Os principais programas responsáveis por interagir com o kernel foram criados pela fundação GNU. Por este motivo é mais correto nos referenciarmos ao sistema operacional como GNU/Linux ao invés de apenas Linux.
Uma distribuição nada mais é que o conjunto de kernel, programas de
sistema e aplicativos reunidos num único CD-ROM (ou qualquer outro tipo
de mídia). Hoje em dia temos milhares de aplicativos para a plataforma
GNU/Linux, onde cada empresa responsável por uma distro escolhe os
aplicativos que nela deverão ser inclusos. Linux: kernel e distribuições
Produção multimídia no Linux, parte 1
editores de imagens
Se há uma falácia sobre Linux que resiste bravamente ao tempo é o “fato” de que ele não é um sistema operacional para criação de conteúdo multimídia. Algo como “o Linux é ótimo, mas eu tenho que usar o Windows para editar imagens” ou “edição de vídeo no Linux? Até parece!”. Essa noção aparece pela falta de suporte de grandes fabricantes de software à plataforma, em especial Adobe, Autodesk e Corel (esta com uma pequena exceção), ao sistema do pinguim, dando a noção de que não é possível realizar esse tipo de trabalho nas distribuições Linux. Pois bem, não é o caso. É possível sim realizar esse trabalho (edição de imagem, editores de Imagem) no Linux, usando programas que, além de excelentes, são totalmente gratuitos na maioria dos casos. Porém, não são tão conhecidos, principal motivo pelo qual muitos usuários acabam usando o OSX ou o Windows para essas tarefas.
O principal ponto de crítica de muitos
usuários aos softwares listados abaixo é que eles são mais difíceis de
usar. Na verdade, o que acontece é que o posicionamento das ferramentas é
diferente, não mais escondidos, já que muitos os comparam aos programas
da Adobe, que trazem uma identidade visual e um layout de ferramentas
bastante semelhantes em diversos programas.
1) GIMP (GNU Image Manipulation Software)
Provavelmente o mais conhecido, em especial por ser uma das alternativas
mais conhecidas ao Photoshop ou Paintshop Pro no Windows e no Linux. Na
grande maioria dos casos, é difícil encontrar algo que os dois
programas acima fazem que não seja possível no GIMP para a grande
maioria dos usuários, que tem recursos o suficiente para realizar a
maioria das tarefas que os usuários exigem de um editor de fotos,
inclusive suportando uma boa quantidade de plugins e extensões próprias,
além de pincéis extras.
Documentação é outro ponto fortíssimo a
favor do GIMP, uma característica dos softwares livres, de uma forma
geral. A quantidade de material disponível de forma gratuita chega a
surpreender, uma forma bem organizada de aprender a usar todos os
recursos do programa. Uma das dificuldades que muitos enfrentam na hora
de usá-lo é o posicionamento diferente das ferramentas, em especial para
quem já está acostumado com a organização do Photoshop. Nesses casos, é
possível usar o GIMPshop, que não adiciona recursos, mas transforma a
interface do GIMP, organizando-o de uma forma semelhante ao layout usado
pela Adobe.
Sim, em alguns pontos ele não substitui o Photoshop, caso de edição não
destrutiva e ausência de suporte completo a mesas de desenho digital (no
caso, tivemos alguma dificuldade de usar a Intuos da Wacom). De
qualquer forma, ele é uma alternativa para lá de poderosa para
fotógrafos, com ferramentas completas para restauração de imagens,
controle de exposição, saturação de cores e curvas, tanto para amadores
quanto profissionais.
2) Pinta
Não tão conhecido quanto o GIMP, mas igualmente versátil e multiplataforma, com versões para Windows, OSX, UNIX (BSD) e, claro, Linux. O Pinta pode ser interpretado como uma versão “light” do GIMP, oferecendo uma interface mais simples e intuitiva, ideal para aqueles trabalhos que precisam ser realizados de forma rápida e objetiva. Aliás, por falar em rápido, vale dizer que ele é um programa bem leve, comparado à exigência de recursos do GIMP, sendo uma opção excelente para dar vida àquele computador antigo encostado em algum canto.
Não tão conhecido quanto o GIMP, mas igualmente versátil e multiplataforma, com versões para Windows, OSX, UNIX (BSD) e, claro, Linux. O Pinta pode ser interpretado como uma versão “light” do GIMP, oferecendo uma interface mais simples e intuitiva, ideal para aqueles trabalhos que precisam ser realizados de forma rápida e objetiva. Aliás, por falar em rápido, vale dizer que ele é um programa bem leve, comparado à exigência de recursos do GIMP, sendo uma opção excelente para dar vida àquele computador antigo encostado em algum canto.
Mesmo sendo bastante simples de usar, o
Pinta não deixa a desejar em recursos, oferecendo suporte pleno a
múltiplas camadas, interface com docks (assim como o GIMP), ferramentas
de ajustes, pincéis, ajustes de cor e aplicação de efeitos. Apesar de
não estar incluído na maioria das distros por padrão, diferentemente do
GIMP, ele pode ser baixado facilmente, já que quase todas as distros
incluem o seu repositório, em especial as baseadas no Debian e
distribuições derivadas. No OSX e Windows, basta baixar e instalar.
3) Inkscape
Saindo dos players mais famosos do mercado de edição de vetores, como o Illustrator da Adobe e o CorelDraw da Corel, temos o Inkscape, um programa gratuito e livre que ainda nem chegou na versão 1.0 desde 2003, mas nem por isso deixando de ser bastante completo. Disponível para Windows, OSX e Linux, ele é para vetores o que o GIMP é para edição de imagens: um substituto completo para quem realiza esse tipo de trabalho, além de ser extremamente leve e capaz de rodar em praticamente qualquer configuração.
3) Inkscape
Saindo dos players mais famosos do mercado de edição de vetores, como o Illustrator da Adobe e o CorelDraw da Corel, temos o Inkscape, um programa gratuito e livre que ainda nem chegou na versão 1.0 desde 2003, mas nem por isso deixando de ser bastante completo. Disponível para Windows, OSX e Linux, ele é para vetores o que o GIMP é para edição de imagens: um substituto completo para quem realiza esse tipo de trabalho, além de ser extremamente leve e capaz de rodar em praticamente qualquer configuração.
O “problema” do Inkscape é basicamente o
mesmo do GIMP: seus menus e ferramentas estão localizados em lugares
diferentes, o que não necessariamente quer dizer que certa função não
está presente. Por exemplo, o recurso de vetorização de imagens bitmap
funciona muito bem, alcançando resultados excelentes mesmo oferecendo
menos opções de controle, comparando com o CorelDraw ou o Illustrator.
4) Shotwell e F-Spot
Hora de conhecer dois excelentes substitutos ao Bridge da Adobe,
software de organização e catálogo de imagens. O PaintShop Pro também
traz uma ferramenta parecida, inclusa dentro do próprio software, não
usando um programa separado como o Photoshop, mas a função é a mesma.
Muitos questionam a utilidade de um usar programa exclusivamente para
organizar fotos em vez de usar uma organização em pastas, mas é algo que
passa a ser necessário quando estamos falando de uma quantidade muito
grande de imagens.
O Shotwell cumpre exatamente esse papel,
sendo um programa geralmente inclusos em distros que trazem o GNOME como
interface gráfica, mas facilmente instalável em outras distribuições
com interfaces diferentes, desde que as devidas dependências sejam
instaladas. O mesmo vale para o F-Spot, com o diferencial que este
permite uma ferramenta de controle de cores dentro do próprio programa
(ao estilo Bridge), além de processamento batch de imagens.
Opção comercial:
5) Pixeluvo (US$ 34 + impostos)
Vamos tentar, dentro do possível, incluir pelo menos um programa comercial em cada lista, já que o Linux não vive somente de software livre (ou gratuito). Nesse primeiro artigo, um dos melhores editores que tivemos a oportunidade de experimentar é o Pixeluvo, que tinha um preço até acessível antes de o dólar chegar no patamar atual. Para quem estiver disposto a investir em uma ferramenta para Linux, vale a pena conferir os recursos do Pixeluvo, que traz um nível considerável de intuitividade, estabilidade e filtros poderosos e um dos melhores gerenciamento de layers que experimentamos dentro do Linux, trabalhando de forma não-destrutiva.
Obs.:
5) Pixeluvo (US$ 34 + impostos)
Vamos tentar, dentro do possível, incluir pelo menos um programa comercial em cada lista, já que o Linux não vive somente de software livre (ou gratuito). Nesse primeiro artigo, um dos melhores editores que tivemos a oportunidade de experimentar é o Pixeluvo, que tinha um preço até acessível antes de o dólar chegar no patamar atual. Para quem estiver disposto a investir em uma ferramenta para Linux, vale a pena conferir os recursos do Pixeluvo, que traz um nível considerável de intuitividade, estabilidade e filtros poderosos e um dos melhores gerenciamento de layers que experimentamos dentro do Linux, trabalhando de forma não-destrutiva.
Obs.:
Há uma versão para Windows também, e o
usuário não precisa comprar o Pixeluvo para experimentar os seus
recursos. Há uma versão de testes do programa, mas ela vem com a
limitação de salvar fotos com resolução de 800x600.
Produção multimídia no Linux, parte 2
câmara escura
câmara escura
Dando continuidade à série de
softwares de produção multimídia no Linux, com o primeiro deles dedicado
aos editores de imagem, vamos cobrir uma segunda categoria aqui.
Trata-se também de editores de imagem, mas de um gênero mais específico,
popularmente conhecido como “câmara escura”, categoria onde o Lightroom
da Adobe é o programa mais conhecido, bastante usado por fotógrafos
profissionais para correções mais específicas, geralmente com arquivos
do tipo RAW. E, claro, incluímos uma solução comercial ao final,
plenamente suportada pela plataforma.
1) RawTherapee
Um dos mais conhecidos, raramente pré-instalado na maioria das
distribuições, mas como uma posição confortável de liderança na maioria
das listas de editores de imagens em gerenciados de software como a do
Ubuntu (Software Center) e Linux Mint (mintinstall). Suporta edição
não-destrutiva, algo essencial para esse tipo de trabalho, e é capaz de
trabalhar com a maioria dos formatos de alta qualidade, como RAW, TIFF
(até 32 bits) e DNG (também conhecido como “RAW da Adobe”), e HDR DNG
(até 32 bits).
Podemos dizer, com uma certa margem de
segurança, que o RawTherapee é um dos programas mais leves (suportando
nativamente múltiplas threads) e intuitivos da lista, sendo uma
excelente opção para quem está em busca de um bom candidato para essa
categoria de programas no Linux. Isso não significa que ele é um
programa limitado. Muito pelo contrário, aliás, já que ele oferece
ferramentas avançadas de cor, processamento batch de algoritmos
customizados, ferramentas de remoção de ruído (denoise) e controle de
exposição, entre uma boa quantidade de outras funções.
É difícil se ver limitado pelo RawTherapee, disponível tanto para Linux
quanto para Windows e OSX, uma excelente opção tanto para iniciantes
quanto usuários avançados, que podem fazer uso até de ferramentas via
linha de comando para funções específicas.
2) DigiKam
Comum em distribuições que usam o KDE como interface padrão, como o
Kubuntu, OpenSUSE, entre outras, o DigiKam faz parte do KDE Tools, um
dos conjuntos mais completos de software para o Linux (daí o “K” do
“Kam”). É possível instalá-lo em distribuições com outras interfaces,
como Cinnamon ou Unity, mas é geralmente uma versão desatualizada em
relação aos sistemas que usam o KDE como padrão. Por exemplo, a versão
5.0.0 beta 2, recém-anunciada na data de fechamento desse artigo,
funciona somente com o KDE 5 em diante (e que vale a pena conferir,
aliás).
Em relação aos recursos, o DigiKam foca
mais em organizar as fotografias do que o RawTherapee, mas nem por isso
deixa de trazer ferramentas importantes de edição. Porém, tem um nível
de sofisticação relativamente inferior ao DigiKam, compensando esse
problema com um nível consideravelmente maior de intuitividade. De
quebra, ele está disponível não somente para as distribuições Linux, mas
tabém para o Windows e o OSX, assim como o RawTherapee.
3) Darktable
Menos intuitivo, porém mais versátil e poderoso, o Darktable não é um
dos programas mais fáceis de se aprender, para certamente recompensar
quem dedicar tempo a isso. A quantidade de ferramentas disponíveis chega
a surpreender, com controles poderosos de correção de cor, saturação,
níveis, contraste, denoise (que está disponível em vários formatos,
inclusive com uma função exclusiva para arquivos RAW), aberrações
cromáticas. Enfim, dá para ter uma ideia né?
Algo que vale a pena mencionar, que
observamos mais experiência própria do que pela ficha técnica do
produto, é a aceleração de hardware automática via OpenCL (o que oferece
uma aceleração genérica mais ou menos competente para a maioria das
GPUs). Faz uma bela de uma diferença para arquivos maiores, mesmo em
configurações que usem gráficos integrados, sendo uma excelente opção
para quem quer tirar proveito de sistemas mais poderosos.
4) Lightzone
Um dos programas mais completos da lista, o Lightzone pode ser visto
como um substituto à altura do Lightroom tanto para Windows e OSX quanto
para o Linux. Infelizmente, ele é menos conhecido, já que são raras as
distros que incluem os repositórios oficiais para instalação e
atualização do programa. A boa notícia é que é bastante fácil incluí-lo,
seja pelo PPA do Ubuntu, versões prontas para download no site oficial
do programa (depois de criar uma conta), ou via comandos no Terminal.
Abaixo, um exemplo de como fazê-lo em distribuições baseadas no Debian:
- sudo sh -c "echo 'deb http://download.opensuse.org/repositories/home:/ktgw0316:/LightZone/xUbuntu_15.10/ /' >> /etc/apt/sources.list.d/lightzone.list"
- sudo apt-get update
- sudo apt-get install lightzone
De todos da lista, ele é o que mais se
apresenta com uma quantidade de recursos suficiente para competir com
versões comerciais, trazendo, inclusive, uma das melhores interfaces, o
que certamente ajuda quem nunca experimentou o programa. No site é
possível ter acesso a centenas de páginas de como aproveitar todos os
recursos do Lightzone, com capítulos inteiros sobre como trabalhar
melhor com arquivos do tipo RAW. Depois de brincar um pouco com ele,
chega a ser surpreendente pensar que ele é um programa totalmente
gratuito.
5) AfterShot Pro (R$ 150-180)
Há grandes fabricantes de programas de câmara escura, muitos deles com
alternativas comerciais poderosíssimas ao Lightroom da Adobe. Entre os
melhores, o Aftershot Pro com certeza merece o seu destaque, um editor
de câmara escura da Corel que está longe de deixar o usuário na mão,
além de suportar uma boa quantidade de plugins projetados para o
Lightroom, e trazer versões de 32 e 64 bits para uma melhor
compatibilidade entre eles.
A Corel disponibiliza versões para Windows,
OSX e Linux, mas tem uma pegadinha, que acabamos descobrindo da pior
maneira: você adquire uma licença exclusiva para determinada plataforma.
Ou seja: se você comprar o Aftershot Pro para Windows, será necessário
comprar uma outra licença. Outro ponto é que é um mistério o fato de
somente o Aftershot Pro ter uma versão para Linux, já que os outros
programas da empresa seriam extremamente bem-vindos, caso do Painshop
Pro, Painter, CorelCAD e CorelDraw.
Pois bem, o que o usuário ganha com o Aftershot Pro em relação aos
programas gratuitos que listamos acima? Em primeiro lugar, suporte
comercial, o que é importante para quem trabalha profissionalmente. Em
segundo, um desempenho perceptivelmente melhor em relação às soluções
gratuitas, com um código otimizado para sistemas 64 bits, em especial em
fotos maiores (20 megapixels ou mais). Em terceiro, o centro de
aprendizagem da Corel, o Discovery Center, com dezenas de tutoriais em
texto e vídeo para extrair o máximo do programa, que já é bastante
intuitivo por natureza, além de conteúdos relacionados a fotografia, de
uma forma geral, como acontece com o DirectorZone da Cyberlink.
Produção multimídia no Linux, parte 3
editores de vídeo
Hora de explorarmos as principais soluções para Linux de edição de vídeos, o que pode parecer estranho para muitos usuários, já que tanto o Windows quanto o OSX concentram as principais soluções disponíveis por aí. E também as mais conhecidas e consagradas, caso do Premiere Pro, Sony Vegas, Final Cut, Corel VideoStudio e CyberLink PowerDirector, programas comerciais completos e renomados do segmento, de forma que falar de uma opção gratuita chega a ser até estranho, ainda mais para Linux, o que não significa que existam várias excelentes alternativas.
1) Openshot
Já brincamos bastante com o Openshot, e podemos dizer que ele é um
excelente substituto para o Movie Maker do Windows ou o iMovie do OSX.
Não tanto pelos recursos, mas pela facilidade de aprender a utilizá-lo
para edições rápidas e competentes, executando as principais operações
de edição de vídeo com velocidade e precisão, além de trazer uma
estabilidade digna de nota para clipes maiores, suportando uma
quantidade infinita de tracks. Apesar de intuitivo, o Openshot não deixa
de trazer recursos bem interessantes, como escala, edição de transições,
criação de textos em 3D, criação de legendas, marca d'água e assim por
diante. Vale a pena mencionar que o Openshot tem uma boa
interoperabilidade com o Inkscape, reconhecendo seus arquivos de forma
transparente (.SVG) e permitindo que o usuário use facilmente letterings
para seus vídeos, além de permitir alguma edição de áudio dentro do
próprio programa.
Para quem precisa apenas do básico, é difícil errar com o Openshot.
2) Avidemux
O Avidemux é, provavelmente, o mais conhecido da lista, já que possui uma versão para Windows já há algum tempo. A sua proposta no Linux é basicamente a mesma do Windows (além do OSX e até para o PCBSD UNIX): ser um programa simples e extremamente leve para edições bem rápidas, para quem precisa recortar o incluir trechos de vídeo rapidamente, ou mudar o formato e codificação do vídeo final. Poder parecer simples demais, até, mas torna-se uma característica poderosa para quem precisa fazer alterações rápidas antes de subir um vídeo para o Youtube ou Vimeo, não raro sendo o programa utilizado por muitos Youtubers que falam diretamente para a câmera.
3) Piviti
De todos da lista, o Piviti é o que mais equilibra recursos com facilidade de uso. Não é nem o mais simples, nem o mais poderoso, mas equilibra esses dois pontos com maestria, sendo um dos editores de vídeo mais famosos do Linux. Ele pode ser facilmente encontrado nos repositórios da principais distros, mas o site inclui instruções para utilizá-lo em distribuições menos famosas, com comandos passo-a-passo bem simples. Um ponto bacana do Piviti é que ele integra perfeitamente com as principais interfaces gráficas, como Unity, KDE, Gnome e Cinnamon, com menus de contexto seguindo o esquema do sistema operacional. Além disso, suporta várias línguas (como português), tem bom aproveitamento de recursos e um pacote completo de transições, animações, filtros e efeitos, sendo uma das melhores opções para quem não quer, necessariamente, editar profissionalmente, mas também não quer abrir mão de ferramentas essenciais de edição.
4) Kdenlive
Assim como acontece como o DigiKam que vimos nos editores de imagem, o Kdenlive é o editor de vídeo para sistemas Linux e BSD (como o PCBSD, que usa o FreeBSD como base) com interface KDE (os KDE apps). Aliás, esse é um dos principais motivos de muitos usuários optarem pelo KDE, que oferece um conjunto bastante completo de programas junto com a interface gráfica. Inclusive, quem quer uma versão “pura” do DE pode experimentar o KaOS, que pode se entendido como o “Nexus do KDE” para Linux.
2) Avidemux
O Avidemux é, provavelmente, o mais conhecido da lista, já que possui uma versão para Windows já há algum tempo. A sua proposta no Linux é basicamente a mesma do Windows (além do OSX e até para o PCBSD UNIX): ser um programa simples e extremamente leve para edições bem rápidas, para quem precisa recortar o incluir trechos de vídeo rapidamente, ou mudar o formato e codificação do vídeo final. Poder parecer simples demais, até, mas torna-se uma característica poderosa para quem precisa fazer alterações rápidas antes de subir um vídeo para o Youtube ou Vimeo, não raro sendo o programa utilizado por muitos Youtubers que falam diretamente para a câmera.
3) Piviti
De todos da lista, o Piviti é o que mais equilibra recursos com facilidade de uso. Não é nem o mais simples, nem o mais poderoso, mas equilibra esses dois pontos com maestria, sendo um dos editores de vídeo mais famosos do Linux. Ele pode ser facilmente encontrado nos repositórios da principais distros, mas o site inclui instruções para utilizá-lo em distribuições menos famosas, com comandos passo-a-passo bem simples. Um ponto bacana do Piviti é que ele integra perfeitamente com as principais interfaces gráficas, como Unity, KDE, Gnome e Cinnamon, com menus de contexto seguindo o esquema do sistema operacional. Além disso, suporta várias línguas (como português), tem bom aproveitamento de recursos e um pacote completo de transições, animações, filtros e efeitos, sendo uma das melhores opções para quem não quer, necessariamente, editar profissionalmente, mas também não quer abrir mão de ferramentas essenciais de edição.
4) Kdenlive
Assim como acontece como o DigiKam que vimos nos editores de imagem, o Kdenlive é o editor de vídeo para sistemas Linux e BSD (como o PCBSD, que usa o FreeBSD como base) com interface KDE (os KDE apps). Aliás, esse é um dos principais motivos de muitos usuários optarem pelo KDE, que oferece um conjunto bastante completo de programas junto com a interface gráfica. Inclusive, quem quer uma versão “pura” do DE pode experimentar o KaOS, que pode se entendido como o “Nexus do KDE” para Linux.
Voltando ao Kdenlive. Ele se apresenta como
um editor bastante completo, ainda não trazendo a pegada mais
profissional dos dois próximos editores, mas certamente atende os mais
entusiastas, que buscam um programa excelente sem deixar de lado a
intuitividade. Para quem tem uma distro Linux com interface KDE
(Kubuntu, Linux Mint, OpenSUSE e afins) e está disposto a investir tempo
em aprender a utilizá-lo, com certeza vale a pena.
5) Cinelerra
Aqui já entramos no território profissional. Há, basicamente, duas
versões do Cinelerra: a HV (Heroine Virtual), que tem um desenvolvimento
mais fechado (sem deixar de ser software livre) e um foco em
tecnologias mais novas, e a CV (Community Version), que prioriza a
estabilidade, sem utilizar os últimos desenvolvimentos do programa. Em
qualquer uma das duas versões, o usuário tem acesso a um programa
poderosíssimo sem gastar um centavo.
Porém, o Cinelerra exige um bom
investimento de tempo, já que é um programa dificilmente considerado
intuitivo. Esse tempo de aprendizagem compensa no longo prazo, já que é
um dos programas mais completos da lista. No próprio site do Cinelerra,
por exemplo, é possível baixar transições de tela, temas, ferramentas
extras (como editores de fontes), e clipes gratuitos.
6) Lightworks (a partir de US$ 25/mês)
Fabricado pela Lwks, o Lightworks foi utilizado para produzir filmes
como Coração Valente, Pulp Fiction, O Guia do Mochileiro das Galáxias e O
Lobo de Wall Street, dando uma “pequena” noção do poder de fogo do
programa. De suporte a extensões e plugins poderosíssimos e equipamentos
de hardware dedicados até edição de várias câmeras simultâneas,
ferramenta de correção de cor e múltiplos canais de áudio, usar o
Lightworks é um passo importante para quem quer trabalhar
profissionalmente com edição de vídeo.
A forma de licenciamento do Lightworks é a
mesma dos programas da Adobe, por assinatura, não sendo possível fazer
um pagamento único. A vantagem é que adquirir a licença por períodos
maiores é consideravelmente mais acessível e inclui bundles de efeitos e
transições para edição, começando com US$ 25 por mês, com suporte tanto
para Linux quanto OSX e Windows.
Não é necessário adquirir uma licença para
usar o Lightworks, porém, ou baixá-lo em sites de pirataria, já que ele
oferece uma versão Fremium gratuita. Nela, o usuário tem todo o poder de
fogo de programa sem qualquer tipo de restrição, mas é limitado a
exportar os vídeos com resolução máxima de 720p na codificação H.264,
sendo uma vantagem considerável para quem quer aprender a usar o
programa antes de comprá-lo. No site da Lwks há uma boa quantidade de
tutoriais em vídeo para começar, além de vários tutoriais gratuitos de
terceiros na internet.