A História da Apple
(parte 2)
Curioso para saber o que houve com a Apple depois que ela gentilmente convidou Steve Jobs a deixar a corporação? Leia
abaixo como foi esse período.
Confira:
A historia da Apple (parte 1)
Após a saída de Steve Jobs a empresa precisava se reinventar e apostar em um novo mercado, e nada melhor do que isso do que a grande novidade da época: Os computadores portáteis. O primeiro portátil da Apple chamou-se Macintosh Portable, que contava com um processador de 16 mega-hertz e memória de 1 megabyte, expansível até 9 megabytes, a bateria garantia 12h de independência. O portátil (Macintosh portable) foi lançado em 1989 ao preço inicial era de US$ 6.500 (quase 12.500 dólares em valores atuais), e de portátil não tinha muita coisa, pesava 7.5 kilos...
Embora não tenha vendido tão bem quanto a Apple esperava e ter sido eleito recentemente pela revista especializada Pc World como a 17ª pior produto tecnológico de todos os tempos, essa máquina serviu de experiência para que a Apple trabalhasse em seu próximo lançamento portátil: o Powerbook em 1991, mesmo ano em que a empresa apresentou seus primeiros modelos com tela colorida, uma verdadeira revolução.
Esse notebook tinha um processador com capacidade de 16 mhz e memória de 2 a 8 mb. Seu preço já era bem mais acessível, custando US$ 2.300 dólares (pouco mais de 4 mil dólares). O Powerbook foi um verdadeiro sucesso, teve "apenas" 1 milhão de dólares destinados ao marketing, e, mesmo assim, geraou 1 bilhão de dólares em vendas, somente no seu primeiro ano. Ao contrário do seu antecessor que foi escolhido um dos piores produtos tecnológicos do mundo (Apple III), este foi eleito o 10º melhor pela mesma revista.
Em grande parte por “culpa” das vendas bilionárias o Powerbook, muitos analistas dizem que nesse momento iniciava-se a era de ouro da Apple, o que ela soube aproveitar muito bem. Nos anos seguintes a empresa lançaria mais de 15 modelos diferentes de Powerbook e Powerbook Duo, os lucros foram incríveis.
No entanto, o período de vacas gordas não durou muito, em 1993 ela resolveu descontinuar a série Apple II que se tornava muito cara para ser produzida e não conseguia fazer frente à série Macintosh, sua linha mais barata e vendável. Para ajudar, a Microsoft estava despontando como a maior empresa do mundo no ramo da computação, com seus pc’s mais baratos que o concorrente.
Ao invés de a Apple utilizar os enormes lucros das vendas para “contra-atacar” com pesquisa, inovação e produtos, resolveu processar a Microsoft, alegando que o projeto gráfico de seus pc’s era uma cópia do Apple Lisa. A disputa judicial se arrastou por vários anos até ser indeferida. Ao final deste período a Microsoft já era a maior empresa de tecnologia do mundo e a Apple só piorava.
Para tentar combater a Microsoft, a Apple se aliou a IBM e a Motorola na aliança AIM. O objetivo era criar uma nova plataforma de computação que usaria hardwares da IBM e da Motorola com os softwares da Apple.
O objetivo da aliança era que a experiência em desenvolver hardwares da Motorola e IBM aliada às experiências bem sucedidas da Apple fosse deixar o PC da Microsoft muito atrás. Como resultado, a Apple lançou o Macintosh Power, o primeiro de muitos computadores da marca a usarem o processador PowerPC da Motorola.
Porém, nada dava certo, era um desastre atrás do outro: Demissões em massa, troca de presidentes, tentativas frustradas de melhorar o Mac OS, etc. Para piorar o lado da empresa da maçã, ao mesmo tempo em que a Microsoft ganhava (muito) terreno e uma disputa judicial se arrastava por anos, uma série de grandes fracassos de produtos e prazos não cumpridos terminaram por manchar a reputação da Apple. Quer exemplos? O Macintosh especial para comemorar os 20 anos da Apple.
A história é a seguinte: Com o aniversário de 20 anos da empresa que se aproximava cada vez mais, a Apple decidiu que deveria lançar algo especial para a data não passar em branco. Aproveitando a ocasião eles aproveitaram para lançar um Macintosh em edição comemorativa de 20 anos. A ideia era lançar um produto diferenciado e exclusivo para os consumidores.
Assim surgiu o 20th Anniversary Macintosh, um computador com 250 mhz de processador, e 32 ~ 128 mb de memória ram, a tela de LCD tinha 12 polegada e alcançava uma resolução de 800x600.
O problema era que nem mesmo a Apple sabia o que estava fazendo, tanto que a edição comemorativa aos 20 anos da empresa foi lançado quase 1 ano depois do aniversário! Para piorar, o computador foi lançado com o incrível valor de US$ 7.499 (mais de 11 mil dólares, hoje). Se você ainda não entendeu a dimensão do fracasso, veja isso: Somente 12 mil unidades deste modelo foram fabricadas (imagine quantas foram vendidas) e o computador foi tirado de produção menos de um ano após seu lançamento.
Quer ver mais um desastre da Apple? Já ouviu falar que ela desenvolveu um videogame? Não? Exatamente.
Bom, você pode até não conhecer nenhum videogame da Apple, mas certamente conhece o Mega Drive (Sega), o Nintendinho (Nintendo), o Super Nintendo, o Game Boy, o Playstation (Sony Computer Entertainment), etc. certo? Sabe o que eles têm em comum? Todos eles são sucessos de venda nos anos 90, a era de ouro dos consoles, quando empresas como Nintendo, Sega e Sony tiveram ganhos astronômicos. Pensando justamente nisso, querendo uma fatia desse mercado, a Apple teve a brilhante ideia de entrar no mundo dos games. Seu trunfo? o Apple Bandai Pippin.
Diferente dos consoles da Nintendo e de outros nomes de sucesso, cujos lucros vinham principalmente do licenciamento dos jogos, a Apple resolveu inovar novamente e apostar no licenciamento de uma plataforma baseada no Mac OS para lançar seu videogame. Para utilizá-la o desenvolvedor teria de pagar uma licença para receber as especificações de arquitetura e kits de desenvolvimento e, posteriormente, receberia royalties por cada unidade fabricada e vendida.
A única produtora grande por trás dos games do Pippin era a própria Bandai, parceira no desenvolvimento do console. No final das contas, em seu pouco tempo de vida (1 ano) o videogame somou menos de 80 games disponíveis.
Das 100 mil unidades do Pippin que foram produzidas pela parceria Apple/Bandai, somente 42 mil delas foram comercializadas a US$ 599 cada, mais um motivo crucial no fracasso da plataforma. Por este motivo o Pippin galgou a posição de número 22 na mesma lista citada anteriormente, que escolher os piores dispositivos eletrônicos do mundo.
No entanto, um ponto positivo pode ser tirado de toda essa série de fracassos: a Apple viu que precisavam de algo a mais se quisessem sair do buraco, e essa cartada na manga tinha nome: Steve Jobs. Após a compra da empresa criada por ele quando saiu da Apple em 1985, a Next Computer, Steve Jobs retomou à Apple ocupando agora a função de conselheiro, em 1997.
leia também :
A historia da Apple (parte 3)
Fonte:
Something ventured the movie
Old computers
Low end mac
Techtudo
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