Que tal a gente fazer uma reflexão sobre algumas tecnologias, serviços ou produtos que podem se despedir da humanidade neste ano?
O ano passa voando, não é mesmo? Estamos recém na primeira semana de 2018 e num piscar de olhos já estamos fazendo projeções para o ano que vem. O mesmo pode ocorrer com algumas tecnologias; elas surgem, viram sucesso e são esquecidas num curto espaço de tempo.
Bem como games, outros aplicativos, softwares, gadgets e produtos ganham destaque rapidamente e perdem força na igual proporção, ou até mais rápido.
Eu sempre gosto de dizer que se você comprar, hoje, o melhor computador disponível na face da Terra, amanhã ou depois será lançado outro produto ainda melhor, tornando seu valioso PC um objeto qualquer. Apesar disso, temos de reconhecer que temos serviços, como o Facebook, por exemplo, que ultrapassam as barreiras do esquecimento e continuam firmes por muito tempo.
Para criar uma discussão legal e sadia acerca de 2018, foi listrado aplicativos, serviços ou produtos que podem “morrer” durante este ano, ou não.
1) Snapchat
Se você apostou na queda do Snapchat para o ano passado e não acertou, ela pode vir neste ano.
Pioneiro no método de vídeos curtos e destrutíveis, o Snapchat levou duros golpes de Mark Zuckerberg quando este implantou - na cara dura - um
snapchat em cada um de seus apps (Facebook, Messenger, WhatsApp e o Instagram). As chamadas
Stories não só chamaram mais atenção do público geral para experimentar a novidade, como também levaram personalidades e famosos a deixar de lado o Snapchat. Sem influencers, não há movimentação de grana e este é o maior baque no app desenvolvido por Evan Spiegel, Bobby Murphy e Reggie Brown.
É importante lembrar que o Snapchat está longe de ser varrido da Terra. Atualmente o app possui uma cartela de
178 milhões de usuários diários - segundo o portal de estatísticas
Statista. Perde, no entanto, para os 300 milhões de usuários diários do
Instagram Stories - segundo dados do mesmo portal.
Ainda extremamente popular entre os jovens,
o Snapchat segue firme, só que com menos anunciantes e influencers
O Snapchat entrou na mesma onda do Twitter: não dá lucro, estagnou no crescimento de usuários, mas uma parcela fiel de usuários mantém o serviço em pé até Deus sabe quando.
De qualquer forma, uma certeza existe: durante este ano certamente surgirá um novo app que poderá fazer os snapchats e stories caírem no esquecimento. Vamos acompanhar.
2) Processadores Intel / AMD
No final de 2017 a
Qualcomm -
famosa empresa que domina esmagadoramente o mercado de processadores mobile - apresentou uma parceria com a
Microsoft: uma espécie de
notebook híbrido com processador
Snapdragon 835 e que roda Windows 10 de PC. O notebook da
Asus chamado de
NovaGo é o primeiro com processador mobile e conexão 4G por meio de chip. O produto ainda promete uma
autonomia de bateria de até 22 horas.
A parceria com a Microsoft deve dar certo para produção de notebooks e híbridos voltados para uso diário sem exigência de altas performances gráficas. E é aí que fica o motivo pelo qual os processadores Intel e AMD não vão morrer neste ano. Ocorre que os chips mobile são desenvolvidos em
arquitetura ARM - voltada para
desempenho suave, economia de energia e pouca geração de calor.
Com processador ARM em notebooks, seria possível entregar produtos finos e leves com desempenho bom para uso moderado (escrita, navegação, filmes e músicas) e uma excelente autonomia de bateria. Isso o NovaGO pode oferecer e provavelmente veremos mais produtos semelhantes durante o ano. Uma ótima opção para trabalho e mobilidade.
Só que quando o negócio envolve desempenho gráfico, render de projetos arquitetônicos, games pesados, etc., aí os processadores com arquitetura X86 da Intel e X64 da AMD sobram. Estes processadores são produzidos justamente para usar energia a seu favor para entregar o desempenho que a gente espera com games e com programas pesados. É claro que isso também gera calor, obrigando as fabricantes a utilizar coolers e, consequentemente, aumentando a espessura dos produtos.
Além do mais, a estrutura interna dos computadores de mesa ou notebooks - como são produzidos hoje - é propriedade intelectual da Intel, portanto, a Qualcomm teria de desenvolver uma estrutura completamente nova e firmar parcerias com as empresas interessadas na aposta. É impossível? Não. Pode, inclusive, estar sendo desenvolvida e testada neste momento.
Ou seja, em 2018 nós teremos opções de híbridos e notebooks bons para levar em viagens, trabalhar de forma itinerante ou pra você manter seu blog de viagens em dia de onde estiver. Mas quando o assunto é desempenho, Intel e AMD estarão seguros por enquanto.
3) Concorrentes da Amazon
Dizem por aí que a Amazon vai dominar o mundo. Oriunda de uma ideia simples de vender livros online em 1994, a Amazon é o maior e-commerce do planeta e
Jeff Bezos hoje é o
terceiro homem mais rico do mundo. A Amazon reúne e vende simplesmente tudo que os consumidores querem comprar; recentemente desembarcou no Brasil oferecendo toda sorte de produtos.
Aos usuários que assinam o
Amazon Prime, são oferecidos ainda um serviço de streaming semelhante à Netflix (com conteúdos exclusivos), frete grátis para compras no site, streaming de músicas, armazenamento de imagens em nuvem ilimitado e outras vantagens. Ou seja, a Amazon quer que você consuma todos os serviços oferecidos por ela e os mantenha em constante conexão.
A chegada ao nosso país tem tudo para enfraquecer concorrentes do mesmo segmento por aqui, não será em 2018 que o domínio completo de Jeff Bezos se concretizará. Embora mais conhecida nos Estados Unidos e com fatia considerável na Europa, a Amazon ainda não é popular para a maioria dos brasileiros. Mas quem duvida do potencial do maior e-commerce do mundo?
4) Dispositivos vestíveis
Segundo a
Statista, o número de vendas de dispositivos vestíveis deve quase duplicar em 2018 - chegando aos 141 milhões de unidades comercializadas. É um número expressivo, se considerarmos que há dois anos discutimos a real utilidade desses gadgets.
O campeão do momento é o
smartwatch. Os relógios cujas funções ultrapassam o “ver as horas” ganharam muitos adeptos de 2015 para cá. E não é só Apple, Samsung e Garmin que fazem sucesso; diria até que os dispositivos mais procurados são os chamados “alternativos”, muito por conta do elevado preço dos primos famosos (
o Apple Watch, por exemplo, tem preços que variam entre R$ 1.599,00 e R$ 2.899,00 para os modelos 1 e 3, respectivamente), um pouco salgado. No terceiro trimestre de 2017, 51,4% das unidades comercializadas são classificadas como “outros” na lista de marcas, seguidas da Xiaomi, Fitbit e só então a Apple.
Apple ganhou espaço importante no
marketshare de smartwatchs, mas ainda perde feio para marcas menos conhecidas e mais baratas
Isso tudo falando apenas de smartwatchs. A gente poderia questionar dispositivos de AR e VR, mas estes nem sequer decolaram ainda.
5) Pokémon Go
Lembro-me bem da febre que Pokémon Go gerou no mundo todo, mas assim como uma febre comum, passou com o tempo e, hoje, para a maioria da população jovem brasileira, Pokémon ficou só na TV. Os mais entusiasmados falaram que seria o
jogo revolucionário, que faria as pessoas se exercitarem (caminhar em praça pública com smartphone na mão) e que também ocasionaria encontros sociais com pessoas novas.
Pokémon Go pode ainda ter resistido, mas o fim da linha vai chegar em breve.
Fonte:
Wikipedia
Suporte Snapchat
Statista Snapchat
Tecnoblog
Canaltech
Tecmundo
Tororadar
Meiobit