ser consideravelmente mais leve do que o Deepin, sendo uma opção ideal para quem quer experimentar uma interface polida ao extremo mesmo em máquinas mais antigas, ou com configurações mais modestas. Usando as versões “unstable” do Debian como base, o que garante um nível maior de compatibilidade com hardwares mais recentes, ele exige um pouco de conhecimento extra por parte do usuário, mas o desenvolvedores fizeram um excelente trabalho para facilitar o uso nesse aspecto.


Da mesma forma que o Ubuntu Studio é “tunado” para os produtores de conteúdo multimídia, o Kali Linux faz o mesmo para os profissionais de segurança. Antes conhecido como Backtrack Linux, essa distro vem com centenas de softwares pré-instalados para quem quer investir na carreira de ethical hacking, oferecendo uma lista poderosa de pacotes como o Nmap (análise de tráfego de rede), Aircrack (detecção de falhas de segurança de senhas Wifi, padrões WEP, WAP e outros), John the Ripper (quebra de senhas), entre outros. O Kali usa o Debian (testing) como sistema base e interface GNOME 3 por padrão (ainda que ligeiramente modificado), de forma que quem está familiarizado com o gerenciador de pacotes APT não terá problemas em usá-lo. Um ponto bacana do Kali Linux é que há versões do sistema otimizadas para dispositivos com processadores ARM, incluindo desde o RaspBerry Pi e Chromebooks até alguns computadores do tamanho de pendrives. Já o Kali Linux tem uma proposta um pouco diferente, sendo uma das melhores opções para quem preza por privacidade, trazendo o Tor embarcado para qualquer tráfego de dados na internet. Nada de rastros, histórico ou a NSA americana no seu pé, o mesmo valendo para os arquivos do sistema, já que a criptografia é ativada por padrão tanto nos dados do sistema quanto no envio de e-mails e chats (Hangouts e Facebook Messenger inclusos). 

7) Para quem gosta de customizações: 

Duas excelentes distros para quem quer customizar cada elemento do desktop, do tema de ícones ao posicionamento de cada painel de controle, fontes de sistema e assim por diante. Cada um deles faz isso com interfaces diferentes, que certamente ajudam nesse aspecto, com a Moksha do lado do Bodhi Linux, que é uma versão modificada da Enlightenment, e o OpenBox do lado da bunsenlabs, antes conhecida como ChrunchBang Linux.
Mais interessante ainda é que as duas são excelentes opções para computadores antigos ou com hardwares mais básicos, dando uma nova vida a cada MHz e GB disponível, além de trazerem instalações bem pequenas. As duas usam o Debian como base, e no caso da Bodhi Linux há uma versão criada especificamente para o Raspberry Pi 2 e outras para Chromebooks com processadores ARM, uma boa opção para quem quer substituir o Chrome OS sem ter que sofrer tanto com o pequeno SSD disponível nesse tipo de máquina. 

8) Para estudantes: 

Não podemos esquecer dos estudantes, onde o UberStudent se apresenta como uma opção do Linux importantíssima para a nossa “pátria educadora”, com todas as aspas devidas. Um companheiro e tanto para estudantes secundaristas quanto universitários, contando com um conjunto completo de softwares dedicados ao aprendizado. Entre eles, temos programas de análises de dados, ferramentas dedicadas para ajudar no estudo de matemática, enciclopédias e eBooks específicos para uma boa quantidade de assuntos. Há também visualizadores de portais consagrados de conhecimento, como o Khan Acadamy, Coursera, Cultural Institute e Wolfram Alpha (uma versão semelhante àquela do Raspian, versão do Debian para o Raspberry Pi). Infelizmente, muito do conteúdo está em inglês, mas há ferramentas gratuitas para aprender a língua. Assim como boa parte das distros dessa lista, o UberStudent usa o Debian como base, usando o Xfce como interface padrão, não exigindo grandes recursos da maioria das máquinas.

9) Para empresas: 

Um dos questionamentos constantes que vemos em fóruns na internet é sobre qual seria a melhor distro Linux para usar em empresas, sem levar em consideração as distros comerciais. Dois quesitos essenciais para esse cenário é a facilidade de uso e estabilidade do sistema, ponto em que o CentOS se destaca. Ele pode ser entendido tanto como uma versão gratuita do Red Hat Enterprise Linux (RHEL), quanto como uma versão conservadora do Fedora, que foca mais em atualizações constantes em vez de estabilidade do sistema. Nesse ponto, o CentOS é muito parecido com o Debian, só que completamente compatível com o o RHEL, sendo uma opção para quem não está disposto a pagar pelo suporte comercial, trazendo o poderosíssimo gerenciador de pacotes RPM, que facilita a vida de quem precisa resolver problemas e adicionar recursos via terminal. Quem está disposto a não pagar as licenças do Windows para máquinas comerciais e estava em busca de uma distro Linux que corresponda às expectativas, em especial onde ele não é estritamente necessário, pode considerar o CentOS como uma das melhores opções que há por aí. 

10) Para quem quer jogar: 

Ainda que sejam bastante raras no Brasil, as Steam Machines estão pipocando aos montes no mercado americano. Basicamente, são máquina completas com o SteamOS pré-instalado, sistema operacional da Valve criado em cima do Debian (Stable). Porém, não é necessário comprar uma Steam Machine para usar o SteamOS, como acontece com o Chrome OS dos Chromebooks, já que elas apenas eliminam a necessidade de instalar o sistema em uma máquina que você já possui em casa.
É possível instalar o Steam na maioria das distros que vimos acima, de forma que o SteamOS vale a pena somente para quem tem uma máquina exclusiva para games. As desvantagens são as mesmas, aliás, já que o catálogo de jogos permanece o mesmo, sendo uma fração dos títulos disponíveis para Windows. Um cenário que provavelmente mudará rapidamente nos próximos anos, com o foco da Valve em manter um sistema próprio, em especial pelos hardwares da empresa, como o Steam Controller. 

11) Conclusão 

Reparou na quantidade de distros que usam a mesma base, em especial o Debian? Isso acontece pois muitas das distros são variações de um mesmo sistema, aproveitando as suas características e trazendo particularidades otimizadas para diferentes usuários. Essencialmente, é possível usar uma distro só e conseguir a maioria dos recursos de outras. Por exemplo, usar o Linux Mint e instalar o Steam para jogos, os apps educacionais do UberStudent e pacotes de criação de conteúdo do Ubuntu Studio (além de muitos outros não inclusos nele).

Outro ponto é o foco em estabilidade (caso do Debian e CentOS) e em atualizações rápidas (caso do Fedora), já que muito desse foco se deve mais ao uso do que do sistema em si. O Ubuntu, por exemplo, pode ser usado tanto em sua versão LTS (onde a 14.04 é a mais recente) quanto atualizada a cada 6 meses (15.10, na data em que esse artigo foi escrito), estratégia utilizada também para as distros-filhas, caso do Linux Mint, que usa o Ubuntu LTS como base. O que diferencia um do outro é o ponto de partida.


Montamos a lista tomando como base a nossa experiência com o Linux através dos anos, um processo de experimentar várias delas até encontrar a nossa preferida. Um processo que recomendamos para todos, já que permite conhecer o Linux em diferentes sabores, já que a experiência de uso de cada distro não é abandonada no processo. É bastante raro encontrar um usuário que só tenha experimentado uma das distribuições e não sentiu vontade de ir atrás de outras, explorar o que as outras trazem de bom, até encontrar a que mais corresponde às necessidades do usuário.

Fonte: 
Wikipedia 
GNU 
Ubuntu
Viva o Linux
Canaltech
Cotidiano Linux

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