Medicina Hi-Tech
Parte I
O olho biônico
Prótese Visual ou olho biônico se refere a toda tecnologia utilizada para reformular um olho eletromecanicamente, seja por conta de melhoria de visão, ou restituição de um olho perdido por acidente.
O avanço da tecnologia na medicina – ainda que a
passos lentos – é sinônimo de esperança pra muita gente. Na
oftalmologia, por exemplo, diversas doenças degenerativas ainda não têm
tratamento. Mas existe uma série de pesquisas para tentar salvar a visão
desses pacientes.De medicamentos que prolongam a vida das células
oculares, passando pelas pesquisas com células-tronco, outra linha é uso
da tecnologia e da eletrônica implantadas no corpo humano.
Existem várias técnicas eletrônicas para tentar
recuperar a visão, mas a mais desenvolvida é o olho biônico – um
implante de um microchip por cima da retina. Os estudos do olho biônico
tiveram início em 1996 e hoje a prótese já é liberada em alguns países
da Europa.
"É um microchip que serve para corrigir problemas da
retina, mas não trata outras doenças. Mesmo no caso da retina, é preciso
que ela esteja colada no lugar e de um nervo ótico funcionante; então,
já há uma limitação para tratar o descolamento da retina dessa forma e
aplicar o olho biônico para quem tem glaucoma porque precisamos de
regiões intactas",
Juliana Sallum,
prof. afiliada / Unifesp.
Bom, mas antes de entrar em mais detalhes do olho
biônico, é importante entender: a retina é a camada mais interna do
olho; trata-se de uma membrana que reveste a parte interna do globo
ocular. A luz entra no globo ocular pela córnea, passando pela pupila –
uma espécie de buraco que abre e fecha –, atravessa o cristalino – a
lente de focalização do olho – e chega até a retina...
"A retina faz a reação visual e manda uma imagem
elétrica ao cérebro e quem vai enxergar e interpretar a imagem é o
cérebro. Esta prótese vai tentar substituir o fotoreceptor, a primeira
célula",
diz Juliana.
Além da cirurgia que coloca o microchip com eletrodos
na retina, o olho biônico também é composto por uma bateria, que hoje é
implantada escondida no corpo do paciente, e também um óculos com uma
câmera embutida.
"O olho biônico que está implantado na França e na
Inglaterra ainda usa este sistema que usa uma câmara para fazer a
captação da imagem e manda a imagem para dentro do olho por um sistema
de telemetria para estimular os eletrodos deste chip de acordo com a
imagem",
completa a especialista.
Atualmente, não só oftalmologistas, mas também
engenheiros, profissionais envolvidos com nanotecnologia(10-9) e até físicos
fazem parte dos estudos do olho biônico. No modelo atual, os eletrodos
ainda são poucos, o que resulta em uma imagem de baixíssima resolução
para o usuário. Mas, claro, para um deficiente visual, já é um enorme
avanço. Os pacientes que experimentam o implante relatam identificar
apenas linhas, luzes e objetos mais claros.
Wikipedia
Olhar Digital
Ciência em pauta
"Não é um chip que tem utilidade para reconhecimento
fisionômico...ele teria de aumentar a definição para 1.000 pixels pra
poder ter esta visão que a gente gostaria de dar para o paciente, de uma
forma melhor", diz Juliana.
O olho biônico ainda não está disponível no Brasil,
mas o esforço pra que a novidade seja liberada também por aqui é grande.
No entanto, o país é parte do estudo Argos 2, um ensaio clinico
internacional que está sendo conduzido em vários países do mundo.
O olho biônico é uma esperança para alguns deficientes
visuais, mas também um grande desafio para a oftalmologia. Mais do que
as dificuldades técnicas para aprimorar o funcionamento e até a
qualidade do resultado, hoje o preço do implante é altíssimo, chegando a
custar cerca de 100 mil dólares.
Fonte:Wikipedia
Olhar Digital
Ciência em pauta
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