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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Gota do príncipe Rupert


vidro derretido mergulhado em água gelada


Gota do príncipe Rupert 


Uma gota do príncipe Rupert (também designada como lágrima holandesa, lágrima de vidro, esfera de Rupert) é um objeto de vidro criado ao deixar cair uma gota de vidro incandescente em água muito fria. O vidro arrefece e toma uma forma semelhante à de um girino, com um "bolbo" ou "cabeça" formada por uma gota e uma longa cauda. A água rapidamente arrefece o vidro incandescente no exterior da gota, enquanto no interior o material permanece muito mais quente. Quando todo o sistema arrefece, contrai-se no interior da já sólida cápsula exterior. Esta contração permite enormes forças compressoras na superfície, enquanto o núcleo da gota está num estado de tensão.

É portanto um tipo de vidro temperado. A elevada tensão residual no interior da gota dá lugar a propriedades contra-intuitivas, como a capacidade de resistir a um golpe de um martelo ou mesmo de uma bala dirigidos ao "bolbo" ou "cabeça", mas podendo todo o conjunto desintegrar-se de forma explosiva se a cauda for minimamente danificada.

A descoberta da gota do príncipe Rupert é atribuída ao Príncipe Rupert do Reno (1619–1682), algo impossível porque há relatos da sua criação em 1625, mas terá sido ele a levá-las para Inglaterra. Segundo a lenda, o monarca usava muitas vezes estas gotas como divertimento, nas suas festas. Os relatos académicos da história inicial das gotas do príncipe Rupert encontram-se em notas e registos da Royal Society de Londres. A maior parte dos estudos científicos das gotas foram feitos na Royal Society.

As gotas foram imortalizadas em um verso da balada anónima de Gresham College (1663):

"And that which makes their Fame ring louder,
With much adoe they shew'd the King
To make glasse Buttons turn to powder,
If off the[m] their tayles you doe but wring.
How this was donne by soe small Force
Did cost the Colledg a Month's discourse
"

O que é a Gota do Príncipe Rupert e porque ela é tão incrível
Ainda não conhece mais este incrível fenômeno da natureza? Então veja como ela se cria e delicie-se com o loop infinito do GIF (imagens animadas)

A ciência é uma coisa apaixonante (e como? como não se apaixonar por algo tão fabuloso). Você está lá, bem de boa e do nada: pá acontece algo extraordinário bem na frente dos seus olhos. A química e a física estão cheias destas bizarrices. E uma dessas foi a Gota do Príncipe Rupert.
Um nome pomposo para descrever algo igualmente mágico. Embora seja de fácil “reprodução” e nem tão simples explicação o resultado é incrível. Mais ou menos o seguinte:
O vidro se “quebra” desde que sofreu a tensão causada, e ao final, explodiu transformando tudo em 1 milhão de pedacinhos
Agora vamos entender como isso acontece.

Origem da Gota do Príncipe Rupert
Como boa parte das coisas na ciência a Gota do Príncipe Rupert (ou lágrima holandesa, lágrima de vidro, esfera de Rupert) foi descoberta por acaso e há bastante tempo. Sabe-se que as Gotas feitas no norte da (atual) Alemanha eram famosas desde o século XVII por sua qualidade superior às demais. Na época elas eram muito utilizadas como objetos em festas.




O nome advém, é claro, de algum príncipe chamado Rupert, que talvez nem tenha sido o primeiro a manufaturar o objeto, mas foi o responsável a dar uma Gota como presente ao Rei Charles II em 1660 e então tornar o adereço famoso e desejado nas cortes de todo o mundo.
O Rupert em questão era príncipe de Reno, filho mais novo de Frederico V (rei da Boêmia) e Isabel e sobrinho do famoso Carlos I. Rupert foi soldado, artista e inventor.

Foi banido, virou pirata, depois voltou à Inglaterra para tornar-se comandante naval e governador. Em meio a tudo isso ele – ou alguém que o contou – deve ter deixado cair um pingo de vidro fundido em uma água muito fria.
Assim estava descoberta a Gota que levaria seu nome.

Explicando o princípio
A descoberta, provavelmente, ocorreu ao derrubar vidro derretido em água gelada. Mas por que isso acontece? O que faz com que o objeto fique com uma resistência (muito) maior e adquira a forma de um “girino” como era comumente descrita na época?
Funciona assim: Quando o vidro está em seu estado líquido todas as partículas estão flexíveis, correto? Por isso que um líquido pode assumir qualquer forma que quisermos. Essa liquidez é obtida através da fusão (passagem do estado sólido para o líquido), que por sua vez é obtida através de muito calor no material e que quase todo elemento no Universo possui.

Quando um vidro em estado líquido (ponto de fusão de aproximadamente 1250 C°) é rapidamente mergulhado na água gelada acontece um resfriamento de fora para dentro. Em linhas gerais o processo faz com que dentro da Gota se crie diferentes tensões.

Agora imagina que temos um pouco de vidro em estado líquido, afinal está fundido. Ao cair na água gelada as moléculas se resfriam e, milésimos de segundo depois,  se tornarem sólidas. A solidificação vai se replicando à medida em que a Gota é mergulhada.
O “problema” é que, enquanto as bordas já foram resfriadas e passaram ao estado sólido, no interior da Gota ainda há vidro derretido que está esperando sua vez de passar pelo mesmo processo de perda de calor.
Mas para perdê-lo, esse calor tem que ir para algum lugar, certo? Do interior para o exterior é impossível, pois as bordas solidificadas formam uma barreira muito eficiente não deixando que nada escape por ali. Assim temos uma bolha de calor presa dentro de bordas sólidas e um problemão para resolver.

Por causa dos coeficientes de expansão térmica (material frio encolhe, material quente expande) as moléculas do interior, presas ali dentro, começaram a esfriar e comprimir-se. Por este motivo uma Gota destas pode suportar até 20 toneladas de pressão (Gota de Prince Rupert Esmagado pela Prensa Hidráulica [ 4K - Slow Motion ] )

E se você clicou no link anterior e não acreditou na tonelagem informada pela máquina, dê o play e veja a Gota destruindo uma bala calibre 38 a uma taxa de mais de 170 mil frames por segundo... (.38 Special vs Prince Ruperts Drop at 170,000 FPS)

Ok, a resistência é muito interessante é verdade, mas ao se solidificar com toda esta tensão, dentro do artefato é aprisionado um estresse que você nem imagina, louco sair dali na primeira oportunidade que tiver.
Assim, você só precisa de uma pequena abertura nas bordas que aprisionam a tensão para que ela, literalmente, exploda para fora em um efeito cascata que vai despedaçando o vidro de cima a baixo em uma velocidade de, aproximadamente, 1650 metros por segundo.

Conclusão
A conclusão é que todo mundo ama a tal Gota do Príncipe Rupert e você também a partir de agora. Além de ser incrível ela foi responsável por avanços no campo da ciência. Isso porque após o rei Charles II recebê-la de presente ele a entregou à recém-criada Academia Real de Ciências do Reino Unido onde ela foi fundamental para muitos estudos, como para a elasticidade dos materiais.

Hoje ela pode não ser mais tão famosa, mas no século XVII ganhou até poemas em sua homenagem.

Fonte:
Wikipedia

Google books


Wikisource
Royal Society - rsnr
Revista Galileu
Oficina da net

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Cooler

 


Mito ou verdade: 
quanto mais cooler melhor?


Por mais que você fique bravo quando seu computador desliga sozinho, é preciso admitir que isso é um benefício enorme que a tecnologia nos trouxe. Atualmente, placas-mãe e processadores são programados para terem o funcionamento interrompido quando as temperaturas vão além do que é seguro.

O superaquecimento é um verdadeiro vilão dos computadores, capaz de fazer com que os componentes do hardware sejam inutilizados para sempre. Por isso que os coolers (sistema de refrigeração). Afinal de contas, eles são responsáveis pela refrigeração dos gabinetes e das peças vitais para o funcionamento da máquina.
Mas será que quem utiliza computadores mais poderosos precisa de mais do que um cooler? Há quem ache que a verdadeira solução é manter várias ventoinhas em funcionamento. Se isso realmente funciona, vamos descobrir no decorrer deste artigo.

Coolers silenciosos x Coolers de alta rotação
Se você possui um computador que utiliza poucos recursos gráficos (voltado para edição de textos e outras atividades profissionais, por exemplo), pode contar com coolers mais silenciosos, pois com menos exigência do hardware há menos riscos de acontecer um superaquecimento.

O problema é instalar ventoinhas silenciosas em computadores que são exigidos ao máximo. Devido à baixa rotação do cooler (cooler silencioso), em alguns momentos é grande o risco de o sistema não conseguir suprir às demandas térmicas. Por isso, é recomendado que você instale coolers de maior potência (coolers de alta rotação) se possuir uma máquina mais avançada.

Outra solução viável é instalar coolers traseiros no gabinete (Recomendo). Programados para sugar o ar quente, eles funcionam como exaustores e ajudam (e muito) a fazer com que o calor seja retirado de dentro do gabinete, mantendo a temperatura estável para o funcionamento do computador.


Cooler com uma ventoinha x Cooler com duas ventoinhas
Um dos componentes que mais precisa de refrigeração é o processador, pois ele trabalha com altos clocks o tempo todo e pode sofrer com o calor gerado pelas atividades. Por isso, chips muito potentes podem ser utilizados com coolers duplos, em vez de simples (são construídos com duas ventoinhas, uma em cada lado do dissipador).
Alguns especialistas afirmam que este tipo de refrigeração é muito mais eficiente. De fato, ele garante que temperaturas menores sejam obtidas no processador. Mas para evitar que o ar quente superaqueça o resto do sistema, é necessário instalar a já citada ventoinha traseira (cooler traseiro). Assim, ela funcionará como um exaustor e evitará que o ar quente fique preso no gabinete.

Fluxo de ar: o mais importante
O principal objetivo dos coolers é criar um fluxo de ar dentro dos gabinetes, capaz de retirar o calor que pode causar superaquecimentos e a consequente queima de componentes de hardware. Por essa razão, as ventoinhas precisam ser instaladas de uma maneira que não se anulem, continuando a permitir que o ar seja jogado pra fora sem problemas.
Percebe-se que a grande maioria dos gabinetes para PCs gamer possui aberturas maiores na frente. Alguns deles até possuem ventoinhas na região, responsáveis por puxar o ar de fora da torre para criar um fluxo mais completo no interior do computador.

Como mostra o sistema da Cooler Master, o ar é puxado do ambiente, ainda frio. Dentro do gabinete ele é levado até os principais componentes de hardware para a refrigeração. Logo após isso, os coolers internos sopram o ar e então a ventoinha traseira faz o papel de exaustor, levando o ar quente para fora.
É de suma importância que esse fluxo de ar seja criado. Configurar as ventoinhas frontal e traseira da maneira errada pode fazer com que o computador seja superaquecido. Além disso, é necessário estar atento para evitar que o hardware possua vários coolers (processador e placa de vídeo) e não haja exaustão da máquina.

E o que fazer, afinal?
Coolers são realmente necessários. Mais do que isso: são essenciais. Mas como você pode ver, é preciso que eles sejam instalados com inteligência para que não acabem sendo um tiro pela culatra. Se você planeja montar um computador mais robusto e quer garantir que ele esteja sempre refrigerado, é mais indicado criar um fluxo de ar bem feito do que lotar a máquina de ventoinhas.

Lembre-se:
ventoinhas mais potentes exigem mais energia elétrica e, por isso, demandam a utilização de fontes mais fortes.
Outra recomendação é relacionada à limpeza do computador: sempre mantenha as saídas de ar e o os coolers sem pó. Isso evita que as ventoinhas travem ou que o ar quente fique preso no interior do gabinete.
Por tudo isso que foi analisado, conclui-se de que não é verdade o que dizem sobre a quantidade de coolers ser o único fator que deve ser analisado na hora de montar um sistema de refrigeração. O verdadeiro herói nessa história é o fluxo de ar que, quando bem construído, pode salvar computadores do superaquecimento.

Como escolher o cooler ideal para o seu gabinete e processador

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