novo golpe do boleto na internet
Se antes estelionatários roubavam por meio de sites falsos, as
senhas de clientes de bancos que faziam transições bancárias pela
internet,
(Cuidado ao golpe)
hoje, o golpe está mais avançado e, consequentemente, mais
difícil de ser percebido.
Denúncias dão conta de que, durante uma
atualização de boletos, dentro dos sites originais dos bancos, o usuário
é levado a clicar em um link exatamente igual ao da segunda via
solicitada. Porém, ao pagar a conta, o dinheiro não vai para o credor,
mas, sim, para um falsário.
"Temos muitos casos desses ocorrendo", alerta a coordenadora
institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor
(Proteste), Maria Inês Dolci. Ela conta que, desde o ano passado, a entidade tem alertado os consumidores sobre os riscos desse tipo de crime. "Os casos que chegaram até nós só foram percebidos pelas vítimas
depois que elas começaram a receber em casa cobranças de empresas. Elas
já haviam pago a segunda via dos boletos e os credores dos valores não
tinham recebido", comenta Maria Inês, acrescentando que são fraudes
comuns e que devem chamar atenção de todos para que essa armadilha não
faça mais vítimas.
Um dos cuidados citados por Maria Inês é o usuário de ações bancárias na internet
- nunca entrar por sites de buscas na página das instituições bancárias, o que pode levar o cliente a entrar em endereços falsos.
- "Quando for imprimir a segunda via de um boleto, sempre confira os quatro primeiros números do código de barra, que, na maioria dos casos para este golpe, são diferentes", aponta.
- Além disso, outra dica da Proteste é, ao pagar o boleto, conferir no comprovante de pagamento se o destinatário está correto.
Além de fraudar os boletos nos sites, os falsários estão enviando boletos falsos para a casa das possíveis vítimas.
Não caia nessa armadilha!
Primeiro, o estelionatário liga passando-se pelo credor, informando-o que existe um erro no boleto enviado antes e para aguardar a chegada de outro, para fazer o pagamento. O próprio consumidor acaba passando todos os dados do boleto original para o falsário, que emite um novo documento com a alteração da fonte que receberá o valor a ser pago. "È preciso ter muito cuidado", ressalta, novamente, Mara Inês.
O golpe do boleto, assim chamado o crime por entidades de defesa do
consumidor, vem fazendo vítimas Brasil afora. Em Minas Gerais, muitas
pessoas estão caindo nessa armadilha e recorrendo à Justiça para
recuperar as quantias roubadas. O crime ocorreu com o advogado Ricardo
Vitorino. Ele conta que no fim do ano passado, ele precisava pagar a
prestação já vencida de R$ 2.850 de um carro que comprou. "Entrei no
site do meu banco normalmente para atualizar o boleto. Como verifiquei
que estava tudo correto, imprimi e paguei. Depois de 10 a 15 dias, soube
que meu nome estavo no cadastro do Serviço de Proteção Ao Crédito (SPC)
porque o boleto pago não foi para o meu banco que era o credor",
revela. Foi aí que Ricardo descobriu que, ao pedir no site do banco uma
segunda via da fatura, tinha sido direcionado a um link falso. "Esse
golpe é altamente avançado. Você atualiza o boleto e não percebe
diferenças. Somente quando vai quitar a conta que o comprovante de
pagamento lhe mostra que o destino foi diferente daquele que você
esperava", comenta.
Ricardo entrou na Justiça contra o seu próprio banco, alegando a falta de proteção ao cliente. Este ano, o juiz do caso condenou o banco a pagar a quantia de R$ 2,9 mil – valor que foi corrigido monetariamente pelos índices da Corregedoria Geral de Justiça acrescida de juros de 1% ao mês. Ricardo conta que tem recebido clientes que também caíram no golpe e, segundo ele, um deles chegou a perder R$ 5 mil. "Já tenho ações ajuizadas sobre o assunto. A Justiça tem determinado que o meio eletrônico tem que ter segurança para o cliente. O aperfeiçoamento bancário deve acompanhar a mentalidade criminosa, como forma de proteger a clientela. Hoje, não há nenhuma prevenção das instituições contra isso", acusa.
Maria Inês concorda que, neste casos, os bancos têm responsabilidade, uma vez que oferecem ferramentas sem segurança para o usuário. "A empresa que também não recebeu o pagamento esperado deve, conforme o Código de Defesa do Consumidor, entrar em contado com o cliente e lhe informar sobre o assunto, antes de colocar o nome do consumidor na lista do SPC", avisa. Maria Inês também cobra dos consumidores mais atenção nas compras e comprovantes de pagamento.
(O correto)
"Se começarem a chegar cobranças de lojas ou bancos, é essencial ir atrás para ver o que está ocorrendo.
se compravado o golpe, procure os órgaos de defesa do consumidor e tambem as delegacias especializadas em crimes cibernéticos. Não podemos deixar que esses falsários fiquem impunes", alerta.
O que é preciso fazer para não correr o risco de cair em golpes
1º O consumidor precisa fica
- alerta e sempre conferir se o código de barras na parte de cima da fatura é a mesma que aparece embaixo.
- Caso seja preciso pedir a segunda via do boleto, deve-se solicitar a fatura sempre pelo site do banco emissor com CNPJ da empresa, o valor e data de vencimento do título.
2º Os clientes
precisam ter cuidado com telefonemas informando sobre a necessidade de
troca de boletos, com alegações de que há valores indevidos.
Quando for vítima do golpe, o consumidor deve fazer contato com a empresa e mostrar os comprovantes de pagamento feitos. Mesmo sendo uma fraude de terceiro, esse é um vício oculto do serviço, que o cliente não tem como identificar.
Pelas faturas de cartões de crédito1º Quando a fatura chegar,
- abra e verifique o código de barras do cartão de crédito, pois este é sempre o mesmo todo mês. Compare o código de barras da fatura do seu cartão com o do boleto de qualquer outro mês. Caso os códigos estejam diferentes, esta fatura é uma fraude.
2º Verifique se há apenas o símbolo do banco do seu cartão de crédito. Caso tenha logomarca de outra instituição financeira, desconfie, pois esta fatura pode ser uma fraude.
3º Mesmo que as compras descritas na fatura sejam as mesmas que tenha realizado, isso não significa que a conta seja verdadeira.
4º Mesmo que o valor de sua fatura seja exatamente o que você gastou, isso não significa que o boleto é verdadeiro.
5º Caso tenha como fazer o pagamento de suas faturas diretamente de sua conta corrente, por meio da internet, caixa eletrônico ou atendimento no banco, sem a necessidade de usar a fatura impressa, o faça. Assim, é garantido que você estará pagando a conta verdadeira do seu cartão de crédito.
6º Se ainda assim ficar alguma dúvida, pegue a fatura do cartão de crédito, leve até o seu banco e peça para que o gerente confirme sua veracidade ou entre em contato com a central de atendimento do seu cartão de crédito, por meio do número escrito no verso do cartão.
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