WhatsApp Gold 'Martinelli' é vírus?
Saiba quatro coisas sobre
o boato
Nova versão do vírus aplicado em 2016 fala em
vídeo supostamente infeccioso
O golpe do
WhatsApp Gold 2019 surge com diferentes formas para
atingir os usuários por meio de um malware capaz de
roubar dados pessoais. Uma delas é o suposto vídeo chamado "
Martinelli" que, ao ser reproduzido, liberaria um vírus preparado para destruir o celular. No entanto, a mensagem parece ter se espalhado para outros países em janeiro de 2019, conforme publicação do jornal britânico
The Sun na última sexta-feira (4).
O boato sobre o
WhatsApp modificado surgiu em 2016 e, na ocasião, foi identificado como
golpe por especialistas da empresa de segurança digital
Kaspersky Lab. O software fake promete
adicionar funções extras, como mudar a cor e visualizar os visitantes do perfil do app. Originalmente, a estratégia consistia em levar o usuário a clicar em um link no qual seria possível baixar a suposta versão Premium da rede social. No entanto, o endereço redirecionaria a vítima a um
site infectado por um malware malicioso. Aparentemente, o vídeo "Martinelli" seria capaz de fazer o mesmo.
Vale ressaltar que as lojas oficiais de aplicativos para celulares Android e iPhone (iOS), respectivamente, Google Play e App Store, não oferecem nenhum programa chamado WhatsApp Gold. Além disso, é preciso estar atento para não clicar em links suspeitos.
Confira na lista abaixo quatro fatos sobre o golpe do WhatsApp Gold.
1. O WhatsApp Gold apareceu pela primeira vez em 2016
Há três anos, usuários do WhatsApp no Brasil começaram a receber uma mensagem com um anúncio para instalar uma versão especial do aplicativo, usada supostamente por celebridades. Com um ícone dourado, o
WhatsApp Gold prometia funcionalidades como fazer chamadas de vídeo em grupo, enviar 100 fotos de uma só vez, deletar mensagens horas depois do envio, entre outros benefícios.
Com o objetivo de atingir o maior número de vítimas possível, os golpistas exigiam que, antes de clicar no link para fazer o upgrade, a pessoa repassasse a mensagem a dez contatos ou cinco grupos de WhatsApp. Ao clicar na armadilha, o usuário acabava por assinar falsos planos premium em seus celulares – nas linhas pré e pós-pagas. A estratégia usada por cibercriminosos tinha o objetivo de lucrar com o uso indevido de informações das vítimas.
2. O vídeo "Martinelli" não é real
Quanto à veracidade do boato, os usuários do WhatsApp podem ficar despreocupados:
não há evidências de que o vídeo citado na mensagem viral exista. O site de checagem de notícias Snopes apurou que
o texto apareceu pela primeira vez na Espanha, em 2017, e foi descoberto pela Polícia Nacional no mesmo ano.
Aparentemente,
o propósito da mensagem é espalhar medo entre os usuários. No entanto, é importante ressaltar que, embora a ameaça seja fictícia,
o WhatsApp Gold representa um perigo real, capaz de infectar o smartphone da vítima com
malwares.
3. O vírus retorna com diferentes tipos de iscas
Há pelo menos dois anos e meio os golpistas articuladores do WhatsApp Gold têm variado o conteúdo das mensagens e se valem de novos recursos para atingir usuários desatentos. Além das videochamadas em grupo, do envio massivo de fotos e da possibilidade de deletar mensagens horas após o envio, já foram oferecidas funcionalidades como novas fontes e emojis. A fonte de contração do vírus, no entanto, permanece a mesma: um link infeccioso.
4. Proteja-se
Cinco dicas para usar o WhatsApp com segurança e privacidade
O
WhatsApp é um
mensageiro seguro, mas muitos usuários
acabam esquecendo de proteger suas informações pessoais. Com isso, sua foto do perfil pode ficar disponível para estranhos, ou você pode correr o risco de baixar alguma versão falsa do app. Para ajudar, confira uma lista com cinco dicas para manter seu
WhatsApp e conversas privadas em segurança.
1 - Oculte sua foto de perfil e proteja as suas informações
Por padrão, o WhatsApp mostra sua foto de perfil para qualquer usuário que tenha o seu número na agenda. Dessa forma, sua imagem pessoal fica exposta para desconhecidos. No entanto, há uma forma prática para esconder e
proteger a privacidade do perfil nas configurações.
Como mudar o toque das chamadas de voz WhatsApp?
2 - Use senhas para proteger o WhatsApp
Amigos curiosos ficam pegando seu celular? Então, usar uma senha específica para o WhatsApp pode ajudar bastante. Dessa forma, suas conversas não ficam expostas, muito menos os assuntos privados. Uma forma bem prática é instalar o
app Whatsapp Lock ou o
WhatsLock, para adicionar o código pessoal.
3 - Cuidado com versões falsas do WhatsApp
Algumas versões do WhatsApp são divulgadas como “Plus”, com ícone azul, e prometem funcionalidades extras. Mas tudo não passa de um golpe, que pode
roubar seus dados e esconder vírus. A instalação desse app “externo” pode até
provocar o bloqueio da sua conta original do WhatsApp.
4 - Oculte fotos e vídeos que recebe no WhatsApp
O WhatsApp permite que os usuários salvem automaticamente todas as fotos e vídeos recebidos nas conversas. Mas isso pode colocar em risco sua privacidade, já que, por acidente, pode exibir alguma imagem pessoal. Para evitar que isso aconteça, é possível
desativar essa função pelas configurações do mensageiro.
5 - Bloqueie o WhatsApp remotamente
Essa última dica é muito importante, principalmente para quem teve o celular roubado, perdido ou furtado. A função permite
bloquear sua conta do WhatsApp à distância, para que ninguém use seu mensageiro. Primeiro, é necessário ligar para a operadora móvel e pedir o cancelamento do chip. Depois será possível adicionar seu WhatsApp em outro aparelho, com chip contendo o mesmo número de celular.
Golpes no whatsapp
Como evitar cair em golpes no WhatsApp
Correntes e mensagens maliciosas escondem links para sites falsos
Golpes no WhatsApp fizeram
milhões de vítimas ao
redor do mundo. De longe
o mensageiro mais popular nos celulares, somando mais de
1,5 bilhão de usuários,
o aplicativo é palco para spam de todo o tipo:
memes, correntes, promessas de brindes e falsas promoções, descontos ou cupons e, mais recentemente, boatos e notícias falsas.
Alguns vão além de incomodar e deturpar a realidade com hoaxes e fake news,
roubam dados ou induzem a cadastrar seu número de telefone em serviços de SMS pagos. A boa notícia é que
evitar cair em fraudes pode ser simples
se você for bom observador.
Cinco dicas de segurança contra golpes no WhatsApp
1 - Desconfie de mensagens que possuam erros ortográficos ou gramaticais e que peçam que você toque em um determinado link para obter alguma vantagem;
2 - Evite responder mensagens que peçam que você encaminhe informações pessoais como: número de cartão de crédito, conta bancária, data de aniversário, senha etc;
3 - Não opere a rede de mentiras. Evite os pedidos para repassar a mensagem;
4 - Links sugeridos (e encurtados) são perigosos, podem
levar a sites falsos, formulários maliciosos, instalação de APKs não solicitados ou até arquivos executáveis .exe e plugins em caso de uso do
WhatsApp Web, no computador;
5 - Você não vai precisar pagar para usar o WhatsApp, que é um aplicativo gratuito.
Evite cair nesse e em outros mitos que prometem recursos novos ou premium.
Além das dicas, a plataforma oferece uma
seção de segurança que explica alguns recursos de
privacidade e criptografia do WhatsApp.
Cuidado com as correntes
Por causa da criptografia de ponta a ponta, que protege o usuário e também o
spammer, o WhatsApp afirma que
não tem a chave que dá acesso ao conteúdo das mensagens. Sendo assim,
não é possível rastrear ou bloquear correntes — a forma mais comum (e eficiente) em que são disseminados os golpes no WhatsApp. O mensageiro também
não faz uma análise prévia dos links enviados. Sobra para o receptor decidir abrir ou não.
É bem verdade que o
WhatsApp testa um dedo-duro que
avisa quando a mensagem foi encaminhada com um alerta “forwarded many times” (compartilhada muitas vezes, em português). O recurso, porém, ainda está em fase de testes e não foi confirmado.
Os
golpes no WhatsApp quase sempre
espalham informação mentirosa para provocar algum tipo de comportamento que só será benéfico para o autor.
Se uma mensagem parecer suspeita ou se o conteúdo for “bom demais para ser verdade”, faça uma pausa; NÃO toque, NÃO compartilhe ou NÃO encaminhe sem antes fazer uma análise da situação.
Denuncie como spam
As correntes podem vir ou não de pessoas que você conhece. Se a mensagem for de um número que não está na sua agenda, quando receber a primeira, terá a opção de denunciá-la como spam. Você pode denunciar um número ou grupo como spammer. E por que isso é importante? Porque só assim a denúncia chega até a “moderação” do WhatsApp.
“Banimos contas que acreditamos estar violando nossos termos de serviço. Nós reservamos o direito de banir a sua conta sem notificação prévia. Utilizamos ferramentas automatizadas, e as informações reportadas a nós [via denúncia de spam e violações dos termos de uso] para decidir acerca do banimento de usuários”, diz o FAQ do serviço.
Mas, caso você tenha recebido de um de seus contatos, ajude a tornar a rede melhor e avise ao seu amigo ou familiar que trata-se de uma fraude. No seu celular, apague a mensagem e não clique/toque em links ou preencha formulários com seus dados.
O monstro comedor de créditos
Se você está curioso sobre qual é a relação entre o sumiço de créditos e os golpes no WhatsApp, vale acompanhar a mecânica do crime. Mensagens que contém links encurtados costumam levar para sites falsos ou mesmo réplicas de sites, controlados por cibercriminosos que sugerem o preenchimento de formulários em troca de cupons de desconto, vouchers, acesso a vídeos curiosos ou serviços premium de graça.
É aí que mora o perigo. O ouro dos golpistas é o número do seu celular, além do seu nome, e-mail e, em alguns casos, senhas e cartões de crédito. Caso preencha, seus dados são usados para fazer a assinatura de serviços pagos por SMS nunca solicitados como calendário de jogos esportivos, horóscopo, mensagens e afins. Faça uma calma análise nos seus gastos com telefonia móvel em busca destas distorções na conta.
Antivírus funciona nesses casos?
A resposta é sim e não. O antivírus mobile alerta para URLs maliciosas já cadastradas no seu banco de ameaças, fazendo com que o link sugerido na corrente seja bloqueado automaticamente ao abrir no navegador. Entretanto, esse tipo de golpe não é um vírus e não está sob vigilância como é no caso do malware.
Outro fato é que, se o usuário insistir em abrir o link (o que acontece com frequência) ou não mantiver o app do antivírus atualizado, não há o que fazer. O caminho fica livre para golpistas digitais.
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