Fake News |
Notícias falsas (sendo também muito comum o uso do termo em inglês Fake news) são uma forma de imprensa marrom que consiste na distribuição deliberada de desinformação ou boatos via jornal impresso, televisão, rádio, ou ainda online, como nas mídias sociais. Este tipo de notícia é escrito e publicado com a intenção de enganar, a fim de se obter ganhos financeiros ou políticos, muitas vezes com manchetes sensacionalistas, exageradas ou evidentemente falsas para chamar a atenção.
O conteúdo intencionalmente enganoso e falso é diferente da sátira ou paródia. Estas notícias, muitas vezes, empregam manchetes atraentes ou inteiramente fabricadas para aumentar o número de leitores, compartilhamento e taxas de clique na Internet. Neste último caso, é semelhante às manchetes "clickbait", e se baseia em receitas de publicidade geradas a partir desta atividade, independentemente da veracidade das histórias publicadas. As notícias falsas também prejudicam a cobertura profissional da imprensa e torna mais difícil para os jornalistas cobrir notícias significativas.
- O fácil acesso online ao lucro de anúncios online,
- o aumento da polarização política e da popularidade das mídias sociais,
- principalmente a linha do tempo do Facebook, (How to solve Facebook's fake news problem: experts pitch their ideas)
(Sue over fake news? Not so fast)
A relevância dessas notícias aumentou em uma realidade política "pós-verdade". Em resposta, os pesquisadores têm estudado o desenvolvimento de uma "vacina" psicológica para ajudar as pessoas a detectar falsas informações.
Além da disseminação de notícias falsas através da mídia, a expressão também define, em um âmbito mais abrangente, a disseminação de boatos pelas mídias sociais, por usuários comuns. Algumas vezes, isso pode ter consequências graves, como o notório caso ocorrido em 2014, do linchamento de uma dona de casa na cidade de Guarujá, no litoral do estado de São Paulo, Brasil.A relevância dessas notícias aumentou em uma realidade política "pós-verdade". Em resposta, os pesquisadores têm estudado o desenvolvimento de uma "vacina" psicológica para ajudar as pessoas a detectar falsas informações.
Veja o passo a passo da notícia falsa que acabou em tragédia em Guarujá
Como identificar fake news?
Oito sites para checar se notícia é verdadeira
Agências, iniciativas jornalísticas e ferramentas inteligentes ajudam a checar se um notícia que circula no WhatsApp ou redes sociais é verdadeira
Plataformas de checagem de fatos podem ajudar a saber se uma notícia compartilhada na web é falsa, ou seja, se trata de fake news. A prática conhecida pelo termo em inglês fact checking é um método de verificação que analisa a confiabilidade das fontes apuradas em um texto jornalístico —e tem crescido com a chegada das Eleições. Dependendo do levantamento, é possível descobrir se as informações que circulam no WhatsApp, Facebook e Instagram são verdadeiras ou se trazem algum nível de distorção.
Antes incorporada à rotina dos jornais, a checagem de fatos perdeu centralidade após mudanças na dinâmica das redações. Com a agilidade exigida pelo público conectado e a redução das equipes de reportagem, a prática se tornou um nicho jornalístico. Hoje, várias agências, sites ou iniciativas coletivas oferecem checagem de notícias compartilhadas. Conheça as principais plataformas online que ajudam a descobrir se um link contém fake news
1. Fato ou Fake
É uma iniciativa do Grupo Globo para verificar conteúdo suspeito nas notícias mais compartilhadas da internet. A apuração é feita em conjunto por jornalistas da CBN, Época, Extra, G1, TV Globo, GloboNews, Jornal O Globo e Valor Econômico.
Denúncias podem ser feitas na página do Fato ou Fake no Facebook ou via WhatsApp no número (21) 97305-9827.
2. Comprova
É um projeto de checagem de fatos que conta com o trabalho em equipe de jornalistas de 24 diferentes veículos. O foco da plataforma são as informações “enganosas, inventadas e deliberadamente falsas” compartilhadas durante as eleições brasileiras em 2018. A ideia é checar declarações, especulações e rumores que ganham projeção na internet. O trabalho envolve a apuração de textos, vídeos, imagens e gráficos.
A rede de parceiros do Comprova inclui veículos como Exame, Folha de S. Paulo, Nexo, Nova Escola, Estadão, Uol e Veja. Usuários podem enviar denúncias via Facebook, Twitter ou pelo número (11) 97795-0022 no WhatsApp.
3. Agência Pública – Truco
O Truco é uma iniciativa de checagem de fatos da Agência Pública (apublica.org), agência de jornalismo investigativo fundada por mulheres em 2011. A instituição não tem fins lucrativos e traz reportagens sobre aspectos da administração pública, com foco na defesa dos direitos humanos.
A agência escolhe frases para checagem a partir das declarações de figuras públicas e de boatos que circulam sobre temas eleitorais. Após análise das fontes, informações são classificadas em sete categorias diferentes: verdadeiro, sem contexto, discutível, exagerado, subestimado, impossível provar e falso.
4. Aos fatos
A Aos Fatos (aosfatos.org) é uma agência especializada na checagem de fatos também membro da IFCN e contratada pelo Facebook. Os jornalistas identificam informações públicas de acordo com a relevância e trabalham para verificar as fontes originais e classificar em sete categorias: verdadeiro, impreciso, exagerado, distorcido, contraditório, insustentável e falso.
A agência aceita denúncias no Facebook e Twitter por meios de posts marcados com a hashtag #vamosaosfatos. É possível também enviar matérias diretamente pelo site ou pelo WhatsApp, no telefone (21) 99956-5882.
5. Lupa
A agência Lupa, ligada ao jornal Folha de S. Paulo, foi a primeira do Brasil dedicada estritamente ao que se chama de fact checking. Seus serviços estão voltados, em 2018, especialmente à cobertura das eleições para governos estaduais e presidência. Sua metodologia resulta no maior número de categorias entre as agências de checagem. São nove etiquetas que podem ser conferidas à informação após a análise: “verdadeiro”, “verdadeiro, mas”, “ainda é cedo para dizer”, “exagerado”, “contraditório”, “subestimado”, “insustentável”, “falso” e “de olho”.
A Lupa conta com uma seção de sugestões para envio de possíveis notícias falsas, além de um bot no Messenger que ajuda a verificar se uma informação é verdadeira ou não.
6. Fake Check – Detector de Fake News
O Fake Check - Detector de Fake News (nilc-fakenews.herokuapp.com) é uma plataforma criada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para checar notícias falsas. Ao contrário de agências jornalísticas, a iniciativa envolve o uso de tecnologia para analisar características da escrita para determinar se um texto é verdadeiro ou não. O sistema funciona na web e em um bot do WhatsApp no número (16) 98112-8986.
7. Boatos
O Boatos (www.boatos.org) é um site criado pelo jornalista Edgard Matsuki em 2013. Seu objetivo é publicar verificações de notícias populares na web. Inicialmente focada em boatos com viés de curiosidade, a plataforma foi se tornando, aos poucos, também em um serviço voltado para o que ficou conhecido como fake news.
O trabalho é realizado por uma equipe pequena de jornalistas: apenas quatro profissionais, incluindo o próprio Edgar. As sugestões de notícias para checagem costumam surgir na área de comentários de posts do site. Em geral, usuários enviam solicitações com links de algo suspeito para recomendar a verificação.
8. E-Farsas
O E-Farsas (www.e-farsas.com) é o mais antigo serviço de verificação de notícias falsas, lançado em 2001. Segundo o portal, a iniciativa surgiu “com a intenção de usar a própria internet para desmistificar as histórias que nela circulam”. Muitos boatos que se popularizaram em listas de e-mail e caixas de comentários na internet foram desvendados pelo E-Farsas muito antes do fenômeno das fake news.
No entanto, apesar do sucesso, a plataforma se mantém até hoje com a equipe mais enxuta de todas as opções da lista. Uma só pessoa, o ex-pedreiro e hoje Analista de Sistemas, Gilmar Lopes, é responsável por investigar os fatos e publicar os posts com eventuais desmentidos. Sugestões de checagem são enviadas por meio da área de contato do site.
Fonte:
Wikipedia
The Guardian
USnews
Merriam-webster
CNN - edition
BBC
Folha de São Paulo
Techtudo
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